melancolia

Foto de Enise

Revoada -

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Pássaros em fuga
Voam para liberdade
Migram para outras alvoradas
Ciscam as estrelas da madrugada
Piscam para a lua isolada
Repousam suas asas
Sobre nuvens enfeitadas...

Exaustos pelos novos desafios
Calados dentro dos seus pios
Regressam por novos caminhos
Aos velhos ninhos em revoada...

Enise

Foto de Henrique Fernandes

COR TINGIDA

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O vento que me atinge
É um corrupto de ideias
Que a vida me tinge
Ás avessas com as candeias

É na minha cor tingida
Que ganho pontos á pena
E mesmo com sorte reduzida
A vida ainda vale a pena

As velhas que me acompanham
São as coisas boas do passado
Elas na tristeza me afagam
Por elas valeu ter lutado

No meu discreto agora
Posso dizer que aqui cheguei
Começando a toda a hora
O uso do quanto sonhei

Foto de Sonia Delsin

NUDEZ

NUDEZ

Tão bela em sua nudez.
Bela diante do espelho...
Bela.
Os cabelos a pentear.
Os seios a acariciar.
As mãos correndo na pele macia.
Lembrança de outro tempo.
De outro dia.
Ele dizia.
Que por ela morria.
Que aquela pele o seduzia.
Ele dizia.
E a tola acreditava.
Para ele se entregava.
Ardentemente se entregava.
O corpo lhe dava.
Como o amava!
Nudez...
Olhar no espelho outra vez.

Foto de Carmen Lúcia

Outono das paixões...

E vem chegando o outono das paixões,
Que voam como as folhas desgastadas,
Soltas ao vento, sem alento nem compaixão,
Num verde amarelado, queimado,
Carente de ilusão...
Melancolia que reina após o verão,
Aroma que invade o ar de solidão
Depois de acender fogueiras nos corações
E apagá-las no final da estação.

Algumas folhas resistem, esquecidas...
Que com a brisa,
Persistem em sobreviver ou renascer...
Perambulam pra não cair, sucumbir...
E não perder o verde de suas cores,
A frágil esperança incerta, reticente...
Tentam enraizar-se, ressuscitar amores,
Inutilmente...A brisa leve é impotente...
E incapaz de espalhar sementes...
E as paixões transformam-se em quimeras
Que se congelam no inverno de cada estação...

(Carmen Lúcia)

Foto de hawk

Minuto melancólico

Minuto melancólico

Parado vivo
neste mundo
sem ternura

Voando rimas
emudecendo
a melancolia

Carrego um
gesto
que abraça
meu próprio peito
desnudando fases
de rápidas
paixões
e verdes
matizes de
ternura

autora: angela oiticica

Foto de Carmen Lúcia

Adeus, amor! (conto)

Teria sido a carência afetiva, a solidão que sentia(mesmo rodeada de pessoas, que não a entendiam)que a arrastaram a viver aquele amor proibido?No começo ela recusava incessantemente...Mas foi, aos poucos, perdendo sua força e se entregando.Passou a viver momentos maravilhosos, intensos, inusitados.Não se conheciam pessoalmente, mas a alma os revelava.Palavras inesquecíveis pelo celular e internet.Tudo se transformara num conto de fadas.O mundo lhe sorria.Começou a se cuidar mais, a sorrir mais, a se amar mais.Era mais velha que ele e disso ele sabia.Dizia que não mais conseguiria viver sem ela.Nem ela sem ele.E esse romance arrebatador durou dois anos.Certo dia, a realidade caiu-lhe como o mundo em sua cabeça.Lembrou-se que era casada e que não lhe havia contado ainda.Sentia-se emocionalmente divorciada, já que o divórcio propriamente dito, por motivos alheios a sua vontade, não poderia acontecer agora. E ser casada, naquelas condições, não lhe significava nada.Era apenas um peso em sua vida.Mas como ele encararia o fato?Saberia entender?Claro que sim, pois conhecia, palmo a palmo a sua alma.Sabia do imenso amor que ela lhe dedicava.Sim...ele a compreenderia porque a amava muito também.Temendo perdê-lo, preferiu marcar um encontro, para que, olhos nos olhos, lhe revelasse a verdade.Estava certa de que nada mudaria, porque conhecia a fundo o seu íntimo, sua alma.Era seu aniversário.Dia do encontro. A emoção tomava conta de seu ser.Colocou uma roupa que lhe caía muito bem, ajeitou os cabelos e sorriu para o espelho. Admitiu a si mesma que estava bela.Talvez pelo brilho intenso em seu olhar.Chegou ao lugar combinado.Lá estava ele, dentro de seu carro. Ao vê-la, pelo retrovisor interno, abriu a porta e se aproximou. Ambos tremiam.Chegara o momento.Se ele a compreendesse, ela seria capaz de deixar tudo e partir com ele.Entrou em seu carro.Olharam-se por longos minutos.Então ela falou:-Sou casada!Porém...Ia lhe explicar tudo, mas ao perceber sua transfiguração, seu olhar gelado condenando-a, preferiu se calar. Assim como ele estava:sombrio e calado.De que serviriam palavras naquele momento?Um olhar fala mais alto. Um olhar de condenação é como um punhal fincado no peito, que fere e mata.E ela quis desaparecer, sair correndo daquele lugar, fugir...Ao despedirem-se, ele balbuciou algumas palavras, algo como:-Virei aqui mais vezes, para conhecê-la melhor.Como conhecê-la melhor se ela lhe havia aberto a alma?Ela lhe respondeu:-Não, aqui termina a nossa história.Uma linda história de amor, que me fez crescer, me fez reviver, mas que agora termina...Muito aprendi com você, que devolveu-me a capacidade de amar...e foi uma poesia em minha vida. Beijaram-se...Um beijo triste, com sabor de despedida.E nunca mais se viram.

