Vento pulsante, noite de verão,
Descobre mar de estrelas:
Sai do casulo, a constelação.
Clara, límpida, cinco estrelas,
Sem rios, nem festas ou fogos,
Desvenda-se ao que quer ver.
Um desenho entre nuvens
Feito cristal laminado,
Por mãos de fadas traçado,
Reflete a Alma latente,
Sempre ausente e escondida
Por medo de se mostrar.
Então... espraia viagens no ar,
De outros tempos, tão alegres,
Que eu permiti passar.
Colares de amores formados
Constelações de beijos estalados
Abraços que aquecem o ar
Almas em noites suspensas
Esperam a estrela cadente
Para, de amor, suspirar.
E dançam, até a aurora,
E caminham céu afora,
Em graça e tapeçarias.
Do sereno que goteja,
Ao voar de borboletas
O amor amanhece o dia.