Hoje
enterro o meu corpo dorido junto ás cinzas de um poema.
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E despeço-me!
Esventro-me num golpe feito solidário por uma cumplicidade divina.
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Tragédia antiga do suspiro humano.
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Cântico poetizado pelos malditos.
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Embriaguez dos sentidos.
Ou simplesmente...
processo doutrinário falsificado pela vida.
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Hoje sou esta causa de mim próprio.
Gemendo a saudade da partida.
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Retiro todas as máscaras criadoras do ego.
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E...
já os demónios rasgaram a carne gelada do pecado e da vaidade.
E...
adormeceram-me num sono doido de pó e nevoeiro.
Comentários
Albino Santos / Francisco Goty
Batem as palavra sísmicas, atravessando caminhos como se florissem nos abismos!
Belo Poema meu caro Francisco!
Um abraço
A.S.
Agradeço o olhar. Os
Agradeço o olhar.
Os sentidos.
Um abraço