DE ONDE VIM?
Vim dos ventos uivantes
Que percorrem os recantos,
Os mais escondidos cantos,
Deste planeta-encanto.
Vim da profundeza dos mares,
Em ondas de muitos lugares.
Por vezes, em par de pares,
Bem distante de outros olhares.
Vim de perfumadas florestas,
De riachos de mente aberta,
De cujas trilhas se dispersam
Para o encontro do rumo certo.
Vim de profundas cavernas,
Invisíveis ao olho externo,
Feitas de cristais, ouro e ferro,
A sustentar a nossa Terra.
Some pude pôr a caminho,
Ao descobrir o carinho
De não me encontrar sozinha,
Triste, solitária e vazia.
O meu coração, religuei,’
Às vozes que trouxe, entranhadas,
Dos cantos onde passei.
À Via Láctea cheguei,
Num misto de tudo e nada
E, tudo, de nada sei.
Sou fogo, água e ar,
Sou terra e sou metais,
Sou estrelas, sou cristais,
Azul-céu e verde-mar.
Vivo, revivo, enfim,
Em versos,
No universo sem fim.
Marilene Anacleto
itajaionline - 20/06/01
Comentários
Muito bom
Um talento como seu é mesmo muito raro
Quando leio seus poemas simplismente eu me calo
Lendo sua Nuvem Rosa vejo o amor que ha em si
Espero que um dia eu chegue a rimar também assim
Maryany/Daniel
Querido! mergulhe nesse teu mar, encontre lindos corais, peixes vão te cercar, e chegarás à areia nos braços de uma sereia. A rima vem, mas não importa não. O importante é comunicar essa simplicidade e a tua sensisibilidade diante dos fatos, das coisas, das pessoas, da natureza. Parabéns, Daniel! e continue a sentir a alegria de escrever. Abraço afetuoso.
Marilene
Marilene