Menino furtivo, carente
Menino de rua, sozinho
Roupas velhas, esburacadas
Chapéu de malandro
Sapatilhas sujas rotas
Dormes num banco
De um jardim abandonado
Corres da policia, foges
Para que não seja apanhado
A noite é tua fiel companheira
As estrelas são as tuas amigas
Tu as conheces, a todas elas
É a tua luz na triste escuridão
A cidade está tão linda, cheia
De vida é NATAL, tudo corre
Embrulhos e presentes, sorrisos
E tu nem podes parar admirar
Pois é um mendigo, sem abrigo
A vergonha da nossa sociedade
Ou será a nossa verdadeira vergonha
Somos cruéis, somos completamente cegos
Omissos de nossa real responsabilidade
Melhor calar nossa boca, seguir em frente
Mas aquela criança existe e está ali, viva!
E o seu Natal é solidão, abandono e fome
Nem nada mudou nada nem no acreditar
Que no amanha será um adulto revoltado
Se não morrer de frio, fome e de descaso...