Todos os santos dias
Eu escrevo as agonias
De assim te ter
As dobro em quatro
Vinco e remeto
Sem rumo ou endereço
Para um sem destino
E nesse qualquer lugar eu sumo,
Me desfaço num grito e esfumo
Me livro do desatino que é sofrer
Porque algures no lado de lá eu vivo
Vivo sem habitar a vida
A dor não bate, não me é querida
E a harmonia do silêncio me convém
Lábios não oiço,
Toques não beijo,
Palavras não sinto,
E o amor distante é de ninguém.
Amor de ninguém
Data de publicação:
Segunda-feira, 5 Fevereiro, 2007 - 01:08
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Comentários
Trabis
Daynor falou tudo. O cara é de outra dimensão. Uma poesia sensível e enigmática, com um toque de maestria.
Um abraço amigo Trabis
Oi Trabis
Amor de ninguém, sentimentos presos em laço que não consegue um desabafo, se desfaz no grito te libera de sofrer...
Sabe que penso?
Ainda tenho muito que aprender.
Conviver com você é um privilégio legado á poucos.
Então sinto que em algum lugar da vida eu vivo, para ler maravilhas.
Grande abraço
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Trabis
Palavras estas suas, com sentimentos expressivos, em harmonia com cada um.
Seu modo de escrita é sempre assim, delicioso ao ler, independentemente do tema em que você se propõe a fazê-lo.
Beijinhos
Paloma Duarte Stella
=^.^=