Três

Foto de Lizi

Quando eu te Vejo

Não consigo explicar o que sinto
Quanto te vejo,É como uma cachoeira que suas
Águas descem limpas e cristalinas pelas pedras,
É como o sol que brilha todo dia.
É como a lua que acompanhada de suas estrelas fica ainda mais linda.
É aqui terminando, Digo: só três palavras => EU TE AMO........

Foto de Paulo Zamora

Poemas de Paulo Zamora (www.pensamentodeamor.zip.net)

QUEM FOI?

QUEM foi que olhou atentamente para seus olhos?
Quem foi que tocou seu coração?
Garotos não controlam seus impulsos. Quis ficar contigo. Quem foi que contou relatos sobre minhas aventuras? Essa pessoa quer nos ver distante.
Sempre existe uma música que marca.
Lembra dos passeios na chuva?
Quem foi que te fez derramar uma única lágrima?
QUEM jurou amor e depois partiu deixando em você o desespero e a dor?
Não olhe no espelho, seu lindo rosto está manchado por uma lágrima do passado.
Quem foi que não respeitou sua castidade?
Esse ser humano quis somente brincar com seus sentimentos; e você querendo uma pessoa ficou com a pessoa errada, isso não é amor, nunca namore alguém por pena.
Saiba que eu te quero por amor, fui eu quem a olhou atentamente para os olhos, olhar que penetrou a alma e foi parar no coração.
Isso. Você tocou meu coração.
Mereço uma chance para tentar te fazer feliz. Eu juro.
(Escrito por Paulo Zamora em 23 de outubro de 2009)

O pensamento que foge
De repente meu pensamento que foge, estou procurando alguém que se foi; há labirintos. As desculpas foram sempre as mesmas; reclamei a Deus toda a desventura que passei. Foram anos de tentativas. O coração quase perdeu a respiração.
O passado não volta, porque se voltasse mudaria algumas estradas, de repente perdi a sensação de paraíso, sofrendo por amar quem não me amou.
Demorei para reconhecer a realidade; a grama verde no jardim assim como a areia da praia, lugares onde descansei e meditei; se algum tive coragem de contar as estrelas; hoje já esqueci como se faz...
Amar não é viver de um amor do passado, porque o amor é continuidade.
Ela mora na mesma cidade, esse amor sobrevive em meu coração, que se atribula, foge como o pensamento, não existem mais controles...
De repente são dias preenchidos com saudades, estou perdendo a beleza da vida; EU NÃO POSSO MAIS CONTINUAR VIVENDO ASSIM, TENHO QUE MUDAR, ESQUECER QUEM NÃO QUER ME AMAR, EU NÃO MEREÇO ISSO...
É meu pensamento quefogeequer viver de encontrar você, preciso recuperar minha coragem e voltar a contar estrelas...
(Escrito por Paulo Zamora em 23 de Outubro de 2009)

Entre sentimentos
É bem transparente esse movimento acelerado da paixão, que um dia ao te ver senti ser a pessoa mais esperada, e naquele sotaque da sua voz, escute pausadamente meu nome. Você me chamou pelo nome. Quem dera se pudéssemos escolher até mesmo os detalhes, sopra o vento dos seus lábios, encontra minha boca; salienta estar quente a temperatura; é a força da paixão. Um dia sem nada compreender, você disse adeus e foi por uma estrada, e me deixou ali jogado na calçada da saudade. Saudade é tudo o que eu nunca gostaria de sentir; mas não posso mandar no coração, não posso mandar no tempo, nem mesmo na dor.
Deixo claro que pode voltar quando quiser, nada é mais importante dentro desta casa do que o seu retrato, guardo lenços, até mesmo o nosso travesseiro, guardo você profundamente nas veias, entre sentimentos...
Quando você disse ter acabado nossa relação fiquei magoado, mas sei que nunca acabará o amor, e este amor poderoso e sincero fará com que voltemos, porque é bem transparente; que corações são pequenos, mas que guardam sentimentos maiores que o universo onde moram as estrelas.
(Escrito por Paulo Zamora em 08 de Outubro de 2009)

