Verão

Foto de Allan Sobral

Meu Espelho

- Quem é Você?
- Quem você é?
- Você é meu nome, meu nome é espelho, espelho o quê? Espelho Você?
- Você é meu amigo, diante da minha presença, que espelha o que sou?
- Sou simplesmente, a imagem do rosto do Sol invadindo o quarto pela fresta da janela de mais uma manhã sozinha.
- Você, que é a minha cara surpresa, de um novo dia, responderia se o meu futuro reserva um lugar à minha, sua sombra?
- Antes de teu futuro em minha sombra, terás a sombra de não sei o quê, e não sei se a sombras te darão futuro.
- Se a sombra do meu futuro, e seu, me dará sobras da sombra alheia, ou não, não sei, mas que Sol brilhará, no espelho, e assim me ajoelho, espero.
- E brilha o Sol no espelho, mostrando tua imagem, espelhadamente inconsistente, banhada de duvidas, e por fim nos abraçaremos, eu, futuro, e tu... e tu quem és?
- Sou a face da sua vida. Sou a vida na sua face. Sou o seu brilho aqui refletido.
- És um Brilho apagado, és a vida entrelaçada à nossa morte. Vida esta, que resiste agonizante por um simples sinal de uma saudade de algo que ainda não conhecemos.
- Há sempre sinais de vida na futura morte. Eterna, externa, resistente à própria fatalidade.
- Há sempre sinais de morte no presente medo. É tudo medo! É sempre o medo de não haver vida nas fatalidades.
- Há sempre sinais de esperança no medo de não haver futuro, há sempre o medo de se perder as forças no meio do caminho.
- Há sempre caminhos, mas há sempre o medo de não haver amor no final do percurso.
- Há sempre um perguntando qual o caminho para a paz, e há sempre um respondendo que a paz é o caminho.
- Há sempre uma verdade, mas a pressa para alcançá-la sempre mente.
- Sempre existe um nunca, para o qual nunca desistimos sempre.
- Haverá sempre ambigüidade. E será que sempre teremos que escolher a resposta mais justa, ou a mais emocionada?
- Sempre teremos de nos perguntar, e escrever entre o bem e o mal.
- Sempre teremos que escrever enquanto só sabemos desenhar, como crianças com um pedaço de tijolo de construção que rabisca a rua depois da chuva de verão?
- E sempre teremos que construir, com o lápis da vivência, a obra-prima de existir? Espero que sim.
- Pois a vida é uma redação de exame do ensino-médio, mas a escreveremos como poesia de amor, e a ilustraremos, como os mais distantes sonhos, e as mais sinceras emoções.
- Romancearemos a tragédia, encenaremos o que temos, colocaremo-nos à prova da trova do destino que nos reserva ao fim em não nos preservar.
- Bailaremos sozinhos, as valsas tristes, mas com um sorriso no rosto pintaremos as lagrimas vazias, com amarelo, azul ou até mesmo o vermelho. Ainda que sozinhos estaremos acompanhados por nossas poesias, por nossa arte.
- Como a chuva tem o seu prisma, a cisma solar irrompe sobre os pensamentos nublados, na dança das nossas escolhas, na nossa trilha de sons e rumos.
- Desenharemos com palavras, e escreveremos com sentimentos gritantes. Faremos das noites os dias mais claros, e o Sol será mais um amigo, mais um mensageiro da paz, que apenas imitará a meus raros e sinceros sorrisos poeticamente inexistentes.
- Poesia é risco, no céu ou na terra, no caderno ou na lápide.
- Pois o mundo foi feito por algum poeta, que andava triste, ou desiludido por algum amor infiel, e resolveu chorar pra criar mares maiores que as terras, e desenhou e pintou, e ao fim resolveu escrever mais uma poesia, e a intitulou Vida.
- Esse poeta, criador, nos deu a chance, sem nos condenar, de nos descobrir como somos.
- E descobrimos que somos também criadores, poetas, artistas, palhaços. Com um caderno antigo chamado vida, e na mão uma pena que ainda pinga a tinta de nossas vivências, pena esta chamada amor.

(Poesia escrita em conjunto ao meu amigo João Victor Tavares Sampaio.)

Foto de Wilson Numa

Dia de Verão

O sol nasce e é mais um dia de verão
Não há muito a se pedir a não ser um lindo dia
Com céu limpo, com um azul celestial
Que nos faz pensar quão bela é a vida

Pássaros a voarem para seus destinos
E só me dá vontade de escrever
E fazer desse texto uma espécie de diário
Que conto nossas aventuras

Só falta tu meu amor para melhorar o dia
Teus beijos, teus abraços que não se podem esquecer
A música que oiço me lembra tudo em ti
Por isso nunca te esqueças que és o ‘‘MEU AMOR’’

Não sabes quão adorável és
Tenho que encontrar-te para melhorar o dia
Não será fácil mas vou te procurar, irei colocar todas peças no lugar
Se possível andar em círculos só para te encontrar

Não desistirei mesmo que seja difícil
Porque por amor girava o mundo
E nada me impediria de o fazer
Só para te encontrar ‘‘MEU AMOR’’.

