A desilusão é um cálice de fel
que transborda queimando a ilusão
escorre e faz poça no coração
afogando a nossa satisfação.
No ápice do desgosto, remôo
Rumino e trago o seu gosto amargo
Rejeitando, ponho-me em choro
Sinto-me mártir perante os algozes.
Em farrapos contemplo-me
Vejo-me com olhos invertidos
De uma alma pelo avesso
Sem chão, sem ar, sem brio.
Sinto-me frágil como criatura
Decadente, descontente...
Quem dera poder trocar minha pele
Como fazem as serpentes.
Célia Torres
Comentários
Oi Célia Torres
Teu último quarteto arrematou no laço todo o compasso do poema.
Lindo demais
Parabéns
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
FERNANDA QUEIROZ
Obrigado Fernanda! Um comentário desses vindo da sua pessoa, o que posso dizer?
Me deixou deveras emocionada... e grata por tudo.
Beijos no coração
Célia Torres
Célia Torres