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Hoje senti
que queria o mundo branco,
branca a folha do jornal
escrita a tinta branca.
Um véu branco
em rosto encoberto.
Sentir a noiva de branco,
antes de ser desflorada.
O branco da primeira comunhão,
Com a hóstia de pão ázimo, consagrada .
Atirar pétalas de rosas brancas,
ao soldado que a bandeira branca ergue ao alto.
Ler em linhas brancas ódio e a ambição
e tornar livre o Homem dessa escravidão.
Queria ter a pomba branca a saltar
das minhas mãos e livre voar.
Um mar branco de águas,
para banhar meu corpo em anáguas.
Sentir o cheiro do branco dos lençóis lavados,
antes de uma noite de amor.
Ter numa folha branca este poema escrito
com palavras gravadas em branco de êxito.
Como eu queria ter um coração branco
e pintar uma lágrima branca numa tela cã.
O branco e só o branco e mais branco queria,
a reflectir todas as cores deste dia.
© Jorge Oliveira
Comentários
para Mentiroso Compulsivo
Belo poema , de tão branco tornou-se translúcido , tranparente e líquido, oxalá que sempre possas nos agraciar com tamanhas pérolas.
Parabéns poeta.
Forte abraço :
S. CaraMelo ( Bira ).
Seu CaraMelo (Bira).
P/Jorge
Querido poeta,
Branco o mundo de sonhos em que me transportaram tuas palavras.
Um Beijo meu, hoje angelical...destoaria neste poema se assim não fosse.
YapRose
P/ YAPROSE
O que mais queria era ter é um coração branco, e se assim fosse seria o anjo que chegaria agora ai até você e de mansinho lhe dava um beijo de gratidão, na breve brisa branca que agora está sentindo…
Com carinho
Jorge
Jorge Oliveira
Jorge, poeta de verdade
um sentir tão livre, tão belo, tão branco...
simples como as palavras cruzadas numa areia branca
sorrisos trocados em murmúrios brancos
um mar que sobe rente à pele,
um mar manso e branco
a ternura, a respiração que se escuta
as assas brancas
juntas aos alicerces a tua bela poesia
hoje gostava de te ver de branco!
a tua poesia é excelente, toca e alimenta
um abraço meu, tão branco como os alvéolos onde mora a ternura
lena