Eu esperei encontrar no silêncio
um tanto ainda do que foi sentido
como se buscando a meu ouvido
um eco do passado... do início
Nos vestígios esparsos em mim
que ainda guardarem da história
além do pensar e da memória,
é o sentir, o que procuro enfim.
No fundo da mente, soterrado,
cavo com as unhas, garimpo gemas:
Pedaços de sonhos, coisas amenas,
que ainda fazem o olhar marejado.
E neste silêncio me vasculho,
à cata de todos os cacos de amor.
E neles, corto a carne, e nesta dor
de romper-me o peito mergulho.
Lá, tão profundo e sem senso:
Os sentidos todos, mesmo sem nexos
feito purpurina a criar reflexos,
é todo um céu estrelado, imenso...
Comentários
Fernanda/Arnault
Ah! O silêncio que soa mais forte que um grito e transforma minha alma morta em agito.
Lindo poema
Abraços
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Arnault
Ah o silencio... por muitas vezes "nos diz tudo",
muito bem expressado em seu lindo poema, gostei muito!!!!
Bjs
Cinderela apaixonada