Foto de Tiaginh

Calor do momento!!!

Esses teus cabelos negros,
escuros como a noite e belos como o luar,
escuridão profunda, nada mais brilha do que esse teu olhar.
Esse teu corpo, que me deixa absolutamente louco,
No qual eu recordo as nossas noites , onde quase ficávamos sem fôlego,
Nossos corpos estavam quentes devido ao calor que se sentia no momento.
Noites de verão, de pura seducão no qual tu me deixavas sem forças.
Tempos que passaram e nunca mais voltaram.
Tempos que só tu e eu saberemos como foram bons.
Tempos que só eu e tu recordaremos.
A chama de amor entre nós morreu.
E nós tamem morreremos.

Foto de Ana Vasques

Inverno na alma

Inverno na alma

Quando algo que fazia sentido
Por algum motivo deixou de existir
O que achava por entendido, de repente
Se faz confusão total

Ai vem o medo
Que domina todas as suas forças interiores
A angustia
Aquela que te faz perder a fome
O desejo reprimido
Que te faz ter os pensamentos mais insanos, daquilo que se quer e que não se pode ter

Inverno na alma
Tão frio que faz seu coração virar pedra, gelo
Seus olhos endurecerem até com as mais belas imagens
Seu corpo, bem, esse não responde a nenhum dos seus instintos naturais

Achando que somos super herões
E que podemos ter o dominio de nossas emoções
Quando caimos em si, percebemos que o universo já as dominou
E que não se tem mais nada a fazer senão, esperar e esperar

Esperar...
Porque o inverno não dura para sempre
Depois dele vem a primavera trazendo suas cores
E por fim o verão, que derrete todo aquele gelo que te consumiu
Devolvendo todos os seus sentidos e trazendo de volta suas verdades

Inverno na alma
Não deseje pra ninguem
Trás com ele uma dor mais insuportavel que fratura exposta
Mas nos mostra que estamos vivos, temos sentimentos reais
E nos faz mais fortes para enfentar os proximos invernos

Foto de Fernando Vieira

Ela é daquele tipo

Ela é daquele tipo
(Fernando Vieira)

Ela se mostrou
Tão alegre e tão bonita
Ela me falou
Que há muito tempo ela não fica

Pegou na minha mão
Foi alegrando a minha vida
Depois quis me beijar
Achei um tanto atrevida

Menina maluquinha
Corpinho de violão
Não sei como é que pode
Se perder na multidão

Pele bronzeada
Com marquinhas do verão
Ela é daquele tipo
Que mexe com o coração

Menina danadinha
Eu também quero beijar
Sentir o teu sabor
E o seu perfume pelo ar

Você é mais que linda
Tem o dom de me esquentar
Mas vou logo dizendo
Que não vou me apaixonar...

Foto de raziasantos

Para meu anjo!

No calor do verão preparei nosso lar.
Arrumei sua cama com finos lençóis.
Arrumei a mesa com seus pratos preferidos,
Aromatizados com finas ervas.
Tirei suas roupas do armário para lavá-las,
E perfumá-las.
Sentei-me a mesa e te esperei para almoçarmos...
Você não veio, fui para janela e com olhos ansiosos
Procurava-te, mas você não apareceu:

Desfiz a mesa, e esperei pelo outono:
Colhia as mais belas e exóticas frutas.
Preparei-te uma linda cesta, novamente troquei os seus lençóis.
Convidei seus amigos para te recepcionar tudo em vão você não veio.

A saudade apertava, nossos amigos dividiam comigo minha dor.
As tardes eu ia para o jardim e ficava olhando os pássaros voltarem para seu ninho.
Eles nunca estavam sozinhos, sempre em bando, catavam felizes enquanto nas arvores se ajeitavam.
Eu ali solitária te esperava...

Eu sabia que chegaria o inverno, que você viria!
Entoa ascendi à lareira, para aquecer teu quarto.
Troquei os lençóis coloquei seu cobertor preferido, abri as janelas, e lavei as cortinas.
Fiz uma mesa com guloseimas de sua preferência, sem esquecer-se do chocolate...
O inverno passou e contínuo te esperar.

Eis que chega a primavera, os pássaros voltam a cantar, as os arvoredos florescem.
Tudo se faz novo,
Pela manhã ainda cedo eu colho as flores molhadas pela brisa da noite.
Enfeito toda casa coloco em seu quarto lírio que são sua flor preferida.
No suave perfume da primavera e na alegria dos cânticos dos pássaros, espero-te!
Ao findar a primavera, ficam um rastro de folhas secas espalhadas por todo jardim.

Eu ali no vazio dessa longa espera continuo a te esperar.
Entre as folhas secas minhas lagrimas de saudade.
Que dor insana me esmaga! Ando pelas ruas vejo fome e miséria.
Penso onde meu filho esta.
Estarão entre os anjos da rua, anjos que não podem voar...
Estará vendendo seu corpo, entre choros rangidos da alma sem paz!
Meu coração dilacerado, uma dor que nada se pode comparar.

