Uma névoa encobre a cidade.
Não é chuva...
talvez fosse o véu da noite
e o que julgo serem velas,
sâo luzes dos olhares em insônia...
Já passa das Três, não passa de um sonho;
a névoa me envolve
como os lábios da mulher que amo.
Já não se ouvem as ruas,
já não haverá apocalipse...
Tudo será principio, mesmo no meio, mesmo no fim...
um beijo, um amor platônico, um simples até logo...
Serão madrugadas que não terminarão
antes do sol nascer...
Ligo a TV,
e todo corpo se atira num precipício sem medo da morte,
na certeza de um colo...
E mesmo na cegueira da névoa, viasse o horizonte:
tão longe, tão perto, tão dentro de mim...
O que escrevo não há sentido!
Há sentimento.
Mas o mundo não pode me ouvir;
está em transe profundo
e no fundo, todo vermelho é igual:
o dos meus olhos em choro,
o do teu sangue em jorro,
o da névoa nesta madrugada...
Um abraço agora me envolve,
mas não é do amor...
e sim o desta maléfica névoa em meu leito tão frio.
Névoa, tênue dor no vazio
Data de publicação:
Quarta-feira, 16 Novembro, 2005 - 01:06
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Comentários
É dificil...
Ter que comentar palavras como estas,poderia apenas aplaudir mas nao seria possivel me ouvir.Belas palavras
www.luso-poemas.net
Este poema tem mesmo q ir para um livro!
MARAVILHOSO.
Que momento tiveste, hem?
Que inspiração.
Fantástico.
Parabéns... tens mais q um dom.
Beijocas
K
Visita meu blog: http://spaces.msn.com/members/baianidades/
Beijocas baianas de portugal
Katia
PS.: Visita meu blog: http://spaces.msn.com/members/baianidades/
Carlos Magno
Não sofra lindo! Tudo que eu queria era estar perto de vc nesse momento, te dar carinho, beijos e mais beijos. Vc fica tão bem de farda, quem dirá sem ela! adorei seu poema!
Fizeste o comentário sobre
Fizeste o comentário sobre o poema ou sobre mim? Fomos apresentados? Este poema me acompanha toda vez que trabalho a noite e está neblinado o céu. Escrevi num dia voltando para casa por volta das 6 da manhã (escrever pelo amanhecer sai de forma mais espontânea).
Carlos Magno