Desarrumei a minha cabeça de um minuto para o outro
Inventei o universo das coisas tristes para me encontrar
Virei do avesso o meu coração
As palpitações e o sangue que corre nas veias
Removi-lhe a cor...
Demoli este prédio que construí em mim
E reconstruo tijolo sobre tijolo um só andar
Longe da altitude e da magnitude das coisas...
Farta de trivialidades
Dos rios fúteis e zangados que nos desgastam
Nos destroçam num só segundo
Cansada dos outros que nos cercam
Nos consomem energias
Nos roubam um sorriso através do olhar
Olhos que nos devastam
Roubam
E deitam tudo a abaixo sem tempos
Com feridas
Com cascos de ferro entranhados na pele
Cravados neste mundo louco
Que nos enlouquece
Desvanece e esquece...
Nesta escuridão
Caminhando ao relento
Perdida e só com uma rosa na mão
Talvez esta me acompanhe e me transforme
Transforme o drama num melhor padrão...
Demolição
Data de publicação:
Sábado, 17 Setembro, 2005 - 20:01
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