Minha mente anda em um ritmo frenético, ao ponto de me irritar facilmente pelas coisas complexas serem tão simples, as coisas que alguns julgam tão muito, serem para mim muito pouco.
Sinceramente peço perdão pela minha petulância, mas me viciei nos olhares que me oferecem jogados ao ar, pois ao ar só deixo suspiros tristonhos e carentes. Pois por de traz deste olhar firme e cortante, carrego lagrimas, ainda que raras, mas existentes, lagrimas que até hoje poucos entenderam, precisamente só um amigo chamado violão, uma dama chamada rosa, e um grupo de dançarinas das noites vazias conhecidas com estrelas.
Mas ainda não cria que houvesse outro, pensei que do meu planeta eu fosse o ultimo, e que nossa espécie já havia sido extinta, e esqueceram de mim. Mas não! Sobrou um ser, que é originalmente do sexo oposto, que foi escondido e criado muito distante de mim, mas que tem a marca da espécie, o poder de se comunicar através dos olhares.
...olhe em meus olhos, converse sem usar palavras, gargalhe da piada que não contei, chore da dor que não é sua, cante a canção que nunca toquei, viaje comigo até a estrela que dei seu nome, olhe a Terra comigo daqui da Lua, entenda as doze poesias que escrevi ao pensar em uma palavra que nem disse, ande comigo por este lugar que nem sei se é real, acredite na sua verdade simplesmente por acreditarmos que é, seja feliz pois a felicidade nasceu em nosso coração.
Dai-me sua mão, dobraremos nossos joelhos, e oraremos dentro de um templo ainda que desconhecido.
Dai-me sua mão, guerrearemos sozinhos contra todo o resto, um Guerreiro Massai e uma princesa Amazonas.
Dai-me sua mão, cavalgaremos com o vento beijando nossos rostos, Apolo e Artemis.
Dai-me sua mão, e enfrentaremos um mundo que não foi feito para nós, pois nós fomos feitos para ele, e provaremos que o mundo não é um lugar bom, mas vale a pena lutar por ele, e não temos maior responsabilidade que ser feliz.
Allan Sobral