Florestas

Foto de Ivone Boechat

Voltei

Voltei,
não voltei
como voltam os vencidos:
desanimados,
apavorados,
com medo dos perigos
ou de tropeçar;
voltei
de braços abertos,
com flores e amigos,
na certeza de ficar;
andei por todos os lugares.
subi montanhas,
venci florestas,
pelos mares da vida me afundei;
voltei,
mas, desesperadamente,
te encontrei,
quando mais procurei te evitar.
dei voltas pela vida, me machuquei,
tropecei,
exatamente no teu olhar.

Ivone Boechat

Foto de Elias Akhenaton

A Rubra Flor e a Borboleta - Prosa Poética

Caminhava pela manhã entre os jardins floridos e minh’alma quase transcendeu aos céus com o alquímico perfume no ar. Neste momento, percebi uma rubra flor que se destacava entre as outras, não só pela sua beleza, as outras florzinhas também eram belas, mas a rubra flor chamou mais minha atenção, porque além de bela, parecia que ela estava sorrindo para mim com suas pétalas ainda molhadas pelo divino orvalho matinal que cintilavam com a luz do sol, o qual, com seu esplendor, despontava infante no horizonte, num lindo céu azul, intemerato e cristalino, me transmitindo algo a mais, um sentimento de paz.

Fiquei fascinado e encantado diante da magia de tão divinal beleza. Oh, quão inspiradoras são as obras do pai criador, o Arquiteto Deus, como a majestosa natureza! Pena que algumas pessoas não estão tendo consciência em preservá-la, protegendo as florestas e o meio ambiente em que vivem! Mas, voltando ao fascínio da rubra flor, precisava deste sorriso. Às vezes em nosso meio necessitamos apenas de um sorriso sincero ou da simplicidade de um olhar que possa nos acalentar, de uma palavra amiga que nos transmita paz, alegria e ternura, que possa fazer com que transmutemos nossas tristezas e incertezas. Algo de divino. Embora o grande segredo desta transformação, seja descoberto e laborado primeiramente no cadinho do nosso próprio eu interior, fazendo com que de fato esta transmutação aconteça, mas infelizmente, algumas vezes, não temos a capacidade suficiente para fazer este ofício na qualidade de alquimistas das emoções que nos afligem, pelo menos é assim comigo, às vezes falta-me força, noutras fé para realizar esta transformação, mas sei também que existem muitas pessoas que têm dentro de si este potencial.

Essas pessoas têm o dom de nos alegrar, de incentivar, são enviadas por Deus, são anjos de luz que nos auxiliam quando precisamos, nos encorajando e dando ânimo. Quando elas não estão por perto, devido aos seus afazeres diários, temos que de alguma forma buscar a força dentro d’alma, ou simplesmente contemplar as maravilhas existentes na natureza e na grandiosidade e beleza das obras do Arquiteto Criador, buscando assim restabelecer o nosso equilíbrio interior, porque de alguma forma, Deus está e estará sempre presente ao nosso lado, em tudo e em todos, principalmente em nossas preces e orações, entretanto, mesmo sabendo disso, quiçá, até mesmo pela pouca fé que nutrimos em nosso coração, n’alguns momentos da vida, deixamos que as tristezas e as incertezas entrem nos interstícios do nosso peito e são nessas horas que necessitamos de ajuda, de um ombro amigo para compartilhar o que estamos sentindo.

Para completar tão belo quadro da natureza, convertendo de vez as tristezas que me afligiam, aproximou-se uma borboleta que posou mansamente sobre à rubra flor num espetáculo divinal inigualável. Uma borboleta, símbolo fecundo de transformação, de renascimento e a rubra flor, símbolo de consagração ao amor, juntas numa só imagem, imaculada, pura, composta pelas mãos benevolentes do Arquiteto Deus para aquele momento.

Uma imagem indelével que eternamente ficou registrada em meu coração e em meu pensamento, admirado pela singeleza e simplicidade mística da rubra flor e a borboleta que me transmitiam sentimentos de esperanças, fazendo brotar em meu jardim interior a bela flor do amor e com ela a ternura, a fraternidade, a solidariedade, o perdão... Elevadas e enlevadas aspirações. Desideratos nobres de paz.

Elias Akhenaton
Um peregrino da vida, pescador de emoções.
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com.br/

Foto de layellen

Falando de Amor

Subo ao palco da vida
cheio de luz e calor,
esqueço mágoas sofridas,
escrevendo sobre o amor.

Vejo o sol da esperança
no milagre de um novo dia,
o sorriso terno das crianças,
iluminando o meu amor poesia.

As borboletas beijando
as flores do meu jardim,
os passarinhos cantando,
sem jamais nada pedir.

Os riachos murmurantes,
as verdejantes florestas,
as cascatas borbulhantes,
natureza sempre em festa.

As lagoas espelhando
o céu azul e o infinito,
paz que vai serenando,
o desespero dos aflitos.

