O teu vestido vermelho II

Foto de samorito
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No jantar falaste-me dos teus medos e desconfianças

Expus-te o meu desejo e o meu sentimento

Respondeste com preocupações e cautelas

Tranquilizei-te com palavras de apaziguamento

Ficas-te mais tranquila e descontraíste-te

E fizeste-me um chá de especiarias orientais

Enlacei forte a tua cintura com os braços e beijei-te

Libertaste-te de mim, olhaste-me e não foi preciso mais...

Mal entrei no quarto reconheci...

O teu, aquele vestido vermelho!

Acendeu-se em mim a chama do desejo

E, sem pensar em mais nada avancei para ti

Vi-me, de repente, com o vestido no meu punho fechado

A alfazema cheiravam os teus cabelos

De éleo de amêndoas estava polido o teu corpo

Entrei bem dentro de ti e despejei os meus sentimentos

Os teus gemidos foram melodia para os meus ouvidos

As tuas carícias, o meu corpo estremeceram

A tua língua com sabor a frutos tropicais secos

A que se misturou, o perfume de alfazema que exalava dos teus cabelos

E a noite tornou-se num dia claro e límpido

Enquanto de cima, no nosso voo, contemplávamos a paisagem

Nesse momento só existiamos nós no mundo

Nessa noite nós estavamos em viagem.

Samory de Castro Fernandes

Comentários

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Foto de DeusaII

Que bela poesia... que lindo...
Viajei em suas palavras.
Meu voto e minha admiração.

Foto de samorito

Obrigado minha querida

voto e admiração meus, você também tem

os seus poemas li na sua página

que de parazer me inflaram nesse entretém

ternos beijos

Samory

Samory de Castro Fernandes

*Evite o plágio