Vazio

Foto de ltslima

Momentos

Ha momentos na vida que sentimos a falta de um ombro amigo, ou talvés um amor, que possamos dividir nossos momentos juntinhos.Não ha idade para amar, pois amor é plenitude, a razão para um mundo melhor. Hoje senti sua falta, mais que todos os dias como desejei estar junto a ti em um momento único. Sinto o cansaço do tempo, das lutas diarias, das noites sem ti neste mundo vazio. Volta__preenche meus dias completa minhas noites retira-me do escuro. Vem__abraça-me forte quero sentir seu cheiro não demores meu homem.

ltslima.

Foto de Ivone Boechat

Círculo vicioso

Círculo vicioso

Ivone Boechat

Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.
Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.
Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.
Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no "slogan" das campanhas sociais.
Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.

Foto de Moisés Oliveira

Encanto

Me encanta te ver, te ouvir, sentir o macio do teu tocar.
Amo ver o meu sorriso, refletido em seu olhar.

Gosto de te ver dormindo e te dar beijinhos pra te despertar.
Adoro teu jeito sapeca, de criança boba que só quer brincar.

Quando a saudade aperta, lembro do teu beijo com sabor de céu.
Na falta de tinta, tela; o tablet é o meu papel.

Nele escrevo muitas coisas, lembro o quão gostoso é te namorar.
Sinto no peito um vazio, não sei estar sozinho, só sei te amar.

Te amando escrevo mil poemas, danço sem motivo só pra te dizer,
Que sem você tudo é saudade, já não vejo graça e não já sei viver.

Foto de Arnault L. D.

Ícaro

Voa ave no cantar do vento,
em espirais, deixa-se levar...
aos caprichos que guia-lhe o ar
sobe a girar no firmamento.

Livre, como é de seu feitio,
o pássaro faz parte do ar.
Que abraça, a laços desatar,
o embala, longe, ao vazio.

O vazio, ao vôo nos convida
e em seus braços nos enleva,
ao planar, liberto da longeva
caminhada no chão desta vida.

E deste mesmo ar me completo,
a cada respirar nos confundo,
no sopro expiro o céu moribundo
deste voar que n’alma aquieto.

Foto de Arnault L. D.

Senhor

Quando não tenho o que falar
e as idéias não vem, eu creio.
Quando as mão não podem alcançar
esticando a vontade, eu creio.

Que Deus, há de ouvir meu vazio,
que meu silencio lhe chame a atenção...
Que não me resta nenhum brio,
somente o arfar da respiração.

Eu acredito, que na parte escura,
se esconda ainda um anjo de luz.
Que ao meu lado, a amável figura
me venha em ajuda, ah, meu bom Jesus....

Que a teimosia, que me faz em pé,
não seja apenas a vontade bruta
Mas, seja a certeza etérea da fé,
que ainda resta e que por mim luta.

Ah, Senhor Deus... ah, meu Senhor...
ouve-me as preces emudecidas,
porque eu te amo... e és amor...
em ti espero nas forças vencidas.

No impalpável, meus olhos procuram
diante a cegueira um milagre que for,
mas, se não vejo, fecho, os olhos curam.
Na certeza creio ... creio em ti senhor.

Foto de Desouza

VIAGENS E CONTRASTES

Tenho o mundo em minhas mãos, e nada ao mesmo tempo
Face de leão, dentes afiados, e uma alma tão pacata
Sou tudo em minha mente, mas por fora, quem eu sou?
-Um menino, um bandido, e herói de mim mesmo!

Disseram-me para ão crescer, mas eu quis crescer
E hoje, tornei-me este sonhador, ainda bem que não os ouvi
Gasto forças, afio pautas, e mergulho no vazio do infinito
Procurando-me, tentando entender a minha existência.

Passam anos, e décadas, e o guerreiro continua lutando
Entre uma e outra espadada, eu sangro bastante
Então, ergo a cabeça, olho o céu tão azul, e vou...