O sol se vai de mansinho
cedendo vez ao luar,
pássaros voltando aos ninhos,
mais uma noite a chegar.

Ao contemplar tanta harmonia
de luz, beleza, paz e cor,
os versos de minha poesia…
só podem falar de amor.

Foto de Marilene Anacleto

Homem Fogo - Mulher Ar (Dia dos Namorados)

Das energias que emanam da terra
Incorporam para evoluir, os seres,
Cada qual com seus poderes.

O homem é o fogo, a mulher, o ar.
Nos braços do cavalheiro, em ritmo de valsa,
A dama rodopia, serpenteia, e até pode voar.

À luz da chama, a dama orienta a família,
Prepara e orna o alimento e a casa.
Nessa melodia celeste, todos criam asas.

Se o cavalheiro prende a dama, não há dança,
Tudo é cansaço, tristeza, desavença.
Então, surge a pobreza e a doença.

Se o homem machuca a dama, incontrolável força
O ar se torna. Capaz de decepar florestas inteiras,
Ou jogar as árvores para fora da terra.

Mas, se o fogo enfraquece, o ar acaricia.
Feito mãos poderosas aquece aquelas mãos frias,
Canta, assopra, declara o amor em orações de poesia.

Assim o fogo se recupera e se levanta.
Em tons celestiais, a alegria se encanta,
E o ar rodopia, espirala, serpenteia e dança.

Que cada dia seja um Feliz Dia dos Namorados!

Foto de Rafael Ribeiro de Sousa

Fantasia

Uma fantasia para mim ...
Nesta bela face de aurora...
A qual a luz do sol e da lua escolheu para tocar ...
Rastejando por florestas infinitas absorvendo a chuva ...
Havera um lugar entre o céu e o mar em que irei te encontrar ...
Na costa sentaremos e esperaremos o mesmo brilho da lua ...
Suspiros da Lua ...
Almas oceanicas..
Desejos profundos silenciosos...
Um toque de amor para o verdadeiro nome ...
Um canção para mim ...
uma sinfonia corajosa ...

Foto de Carmen Vervloet

Mãe Terra

Chora o céu, se esconde o sol,
o arco íris desata as sete cores...
Na constelação de Perseu
brilha a estrela algol,
nos jardins empalidecem as flores

Mãe terra agredida pela poluição,
ferida com as garras da destruição...
Choram os homens de bom senso,
aglutina-se o ar impuro e denso!

As motosserras cantam em festa...
As florestas mutiladas por desalmados,
o cinza cobre o verde que resta,
só chove prata, cobre e ouro...

A terra grita por socorro
Acudo, peço ajuda, corro...
Mas a ganância é traiçoeira,
vai roendo pelas beiras!

É a agonia da morte...
Pássaros voam sem norte,
sem égide, sem aporte,
tristes com sua sorte...

Cidades, por lixo, invadidas...
Morrem os rios fontes da vida!
Barco fantasma esperando...
A esperança solitária embarcando.

Foto de CarmenCecilia

A ESTRELINHA TRILILIM MÚSICA E POEMA INFANTIL DA ESCRITORA E COMPOSITORA MÍRIAN

ESTRELINHA TRILILIM -- PLANETA AZUL E VERDE ( MINHA PRIMEIRA INCURSÃO NA MÚSICA E CONTO INFANTIL )

ANIMAIS EM EXTINÇÃO

UMA OBRA DA COMPOSITORA
E ESCRITORA MÍRIAN WARTTUSCH

Os animais são a beleza de nossas florestas.
Não os privem de sua liberdade.
Dignifiquem a raça humana preservando e
respeitando a criação de Deus.

Mírian Warttusch

Estrelinha Trililim é uma faixa do CD Planeta Azul e Verde

"Plantando as Sementinhas do Amanhã"

Mãe Natureza não poupa argumentos para sensibilizar
e conscientizar os homens sobre os seus deveres
para com o nosso Planeta Azul

LETRA, MÚSICA E INTERPRETAÇÃO DE MÍRIAN WARTTUSCH

TURCÃO AO VIOLÃO

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO

CARMEM CECÍLIA

ESTRELINHA TRILILIM

Minueto -- Turcão ao violão
Música, letra e interpretação de Mirian Warttusch

Nossa história inicia quando Melissa ao contemplar o céu,
descobre que naquela estrelinha a brilhar insistentemente para ela,
mora a Fada Trililim, que direciona a luz de sua estrela para
ajudar Mãe Natureza nas causas ambientais e vem
convidar Melissa para ser o primeiro Soldadinho da Natureza.
Com alegria, ela aceita e as duas vão visitar
Mãe Natureza na Floresta.

Trili trililim, trililim
Trili trililim, trililim
Brilha lá no alto, uma estrelinha, sim!
Essa estrelinha trililim
Brilha, brilha, brilha, brilha para mim

Abrindo a janela do meu quarto
Logo, logo vejo o brilho da estrelinha
Trililim, coitadinha...
Trililim, coitadinha...
Com tanto espaço lá no céu
Essa pobre estrelinha
Vai vagando sozinha

Trili trili trililim Trili trili trililim
A estrelinha está piscando para mim!

