Estranho é saber que,
Não se pode conhecer
Você mesmo.
Confuso juntar duas coisas
Que parecem tão perto
E estão sempre tão distantes.
Abrir os olhos e querer enxergar
O que talvez não exista.
Pisar na linha do meio,
Enquanto não se sabe,
Se o que vejo no fim,
Realmente existe ou apenas imagino.
Estender os braços e perceber...
Que o que vejo não exista talvez
Somente eu vejo...
Que nossas mãos não se encontram?
E que por isso, sei lá,
Talvez nossos olhos só se cruzem e os lábios,
Se calem, sufoquem o que nunca existiu.
E ali, diante da parede de vidro,
Meus pés o chão toquem, ou,
Se dêem conta de que o medo
Nunca os deixaram dar um passo se quer.
Enquanto o coração voava
Para onde há um banquinho que,
Torna a espera menos cansativa.
Onde permanecerá até acordar
Ou ser acordado!
Lorena Guilhermina Otoni
AGO/2005
Comentários
Nossa...
Como diria Drummond:Busco assim,ainda que por teimosia não a explicação duvidosa da vida,mas sim a poesia inexplicavél da vida...
Teus versos assim como o titulo nada objetivou,mas proporcionou ao meu coração uma viagem unica,capaz de me lembrar que nada tenho,mas tudo sou...Parabéns Lorena
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