Sentado à beira mar
olhando o escuro
confesso-me às ondas
nelas me aventuro
olho para traz
mas n te consigo ver
paro pra questionar
a existência do meu ser
procuro por ti
lutando sem cansar
o meu último pedido
é rever o teu olhar
despeço-me com saudade
vendo-te chorar
sinto a verdade
contínuas a me amar
naquela noite sem fim
na imensidão do mar
termina a minha vida
deixo de sonhar
e o vento k t afasta de mim
é o meu suspiro de dor
não pode acabar assim
é infinito o nosso amor
queria regressar
nos teus braços cair
puder-te abraçar
beijar-te e sorrir
acaba a esperança
de o meu sonho viver
mergulho noutro mundo
mas aumenta o meu sofrer
olho pela última vez
à espera de um sinal
de um "mor" vindo da água
de um beijo vindo do sal
sem mais nada pra viver
sem nada com que sonhar
"só te posso prometer
para sempre vou-te amar"
Pedro Peixoto
18 de Outubro de 2006