O cristalino fluxo
Que rolou da serra e avolumou-se
Até se converter em rio,
É hoje asquerosa correnteza
Onde se despejam as vergonhas
Da Vaidade, do Orgulho, do Egoísmo.
Coitado do rio,
Que já não tem a alegria
De meninos nus em seus mergulhos,
Nem as poesias das lavadeiras
Colorindo com roupas a paisagem.
Que pena do rio,
Saudoso de quando espelhava
Nuvens, florestas e vilas,
Matando sedes, regando hortas,
Ofertando peixes!
(Hoje, oferece "cardume" é de moléstias.)
Pobrezinho do rio
Que se imolou por cidades,
Para que parecessem civilizadas!
E quantas pessoas se poluem
Como este rio,
Para que outras se considerem limpas
E até desprezem aquelas "sujas"!
Vários tipos de águas turvas,
No leito da vida rolam ao seu destino!
Comentários
Essa é uma verdade!
retrata realmente o que aconteceu com a nossa natureza ao decorrer dos anos em que a vida natural do ser humano deu espaço a tecnologia qual ajuda a contribuir para essa poluição!
Chácara Sales
Daniel Sales Rodrigues