Estive a pensar em ti como lua violada,
Ou como vício brotado em circunstâncias,
Pedras de barro, tuas ruas e rios carnosos.
Denigre a imagem de teu resto sem nome;
Apelo à fantasia estarrecida da memória,
Ao pacto com a sombra fugidia no vento.
Salto sorrateiro como tempestade sobre ti.
Meus olhos vêem e vão atribulados e firmes,
Tocam teu mundo reservado ao efêmero,
Um pedaço de ti, flores regadas pela noite.
Partistes ao sereno timbre do hálito promissor,
Ao som das paisagens e da chuva festiva.
Assinei um contrato insano com teu olhar:
Tê-lo por momentos, tê-lo sem o possuir.