Foto de carlosmustang

"" DESALENTO""

Estou perdido num deserto...
Nem só de "pernas" eu dependo
Pra sair desse reverso
Que me prendeu num sentimento...
Nem meu corpo saudavel e viríl!!!
Pode me salvar!

Já sem muito contrôle das ações
Tento guardar só pra mim essas emoções!
E saber que tenho motivo pra não ser nada
Mesmo assim tento, tentar...
E seguir essa pequena estrada!

Lá no beco, no lamênto...
Aos joelhos, à rezar...
Nem pela vida, nem pela morte!
Na esperança de tudo acabar...
Enquanto espero...só amar...só amar

Foto de carlosmustang

"""EXPERIENCIA"""

Quando eu não importar-se mais
Dar vazão as palavras banáis
Não impelir a manifestação do "espirito" carnal dos meus ancestráis!

Por quê as pessoas mais interessantes não posso tocar;
Apresentadores de TV ou ALL STARS?

Quando não tiver justificativa "inteligível" para pesquisar,
E ser o "etérno" expoênte do existêncialismo
Quando não mais me importar, não zangue-se comigo!

A penitência já não corróe meus joelhos
Meu "cérebro" age com naturalidade aos meus ansêios
Já não viver só por "dinheiro!

E se eu não tiver disposição para copular com minha fêmea;
E sentir minha alma "pequena"
E não ter mais medo de "morrer"
E mesmo a jovem virgem, não fizer meu coração bater?

Quando tiver a curiosidade do "saber" desguarnecida
Restar-me, somente a avareza dessa vida!

Quando meus olhos , marejarem em lágrimas
Nem ter nenhuma mágoa
Renascerei novamente nas palavras
Na escriba praticada, atravessar essas águas...

Foto de Carmen Lúcia

O último passo

A música termina.
Os últimos acordes pairam no ar...
É tempo de parar...
Num esforço sobrenatural,
O salto da bailarina...
Quase um mortal!
Um desfecho sem igual
Que guardará para sempre...
Docemente, soberbamente...
O último rodopio
Levitante, trepidante...
Na espinha, um frio...
Na alma, calafrio...
E um vazio que ficou...
Lágrimas contidas...
Pra que chorar?
Desmoronar agora?
Não!Não era hora!
Enfim, seu momento de glória,
Epílogo de uma história...
Ainda no ar,
Combina a arte com a despedida...
O último passo a abalar a vida,
A última nota em sintonia
Com seu gesto perfeito...
Simultaneidade, saudade...
Com majestade estrema
Coreografia suprema...
Retorna ao solo suavemente,
Feito uma garça,
Cheia de graça...Brandamente!
Solenemente se curva
Em saudação, a reverência
À ovação e a si mesma
À arte no palco despejada
E acabada...
Engole a dor, dissimulada.

Foto de CarmenCecilia

LÁGRIMAS

VIDEOPOEMA DO AMIGO EDSON PAES
FORMATAÇÃO: EDSON PAES
EFEITOS E ADAPTAÇÃO EM VÍDEO
CARMEN CECILIA
MÚSICA
YOU'll BE IN MY HEART
PHIL COLLINS

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