CRIATURAS
Paulo gondim
23/05/2009
A fuga se deu
De forma tão brusca
Num sol que ofusca
E assim logo sai
Um salto no escuro
Num gesto inseguro
Um corpo que cai
E cai entre trevas
Profundas, escuras
E tais criaturas
Do nada aprecem
Tão feias, tão frias
Em suas orgias
O chão estremecem
Reviram baús
Saltitam nos bancos
Alguns solavancos
Permitem se dar
E como mutantes
Em gestos constantes
Se põem a olhar
E assim de repente
Se mostram caladas
Inertes, paradas
Em transmutação
E num reboliço
Em tom de feitiço
Se põem em ação
Dão mil piruetas
Em gestos velozes
Num som de mil vozes
E somem no ar
Dispersas, aos gritos
Um cheiro esquisito
Ficou no lugar
Comentários
Graciele Gessner / Paulo Gondim
Gondim, imaginei muitas criaturas neste seu poema... (pode acreditar!)
E olha, que se não cuidarmos estamos rodeados destas criaturas "sanguessugas"... É preciso ser bastante rápido para se livrar.
Acredite, imaginei "trilhões" de situações.
Abraços graciosos,
Graciele Gessner
Graciele Gessner.
Oi, Graci!
Foi só uma brincadeira com as palavras, ao estilo GONÇALVES DIAS, para exercitar o ritmo dos versos!
O diabo foi esse cheiro que ficou no lugar....
.... tenha medo não, minha menina poetisa!!! a gente se livra dessas criaturas facilmente! rsrsrsrsrs
Paulo Gondim
Paulo Gondim
Oi, poeta menino!
[risos]
Eita, criaturas danadas!
Graciele Gessner
Graciele Gessner.