Sinto-te pelas vésperas
trazida por um vento fresco que se assoma,
como se te abraçasse,
e na explosão dos traços
emprestados ao teu rosto,
as palavras nascessem,
do profundo guardado no teu peito.
Há sempre um cheiro novo,
intenso,
que vem na entrega
na partilha,
e me ultrapassa e me provoca
quando te olho, como a um espelho
e te sinto meu lado desigual.
És a mestra que me ensina
o caminho onde vou,
apontando na tua direcção;
recebes meus dedos em delírio
onde te desenho,
nos gestos que procuras
e esfusiante pedes mais e mais ternura,
que eu derramo em ti sem constrangimento.
Nas noites onde
te deitas comigo,
permanece real o meu desejo,
ofereço-te quase tudo o que possuo,
deixando-me embalar no trecho dessa dança
onde teus pés e meus, se cruzam e saltam no meu leito,
felizes dos encontros, de se terem.
e dos poemas que dizemos de cor
e mais os que trocamos sem olhar,
confortam-nos do gelo da saudade
que se derrete,
quando nos chegamos,
bem perto do que sempre
pode acontecer..
Quimera
Data de publicação:
Quinta-feira, 13 Setembro, 2007 - 14:53
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Comentários
Parabéns
Parabéns pelo poema!
Lindíssimo!
Vera Silva
Vera Silva
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/vera_silva