Jamais deixarei de te procurar, sei filho amado um dia há de voltar!
Nesta espera passa-se primavera, verão outono, inverno.
meu anjo estarei sempre a te esperar até que meus olhos
fechem estarei á tua espera.

Dos meus olhos as lagrimas secaram de tanto chorar.
Filho onde você esta?

Foto de Helen De Rose

O solstício da alma no verão

Neste pulsar do solstício da alma, a felicidade escorre pelos mananciais do coração, nutrindo-se dos encantamentos dos elementais da água durante o verão. As manhãs começam mais cedo no horizonte dos sentimentos que transbordam borboletas coloridas em olhares translúcidos. Os portais da alma celebram os dias longos com luzes etéreas da aura em harmonia com a natureza criadora. O sol é um ponto de luz presente nos pensamentos que formam uma paisagem ritualística de amor e paz, habitando o céu da mente silenciosa. O sorriso brilha mais tempo no céu dos lábios, refletindo cristais nas águas internas dos riachos, revitalizando suas nascentes vitais, deixando as células corporais mais imunes. A divindade é um perfume idílico que permanece no solstício da alma no verão quando encontra uma cachoeira que une o êxtase do espírito com a essência pura do ser.

Que todo sorriso permaneça presente, festejando todos os dias um novo amanhecer nesta jornada, hoje e sempre!

Helen De Rose

Foto de Otávio Ventura

Esquecer

Às vezes só quero esquecer,
esquecer o dia em que nos conhecemos,
esquecer de todos os nossos momentos juntos,
esquecer de você...
Mas como poderia? afinal..
Como eu poderia esquecer o motivo da minha felicidade?... Impossível

Me sinto como um pássaro numa gaiola em uma chuva de verão,
preso e indefeso diante dos acontecimentos alheios.
Você me torturou e ainda me tortura, sem pena, nem piedade e muito menos coração.
Não vale a pena acreditar no meu amor,
Não vale a pena chorar lágrimas de sangue por ele,
Não vale a pena amar.. só esquecer

Sentir o que sinto é estar num buraco,
escuro e angustiante.
Muitos no meu lugar se matariam,
Muitos no meu lugar esqueceriam
Muitos no meu lugar partiriam para outra...
mas eu não ..

Posso sentir o mais alto remorso,
Posso sofrer o insuportável...
Posso gritar de dor até minha garganta sufocar..
mas só assim que sou feliz,
só na dor é que sou capaz de ver o quanto que amo aquela pessoa...
posso sofrer, gritar, chorar e delirar o quanto for,
mas eu, definitivamente, ..
não quero esquecer..

Foto de Elias Akhenaton

A COR DO MEU AMOR - Letra de Música

Meu amor é azul
Azul como o firmamento celeste
Em dias de sol
Irradiando sua cor sobre o mar,
Azul como teu olhar.

Teu olhar é azul,
Reflexo do amor
Que habita em minh’alma,
Um amor puro e cristalino,
Igual um espelho d’água.

Refrão:
Está no céu, está no mar
A cor do meu amor,
Te quero no esplendor,
Da cor do meu amor.

Gosto do céu azul,
Gosto do sol de verão,
Teu corpo bronzeado
É um pecado,
Pura sedução.

Amo beijar teus lábios
Tua seiva tem gosto de mel,
Sou um homem apaixonado,
Amar-te é alegria, uma suave poesia,
É como estar no céu.

Refrão:
Está no céu, está no mar
A cor do meu amor,
Te quero no esplendor,
Da cor do meu amor.

Elias Akhenaton

Foto de airamasor

Verão dos Amantes.

Tudo acontece como nos nossos sonhos
A paixão cantada ao som das ondas
Aonde a mão do mar acaricia nossos corações
Procurando,
O calor do Verão,
Rompendo o silencio de amantes ébrios de amor e vinho
Em algum caminho encontro teu amor,
Anuncio em voz alta o ritual da paixão,
Quando as brumas
Banham teu corpo desnudo
Nosso amor floresce e invade nossas almas.

Verão que surge iluminado pelo tempo,
Que incansável neste caminho, verte seu sabor na natureza,
Permite que o astro rei se reflita sobre o mar
De onde os amantes se unem nos prazeres de suas almas
Clamando pelos instintos e preparando o coração.
Mar abençoa este amor e desfila sua beleza!

A noite se transforma,
Em imagem de corpos se amando loucamente,
Quando a Lua rompe em meio a cantigas de amor
E as ondas representam a força do mar
Mexendo-se em um ir e vir permanente e infinito.

E as palavras navegam entre golfinhos
Invocando teu amor.
Baco ou Dionísio, Afrodite ou Vênus, Eros ou Cupido
Uma ronda de flores sobre o mar
Para cantar a força que flui em cada coração, em cada gota
Como na origem e no final
Deste Verão, de eternos amantes.
(Aira, 30 de janeiro de 2011)

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