E depois de tanto peregrinar terras tão distantes
Eu retorno, e ainda sem respostas, encontro-me sentado
Em meu quarto, com pouca luz, e a janela entreaberta!

Foto de Fernanda Queiroz

Fugindo de mim

A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho como flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....

Fernanda Queiroz
Direitoa Autorais reservados

Foto de Paulo Master

O que é arte?

Num estalar de dedos pode-se estabelecer um conceito de conotação comum e numerar uma porção de possibilidades. Do ponto de vista artístico, o lavor será primoroso, original e contento.
Existe realmente analogia, o abstrato se confunde, em outras palavras, como entender o produto de uma mente engajada ao metafísico? Que graça há no conceito original quando estamos diante de um artifício engenhoso, produzido por um “ser” extraordinário que possui o epíteto de gênio e granjeia a admiração de toda a humanidade.
Obras consagradas, interpretadas de diversas formas e manifestações efêmeras surgiram com o coevo movimento “ismo”. Elaborações de contornos inconvenientes e imorais expressam o consenso da perplexa humanidade.
Os seres humanos têm inclinação ao antagonismo, suas criações surgem de momentos impares, as lágrimas transformam-se em produções artísticas capazes de emocionar. Uma permuta, a tentativa desesperada de preencher o vazio com o fruto de seu desespero, da manifestação de sua alma à bela quimera.
O Conceito sobre arte jamais muda, já não temos Michelangelo, Van Gogh ou Da Vinci, mas suas obras estão aí como prova de sua genialidade e não há o que contestar, afinal é difícil segurar a emoção diante de David, A Noite Estrelada ou Monalisa.
A forma se aplica, prova disso são os nossos gênios coevos: Bill Gates, criador da Microsoft, Tony Fadell, pai do ipod e o físico teórico Stephen Hawking, um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Cada um com sua especialidade. A genialidade é o atributo dos sábios, arte é obra de gênio, as grandes realizações necessariamente dependem de disciplina e talento nato. Beethoven que o diga, levou quase seis anos compondo sua nona.
Engatinhamos ao século 21, ainda faltam diversos 86 anos para o fim desse período, até lá surgirão vários seres notáveis. Quem sabe emerja uma figura com talento fenomenal de especial habilidade, capaz de mudar os parâmetros, gerar questionamentos e conceitos que possam lapidar a mente obtusa da humanidade.

Foto de Paulo Gondim

Vazio

VAZIO
Paulo Gondim
08/12/2014

Acho que me acostumei com você
A gente sempre se encontrava no mesmo horário
Isso, quando você resolvia aparecer
Mas aparecia, não se fazia nada ao contrário

Um dia, dizia que me amava, e até jurava
Outro, me enchia de dúvidas e até me acusava
Como sempre, de nada que tivesse feito
Sempre foi assim esse seu jeito

Mas como tudo que se acostuma esfria
Você foi se tornando distante, fugidia
E, quando percebi, nem mais aparecia
Se escondia na noite, nem vinha com o dia

E foi aí que também me acostumei com sua fuga
Como a idade nos faz acostumar com cada ruga
Somos agora, do que fomos, meros fantasmas
No vazio frio que atormenta nossas almas.

Foto de Paulo Gondim

Em cada nau

EM CADA NAU
Paulo Gondim
04/08/2014

Eis que já se levantam velas
E já se vão todas do cais
Em cada barco, vai minha saudade
Eco triste de meus pobres ais

Por quem és, amada minha, que ora partes
Deixando-me cá, envolto em pranto
No vazio que minh’alma invade
Pois já se faz triste também meu canto

E ao ouvir este fado triste
O som da guitarra me angustia
Faz lembrar-me mais de ti
Pois todo fado é melancolia

E volto meu olhar ao cais
Já não vejo mais as velas
Fizeram-se em mar a dentro
Levando meu amor com elas

E o mar que se faz inquieto
No seu bramir em surdo vendaval
Gela-me o peito, fere-me a alma
Na saudade que vai em cada nau.

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