Eu também estou sozinha
Trililim, minha estrelinha
Pisca, pisca que eu vou te buscar
Pendurar você no quarto pra tudo enfeitar!
O seu trililim, será meu despertador
Quando o sol chegar, toca por favor

Trili trili trililim Trili trili trililim
Vou cobrir tuas pontinhas pois preciso repousar
Mas depois vou descobrir, logo logo que acordar

Trili trili trililim Trili trili trililim
Lá no céu tem uma estrela
Sorrindo para mim, trililim...

Mírian Warttusch

Foto de Marilene Anacleto

Anjos 7 - Anjos da Tarde

No calor intenso à beira mar,
Preparam o frescor, os Anjos da Tarde,
Indo e vindo com suas asas amorosas
Em movimentos de amor e suavidade.

Em contínua devoção ao Deus Criador,
Que protege os filhos Seus de suas criações,
Colocam mais leveza e amor nas noites,
E elevam os corações para percebermos o Amor.

Com o frescor da brisa que a chuva aproxima,
Vem o medo das recentes tempestades.
Mas a presença destes Seres reanima
A esperança em Deus e na Vida ora nos dada.

E os Anjos vêm e vão, num devotado festim.
Com cheiros de chuva na terra, voam as pétalas,
Asas de pássaros em festa e perfumes de alecrim,
Anjos da Tarde trazem o Paraíso da calma das florestas
Em odores e cores amarelo, alaranjado e carmesim.
Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Desvendar Mistérios - 7 - De onde vim?

DE ONDE VIM?

Vim dos ventos uivantes
Que percorrem os recantos,
Os mais escondidos cantos,
Deste planeta-encanto.
Vim da profundeza dos mares,
Em ondas de muitos lugares.
Por vezes, em par de pares,
Bem distante de outros olhares.
Vim de perfumadas florestas,
De riachos de mente aberta,
De cujas trilhas se dispersam
Para o encontro do rumo certo.
Vim de profundas cavernas,
Invisíveis ao olho externo,
Feitas de cristais, ouro e ferro,
A sustentar a nossa Terra.
Some pude pôr a caminho,
Ao descobrir o carinho
De não me encontrar sozinha,
Triste, solitária e vazia.
O meu coração, religuei,’
Às vozes que trouxe, entranhadas,
Dos cantos onde passei.
À Via Láctea cheguei,
Num misto de tudo e nada
E, tudo, de nada sei.
Sou fogo, água e ar,
Sou terra e sou metais,
Sou estrelas, sou cristais,
Azul-céu e verde-mar.
Vivo, revivo, enfim,
Em versos,
No universo sem fim.

Marilene Anacleto

itajaionline - 20/06/01

Foto de Leonardo André

Monólogo do Louco

Chega !!!
Vocês não têm o direito de me chamar de louco !
Por que sou louco ?
Só porque vivo sorrindo feliz ?
Só porque me emociono ao ver a rosa que nasceu em um jardim ?
Por que sou louco ?
Só porque converso com as plantinhas e os animais que crio em casa, ou porque fico feliz ao contemplar um sorriso de criança ?
Será que sou louco porque, às vezes, me revolto contra o poder das forças políticas de nosso país, que nunca se preocupam com a existência de uma “massa humana”, chamada “povo”, a não ser em época de eleições ?
Droga ! Eu não sou louco !
Loucos são vocês, que destróem centenas de florestas para construir cidades de pedras e arranha-céus de luxo. Vocês, que constróem fábricas que jogam elementos químicos nos rios e mares, envenenando a água que seus próprios filhos bebem e a comida que comem.
Loucos são vocês, que fabricam armas para destruir a vida de crianças, velhos, mulheres e de adolescentes, que morrem sem saber porquê, enquanto vocês arrecadam lucros enormes com o mercado bélico.
Loucos são vocês, que recrutam meninos, que sonham ser homens, lhes dão uma farda, os ensinam a ser violentos e a matar; depois os enviam para campos de batalha com a “patriótica missão” de matar outros meninos que, como eles, carregam armas e matam pessoas que nunca viram, sem mesmo questionar por que fazem isso.
Loucos são vocês, que deixam inocentes e miseráveis morrer de fome e frio nas favelas, enquanto comem do bom e do melhor, sentados em suas mesas luxuosas, portando seus talheres de prata.
Eu...? Eu não sou louco, gente !
Eu sou apenas um ser que chora, ri, se emociona, sente frio, fome, sede, calor e, às vezes, indignação. Indignação ao ver tanta coisa errada, tanta pobreza, tanta gente morrendo por ser mau atendido em hospitais públicos, ou por falta de segurança.
Eu não sou louco, não !
Loucos são vocês !
Eu... ? Ora... eu sou apenas mais um rosto na multidão !

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