Vês, o que assiste no seu ínfimo ser,
O deserto incerto retrata seu penar,
Alegria impoluta reluta a alma vulgar,
A vagar, na escuridão absoluta do viver.
Mas, ao que não crê, trata de conhecer,
Aquilo que o coração quer mostrar,
No ato descomunal, de seu terno pulsar,
O que não via, no azul, na magia, no poder.
Agora de olhos abertos é certo o amor,
Sereno e meigo, daquela bela mulher,
Em que o horizonte é a fonte desse sabor.
E nesse velho dilema, do tema dessa fé,
Amar e ser amado como mesmo esplendor,
É quimera que acorda quando quer.