ternura

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AVENIDA PAULISTA

AVENIDA PAULISTA

Do passageiro ao motorista
De quem mora na cidade ou é turista
É de vós a avenida paulista.

Do bêbado ao equilibrista
Em vossa letra
Por Elis Regina
Em algoz vos encontrastes
Em meio à avenida paulista.

Ao homem trabalhador
À mulher doméstica
Até vós que sois artistas
É certo que por aqui passais
No centro da avenida paulista.

Aos amantes do futebol
O corintiano, palmeirense,
E até santista
O importante é que vos encontrais
De vez em quando aqui na paulista.

Nos versos desta poesia
Citei católicos, apostólicos,
E umbandistas,
Se algum dia
Tomais-vos por egoístas
Não esqueceis jamais
Da bonita avenida paulista.

Homenagem a São Paulo 450 anos
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
26/março/2004 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ÁGUA BARRENTA

ÁGUA BARRENTA

Lavadeira menina, na beira do rio...
Trouxa e sabão parecem tua sina
Logo pela manhã te aqueces do frio
Das rotinas esfregadas, lavadeira menina;

De sorte que o sertão de Pernambuco
Mais judia o sol que fascina
Volta os trapos quase enxuto
No balaio na cabeça da menina;

São dez irmãos e muita peça feminina
Na trilha que desconfia teus pés
A caminho do rio, lavadeira menina;

E voltas do trabalho árduo, como aguenta!
São muitas as tuas lavadas
Por causa desta água barrenta.

(soneto)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 23
Village Itaquá

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A VIDA É UM POEMA

A VIDA É UM POEMA

A vida é uma criança
Que acaba de nascer;
É um choro de viúva
Por alguém morrer;
É à tarde sombria
De um pensamento;
É a lágrima escondida
De um arrependimento;
A vida é a saudade
Que aperta o peito;
É alguém que te espera
Num abraço violento;
A vida é poesia
Solidão que vicia;
É o bater do coração
É o corte do umbilical;
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim;
A vida é uma proeza
Cercada de incerteza;
A vida é prematura
É eterna enquanto dura;
A vida é real ou ilusão
É livre arbítrio de decisão
Por quem escolhe
Ser feliz ou não;
A vida é nada mais
Que a lei suprema;
Do divino Deus
Que a tornou poema.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 02

Village Itaquá

Foto de Osmar Fernandes

Quem sabe?

Quem sabe amanhã de manhã
eu volte a sonhar...
Quem sabe logo depois
Eu volte a sorrir.
Se o meu livro não conspirar,
e o sopro não se perder,
o caminho é viver.
Quem sabe?
Não sei dar tempo ao tempo.
Não sei morrer por morrer.
Não sei essperar o vento passar.
Nem quero consagração.
Quem sabe o que será?
Espero sem esperar.
Não vivo por viver.
Preciso desvendar
o ponto de interrogação...
Quem sabe?
Se o sonho sonhado
já viveu.
Se a realidade molhada
não aconteceu.
Quem sabe?

Foto de DeusaII

Como me encanto comigo!

Olho-me ao espelho
Nunca estive tão bonita como hoje.
Sinto uma admiração crescer dentro de mim,
Como se fosse a pessoa mais importante do universo.
Contente comigo própria,
Saio à rua, bela a sensual,
Com o meu vestido brilhante,
E sapatos de brilhantina,
Meu ar confiante, demonstra a beleza de meus passos,
Como se as pedras que piso,
Tivessem que pedir licença aos meus pés.
Meu ar encantador, domina tudo o que existe em mim.
Sem medo, avanço pela rua,
Metida comigo própria.
Minha mente divaga, por meu corpo,
Por minha perfeição...
Todos me olham admirados,
E continuo a passear-me,
À espera que alguém fale da minha beleza,
Mas ninguém me diz nada.
Meu corpo quase perfeito,
Contorna a esquina da rua,
E então, um sentimento incompleto,
Começa a dominar-me.
Vejo apaixonados de mãos dadas,
Num amor quase completo e repleto de sentido.
Vejo pessoas idosas passeando,
Com um ar de felicidade estampado no rosto.
E eu, que sempre me admirei
Que nunca procurei outro amor, que não eu própria,
Deixo-me abater por um sentimento de solidão.
Revejo então, os dias que passei em minha companhia,
Os risos disfarçados pelas conversas comigo própria,
Os sentimentos de amor eterno que nutri apenas por mim,
E então, uma onda de paz toma conta de mim,
Enquanto avanço destemida pela rua,
E penso que minha beleza nunca terá fim.

Foto de BlackAngel

Lua

Finalmente o Sol se pôs
E olha só, é noite de lua cheia
Essas noites me envolvem
Não tem uma explicação racional
Simplesmente só quero contempla-la
E fico ali fixada
Praticamente hipnotizada
A leve brisa me toca
Quase como um simples beijo
Eu sei que você também esta olhando na mesma direção nesse momento.
Imaginando o mesmo que eu
Braços, boca, pernas e mãos
Se tocando
Sem ter se encontrado
A lua me deixa mais próxima de ti
Fecho os olhos quase te toco,
Mais uma leve brisa
E sinto seu perfume embriagante
Oh! Lua
Por que me torturas assim?
Sabes o objeto de meu desejo
Que a distancia roubou de mim
Não me permite que o toque
O beije
O ame
Leve para ele lua
O calor de meu corpo
O beijo que eu tanto sonho
Leve o meu real sentimento
Diga para ele,
Que eu também o amo.

By: Thaiane Dias

Foto de Enise

SE VOCÊ FOSSE...

Foto de Zami

Plenitude

Sobre um belo corpo espiritualizado
dissolvo-me em feto
com afeto chego a concepçao
Um nascer
A matéria é leve
Excito-me à velocidade da luz
No retorno a realidade concreta.

Foto de Carmen Lúcia

Bicho-preguiça

Quero um dia diferente,
entregue ao bucolismo indolente...
Apagar da minha mente
hábitos urbanos,
chatices do cotidiano.
Espreguiçar-me ao balanço da rede
ou sobre a relva verde;
Desligar-me da tecnológica rede,
olhar o céu e viajar com as nuvens.

Hoje quero o dia assim;
contatado com a natureza,
desfrutando sua beleza.
Confabular com ninfas e duendes;
ser piegas, contrariar certos rumores,
rimar flores, cores com amores...
Usar clichês enfatizando o óbvio
e quando me cansar,
numa árvore qualquer descansar,
camuflada qual bicho-preguiça
que tudo vê, mas nada o atiça,
deixando a vida acontecer.

Hoje quero o dia assim...
Ser até meio egoísta
e morrer de amores por mim.

(Carmen Lúcia)

Foto de Sonia Delsin

SOU

SOU

(para a mendiga que toca meu coração)

Sou um poema inacabado.
Guardado.
Esperando que se escreva o final.
Sou o bem.
Nunca o mal.
Sou flor seca, murcha.
Na rua estendida.
Um ser quase sem vida.
Que guarda na sua essência a própria vida.
Sou sabe o quê?
A que sorri quando tu passas.
Que faz graças.
Pra ninguém.
Eu sou o bem.
Meu caro.
Sou bem.
Mesmo neste mundo que me julga um ninguém.

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