Contidos em nosso próprio conjunto,
Envolvidos pela anestésica sensação do silencio,
Rasgávamos o vento, sedento!
E, nossas pupilas acompanhavam com emoção
A euforia dos acordes que bailavam para nós,
Êxtase interrompido pela gravidade da imaginação.
E, entre o grito agudo e grave,
Entre o medo e a ansiedade;
Ilhas do amor, instante de saudade...
Os ruídos embaralhados, desritimados,
Insistiam em tirar-me a calma
Não pensei em mais nada, trapalhada!
Tudo ficou para trás, naquela noite escura,
Largados entre o silêncio do som dos faróis,
Vinho de boemia, premeditada loucura.
Contidos no grito agudo e grave, lentos como caracóis,
Marcados pela insônia, fechada!
Envolvidos, apenas, pelo frio entre os lençóis.
Então, o vento começou a nos “rasgar”,
Não havia o que fazer além de lamentar,
Aceitar o destino, e viver para a história contar.
Escrito em 20/07/11.