Quero ser abundante,
À beira do inesgotável;
Quero viver ofegante,
Mas sempre incansável;
Quero ser corajoso
E correr riscos de verdade;
Ser uma razão para encarar esse tráfego;
Quero ser tudo nessa cidade.
Quero que tentem me segurar com as duas mãos,
Mas nunca realmente consigam;
Quero ver olhos famintos por me conhecer;
Quero mesmo que digam...
...que eu sou um pedaço do horizonte,
Parte de um esquema maior,
Uma carta na manga da sorte,
Que sou quase o bastante,
Que sou a água que afoga meus olhos
E sou dono de minha própria fonte.
Sempre e sempre
Mais e mais
Quero ser imprevisível,
Impressionar o impossível,
Derrotar o improvável
E me tornar inevitável;
Quero chorar um oceano
E inundar um mundo inteiro com novos planos;
Quero ser exagero e desespero;
Quero meu coração sendo lançado para fora do peito!
Por que ainda me oferece tão pouco?
Quero valer seu grito rouco,
Eu sei que você consegue!
Prossiga!
Por favor, diga!
Que eu sou um pedaço do horizonte,
Parte de um plano maior,
Um legítimo golpe de sorte,
Diga que sou o bastante.
Diga que sou água em seus olhos
E que é amor, o que jorra desta fonte.
Sempre e sempre
Querendo sempre demais.
Sempre mais.
Comentários
P/Allan, de Joaninha
«... deixou-me sem fôlego,,,
com este poema do além
d`uma plataforma iminente
gigante o suficiente
manto d`maresia ....
(1ª vez que o li....)
Pintou um quadro maior
fez buquês alusivos
gritou alma jorrou marés
você simplesmente
me deixou a seus pés.»
(2ª vez que o li)
Joaninhavoa
(helenafarias)
2011/05/01
Joaninhavoa
P/ JOANINHA - DE ALLAN 2
Muito obrigado!
Eu me sinto da mesma forma toda vez que o releio.
Ele representa de fato uma necessidade minha (e de qualquer pessoa, eu acho) de ser tudo, de ser capaz de abarcar todos os sentimentos sem represá-los, de viver o mais que possível. Embora muitas vezes seja fonte de grandes frustações, é uma necessidade que nos impulsiona na vida.