Perdi o meu Bem-querer…
Perdi o meu bem-querer…
Procuro-o na amálgama de flores…
Mas, não o consigo ver…
Deambulei, no jardim dos horrores…
E com efeito, em busca, parti!
Onde perguntei, clamei, gritei por ti!
Pelas ervas daninhas passei…
Onde magoada e caída fiquei…
De repente vi uma rosa cintilante!
Que visão alucinante!
Abeirei-me, debrucei-me!
Eis que quis, e aproximei-me…
Abruptamente, senti um defeito de conforto…
Tal, rosa brilhante, ofuscou o meu olhar…
De momento, não conseguia pensar…
Rosa, coberta de espinhos sofucantes!
Envenenou-me e ali ficou corpo morto!
Elevou-se a alma, cheio de brilhos ofuscantes!
Não encontrei o meu bem-querer…
Mas, por ele preferi morrer…
Inês Santos