Pelas ruas estreitas da madrugada
perdida nesta bruma incompleta
do sonho e da meditação
meus passos arrastados
respiram minutos de solidão.
Vestida de vermelho e nostalgia
a ternura cálida
de um amor ausente.
Sinto-me só
nesta madrugada fria
sem o calor dos teus lábios ardentes
só, sem o delírio dos teus braços
sem o suspiro do teu corpo.
Queria ser vida!
Que esta saudade madrasta
as horas da noite arrasta
em milênios de reflexão.
Meu corpo cansado
indiferente aos sorrisos
de lábios comprados
mas é o seu que tão distante deseja.
Num murmúrio escaldante
teu nome desenho sem tinta nem papel
apenas amor basta.
Amor que é teu
porque apenas tu
em paixão o transformas-te.
Vestida de vermelho
na madrugada que arrasta
esta saudade
e não tem fim...
Comentários
Maria Flor
Belíssimo poema!E o vermelho de seu vestido fez realçar seus sentimentos.Lindo!
Parabéns!
Beijos azuis!
Carmen
Carmen Lúcia
VOTO
Voto.
Fico imaginando em quais ruas de São Paulo tua andas, Rua Augusta, Direita, Av. Paulista, onde que podes ser vista MUSA.
Parabéns.