Observo-te de longe...
Tento perceber-te... Para entender
Porque te vestes como um guerreiro pronto
Para a guerra da indiferença
Encerrando a ternura, num íntimo de aço...
Onde sem te dares conta...
Desprezas o sabor da brisa
A eloquência do sonho
O desejo de voar.
Falas-me em metáforas...
Sinais que eu apreendo... ou não!
Mesmo que contestes a sua direcção...
Sei que é para mim que falas!
Assim interrogo:
Onde fica o desinteresse que te instiga a desnudar as palavras?
Que me diz que sou aurora na tua saudade?
Não me dás ouvidos quando te sussurro
Que no céu são muitas as estrelas que existem por numerar...
Estrelas que te vigiam...
Iluminando esse caminho tortuoso no qual te alforrias.
Na boca do poeta achei a verdade
e a verdade diz:
"Que para morrer apenas carecemos
da indiferença do nosso próprio olhar".
Criaste dúvidas onde existia genuinidade...
Deixas-te o acre no lugar de beijos
Ergueste defesas que impedem o abraço.
Algo sucedeu e não me dei conta!
Desculpa se a expressividade das minhas palavras
te provocam a precaução dos sentidos.
Envergonho-me da minha simplicidade,
de não conseguir sair digna... deste sonho solitário
que me permiti sonhar.
Conheces-me...
sabes que...
A minha ternura,
Existirá para lá do sonho
Para lá dos beijos
Para lá do desejo...
Porque eu permaneço!
Comentários
Ana,ana...
Me gusta cuando ablas...
Como é bom ler uma mulher que sabe o que deseja,que conhece o seu proprio intimo.
Confesso que sofro da mesma forma,me envergonho da mesma indignidade.
Como se apenas eu perdesse com tal indiferença.
Entendo tudo que falas,só não poderia alcançar tal beleza.
Mui bueno señorita
www.luso-poemas.net
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E desnudado fiquei...
Um poema, um grito, uma lição, uma afirmação.
Adorei