Por que, em muitas vezes, o amor rima com dor?

Foto de Fábio Almeida dos Santos

A Gênese

Se cada folha seca
Caísse num lago
Ela não pereceria
E seria livre
Para ver o mundo.

Mas tão poças folhas
Vivem perto de um lago,
As outras perecem na areia.

Se cada pingo de chuva
Caísse numa pétala de rosa
Ela não murcharia
E exalaria um perfume
Para adoçar o mundo.

Mas tão poucos pingos
Regam as rosas
Os outros secam-se nas pedras.

Se cada semente madura
Caísse no solo,
Ela vingaria
E daria vida
Para enfeitar o mundo.

Mas tão poucas sementes
Espalham-se no solo,
As outras se dispersam com o vento.

Se cada olhar
Fosse correspondido
Não haveria solidão,
E a paixão nasceria
Para dar sentido ao mundo.

Mas tão poucos olhares
São compreendidos,
Os outros se encharcam de lágrimas.

Quando uma semente madura
Caiu no solo,
E os pingos de chuva regaram-no,
Nasceu uma flor.

Os olhos que a viram primeiro
Levaram-na como presente.
Esse olhar foi correspondido
E daí nasceu o Amor.

Mas a flor que nasceu na areia
Não resistiu e murchou.
Os olhos que tarde chegaram,
Encontraram o olhar já distante,
E daí, nasceu a Dor.

Fábio Almeida dos Santos 31/08/08

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