alegria

Tanto!
Tanto para dizer apesar da coragem pouca.
Espero que seu sorriso consiga calar minha boca.

Sim!
Face a face...
Faz tanto tempo que não vejo alguém de tão perto assim,
a segundos de um toque.

Será como o primeiro beijo
derrubando fronteiras
para alguém que esteve
por tanto tempo à beira
de chegar a lugar algum.

Sem chance de repensar
quando eu enxergar em seus olhos aquele olhar
que indica a hora de simplesmente... agir.

Enxuguei minhas expressões por tantas vezes.
O último lenço-de-papel há alguns meses,
então, quando mordo os lábios é para detê-los.

Mas este será como o primeiro,
será trêmulo como o primeiro,
especial como o primeiro,
para além de paradigmas como o primeiro...
o primeiro beijo.

Sou Eu.

Sou eu
A frase que se encaixa na rima
A letra que constrói a poesia
Sou eu a mensagem que ensina
E a palavra que devolve a alegria.

Sou eu
A canção que não fora cantada
O acorde que não fora ouvido
Sou apenas mais um na estrada
Com um sonho a ser perseguido.

Sou eu
Um poeta ou uma poesia
Sou um ponto de interrogação
Sou à noite ou a luz do dia
Sou palavras do meu coração.

Sou eu
A procura daquilo que sou
A viagem pra dentro de mim
Sou apenas alguém que sonhou
E que crê em um final feliz.

Não, estrela, não te vás...
Fica um pouco mais...
Ainda há tempo, a noite se inicia,
a lua de prata ainda nem se pintou.
Não deixes teu brilho se apagar
nesse teu bailado ensaiado
deixando vazios pra quem quiser ocupar
e a cada vez mais, teu brilho intensificar.
Ensina-me a luzir, a sorrir, a bailar
por esses vácuos entre a escuridão e teu cintilar,
brilho que inebria sem cegar,
ou cega a quem não sabe te olhar.

Derrama tua lágrima azul e pura
no branco de minha alma a pulsar,
em meu coração descompassado,
tatua meu corpo em tua explosão estelar,
desconcerta-me com toda tua beleza que seduz,
crava tua luminosidade em minha cruz.
Empresta-me os vazios desse teu caminho
deixados no infinito a se apagar
pra que neles eu possa trilhar
e recolher as faíscas
que tu deixaste ficar...

Agora vás, estrela,
não deixes o dia te roubar...
Tragas de novo teu brilho
quando a noite acordar.

(Carmen Lúcia)

Povo infeliz e ingrato
Viva o carinho e a ternura
Que à luz do estrelato
Mandam embora a amargura.

Anjo celestial,
Bate as asas e voa
P'ro Paraiso infernal
Levai convosco esta coroa
E vivai uma vida boa
Nao me deixais fical mal.

Conheçai os céus e as fadas
Duendes e cobras malvadas
Tudo com que sonhais
Sobre as nuvens despidas
com fantasias coloridas
e aves canibais
Nao vos esqeçais, contudo
Das pessoas reais

Povo rico e afortunado
Perdestes um anjo amaldicoado
Uma princesa linda e divina
como a luz matinal,
Oh!, querido povo...
Vós sabeis que perdestes
Uma amiga bestial.