Silêncio.
Silêncio.
Ouve o som dos olhos.
Os carros apressados, as ruas, as paradas, as esquinas, a lua tardia.
Silêncio.
Ouve minha lágrima formando-se.
Meu desejo, meu corpo, minhas mãos conversando com as tuas,
as luzes se apagando, as televisões solitárias ao longe.
Silêncio.
Ouve nossos mais profundos medos desaparecendo.
Nossa moral, nossa vergonha, nosso orgulho,
adormecidos, quando nossos perfumes se confundem.
Silêncio.
Ouve o silêncio da nossa única verdade.
Nossa historia não contada, nossa felicidade negada, nosso pobre sonho de ser feliz partindo.
Silêncio.
É só a noite, o vento e a neblina, são só os passaros, as flores da madrugada,
os cantos da escuridão, nossa dispar natureza conversando, nossa única pureza, nosso maior pecado de termos nos amado contra tudo.
Silêncio amor.
Silêncio.
Silêncio amor
Data de publicação:
Quinta-feira, 11 Janeiro, 2007 - 05:47
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Comentários
Oi Ricardo felipe
Silêncio, não conseguiria fazer um comentário que se comparasse a intensidade poética da obra.
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
muito obrigado
seu comentário foi muito importante pra mim. muito obrigado.
Musicar a poesia
Parabéns pela profunda inspiração!
Gostei muito da poesia!!!!!!!!!
Gostaria de criar uma música em cima da letra.
Eu adoraria.
Obrigado pela atenção ao meu poema e eu adorei a idéia, sinta-se a vontade pra criar sobre o poema. Muito obrigado.