Esvaziei meu coração...
E vazio há de ficar
por tempo indeterminado,
pra se desapaixonar...
Limpei fuligens da dor,
varri resquícios do amor
tão desgastado como o tempo que se foi,
levando sonhos, vincando amargura
em simetria com a moldura da aventura...
Só aventura...Nada mais!
Vasculhei as teias da paixão
que perduram só até o amanhecer
e se desvinculam, partem em outra direção,
em busca de uma nova emoção
e à luz do sol tendem a se desvanecer...
Abortei do coração o teu sorriso
que me alegrava, mas era fingido...
E as promessas que me foram feitas,
todas falsas...Já estão desfeitas.
Agora trago o coração vazio...
Porém isento de tuas mentiras,
sem os vestígios de teu desamor,
como um gládio a me proteger da dor.
(Carmen Lúcia)