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A paz é o meu farol neste nevoeiro
Onde finto espinhos como oxigénio
Sinto o picar e o arranhar mas respiro
Entre arbustos que falam a linguagem
De sentimentos que choram sem lágrimas
Fazendo ninho no colo do meu ego
No coro de um coliseu sem eco
Cantando cantigas de dor
Tão subtis como o fio de uma lamina
Para uma plateia de orelhas moucas
Esperando aplausos conformados
Entre vaias de quem não entende
O meu lado de outra gente
Que não essa gente desse lado
O meu olhar silencioso é uma sinfonia
De sons deliciosamente afinados
E pautados nesta alma guerreira
Que transformou a espada fria e afiada
De aço pesado em palavras doces
Tão meigas que decoram o horizonte
Com pétalas de rosas belas quão bravas
Que nunca precisaram de espinhos no seu caule
Para serem rosas
Comentários
CARLOS/HENRIQUE FERNANDES
Apesar das atribulações, das desilusões , sempre nos resta a paz experimentada!
UM GRANDE ABRAÇO AMIGO POETA.
carlosmustang.zip.net
Civana/Henrique
Olá Henrique,
Que lindo texto! Tenho uma preferência especial sobre os temas tristeza, dor, solidão, e fico encantada ao encontrar poetas que falam dos mesmos com tamanha sensibilidade. É maravilhoso ver que neles também podemos encontrar beleza e paz.
Bjos e deixo meu voto com carinho!
Civana :)
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