melancolia

*
*
* Falta de ar....

Assim que fico, com tua ausência.
Falta de ar me da, quando você não esta.
Falta de ar me da, quando você me esquece.
Fico sem me locomover, preciso te ver.

A falta de ar, não me deixa andar;
Estou paralisada os movimentos
Mantém-se imóvel.
Você é meu oxigênio,
Dei-me um premio por tão sofrimento.

Meus sentidos se isolam com tua ausência.
Me causa falta de ar ...falta de batidas cardíacas.
Sinto-me um ser....sufocado,engasgado ,amedrontado.
Sem o teu amor ao lado.

Só me permito sentir falta de ar,
Para te amar.
Para receber teus beijos,
Para enlouquecer em teus abraços
Para te receber em minha vida,
Para viver com você.
Somente essa falta de ar,
Permito-me ter!

Anna A FLOR DE LIS*-*

Embora uma derrota, esmorece
Mas não abstive o guerreiro
Ferido, mas de alma grandeva
Cai abatido, mas não vencido

Finca sua espada na rocha,
nela apóia-se, e olha...
No horizonte busca forças
Pois o céu, sua eterna morada!

Dá-se então, a nobre luta,
continuidade, avanço coragem...
Vai-se, mostrar sua verdade;

Chagas, curam-se...
Mas ninguém derruba
um guerreiro sem vaidade...

... E NÃO FOI

Eu era uma menina a primeira vez que te vi.
Teus olhos verdes me impressionaram.
Meus sonhos habitaram.
Mas me perdi de ti.

O vento do destino nos afastou.
Outro vento nos reaproximou.

Que era tarde para nós eu descobri.
Já existia outra.
Outros caminhos foram traçados.
Vivemos uma vida afastados.

De vez quando eu te revejo.
Não existe mais o desejo.
Não imagino um beijo.

Nem sei porque teus olhos ainda me tocam.
Apesar dos anos passados.
Acho que no mais profundo de mim eles ficaram guardados...

No imaginar do que poderia ter sido... e não foi.

Minha estrela se apagou
pra renascer em outro céu...
Onde havia labareda,
hoje é o mais escuro véu.

Estrela que me incendiava,
brilho singular que estrelava,
somente ela...uma constelação,
porta que se abria à minha inspiração.

Nem rastro deixou, apenas se foi,
navega pelo universo sem fim...
Cintila sua luz em outros versos,
tirou seus olhos de mim.

Quem sabe, se na luz apagada
exista um segredo que me destinou...
E nessa escuridão,
encontra-se, embrenhada,
grande revelação!

Ao contemplar as estrelas
procuro encontrá-la,
sem conseguir vê-la.
Então, me vem a certeza:
que são as estrelas
senão luminosos rastros
de ilusões do passado,
cintilações de astros
que recolhem a beleza
pra mostrá-la noutro espaço?

(Carmen Lúcia)