Explicações
Me explicou sobre esse amor; menti pra você quando disse nunca ter te amado, mas amei além da conta, e o medo de você saber era constante, disfarcei mesmo quando percebeu as verdades...
Poupei pessoas e fiquei com você, eram momentos contagiantes; palavras e atitudes faziam de nós recém nascidos para a vida a dois...
Me explicou, me falou muito sobre você, daquele tempo, em que você era dedicada e eu amando pensando que você nunca poderia ser amada por mim, tinha medo de falar, não sabia também do seu amor; meu bem, meu anjo, minha lágrima não sabe para onde cair...
Sou ventania, sou alguém perdido vendo à frente a estrada, alguém que escolheu a escuridão porque não teve coragem de dizer a grande verdade do coração.
Me explicou tarde, já estou sozinho, não sei mais o que sinto, porque esse sentimento me confunde o pensamento.
Venha, quem sabe se outra chance possa ser o caminho; abra a porta do coração e me encontre esperando por você, naquele tempo, sim, como naquele tempo em que escondemos um do outro, que existia amor, carinho, que nos amávamos e deixamos nos perder...
(Escrito por Paulo Zamora em 17 de outubro de 2009)

Orkut: Paulo Zamora
Orkut: Um poeta de Três Lagoas MS
Blog: www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Poeta Amor Bandido

Ilusão de Óptica 2

Ilusão de Óptica 2

De manhã levantei e vi que você não estava lá,
Percebi que ainda dava tempo de tela aos meus braços,
Então resolvi uma atitude toma,
Comecei a anda para vê se te encontrava,
Até que uma hora te achei, bem longe!
Mais quando eu dava um passo,
Você dava dois ou três a mais,
Quando eu andava rápido você corria,
Quando eu corri você voou,
A parti daí percebi que era apenas uma ilusão,
Pensei que eu estava delirando, mais não estava!
A parti daí me dei conta que tinha perdido você,
Que não tinha mais jeito de te você de novo,
Que realmente você foi para sempre,
E nunca mais ira volta para mim.
então as minha ultimas palavras,
É que você seja feliz onde esteja.
Adeus!!
Data: 01/08/08 às 03:53 Am
Anicel Arimatea de Mattos
Poeta Amor Bandido

Foto de Graciele Gessner

A Traição Circula Entre os Relacionamentos. (Graciele_Gessner)

Não sei você, mais eu já me perguntei por que traímos? Por que a traição ocorre nos relacionamentos? Por que não permitimos um diálogo franco com o nosso parceiro ou parceira? Por que simplesmente traímos sem pensar nas consequências? Muitas perguntas ficam na obscuridade da traição.

Já faz um tempo, num bate-papo com um amigo, e ele por vezes me afirmou que traía a sua namorada. Por estas muitas vezes reveladas, perguntei o motivo?

A busca por algo diferente seria um dos motivos. Pelo que entendi não faltava nada no relacionamento, mas faltava àquela novidade, curiosidade, aquilo que gera a felicidade interior.

Quando o relacionamento cai na rotina, muitos não conseguem se manter fiéis. A traição ocorre como se fosse algo mais natural possível. Onde ficou o respeito? Onde ficaram as juras e o amor?

Está difícil de manter um duradouro relacionamento seguindo este panorama. Está complicado!

Por vezes, achei que a traição ocorria por carência ou mera vingança feminina. Hoje, visualizo a carência como metáfora. A traição é uma metamorfose ambulante, transforma vidas e destroem outras.

A traição por vingança está sim, é a mais complexa. Vai que gosta da coisa, e torna isso um hábito? Um bom diálogo seria o mais recomendável. Caso não funcione, termine. Não tente arranjar um pretexto para terminar a relação, a traição não é uma atitude inteligente.

A fidelidade, a lealdade e a sinceridade são três palavras que rimam com a plena felicidade de um casal. A traição rima com destruição.

Decida o melhor para a sua vida. Não destrua a vida de outra pessoa, só por um capricho...

18.10.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada! *

Foto de Sonia Delsin

O PRÓPRIO ÉDEN

Escorre pelo vão dos dedos...
Escorre.
Não há quem há socorra.
Não há quem morra.
Por ela.
Não há quem a queira tanto.
Que enxugue seu pranto.
Não há.
Tudo é um sonho.
A montanha dourada.
A lua...
A madrugada.
Ela segue assim...
Compreendeu o acaso.
O prazo.
O ocaso.
E neste viajar encontrou a menina do passado.
Aquela que tem tudo guardado.
E nem assim envelhece.
Nem assim padece.
Porque para a garotinha os campos de trigo estão intactos.
Os prados florescem...
As luas aparecem.
Duas, três, quantas mais...
É um lugar de sonho...
É o próprio Éden.

Foto de Zaruquita

Minha infância

Minha infância

Comecei de pequenina,
A enfrentar o destino,
Ainda eu era menina,
Ainda quase não tinha tino.
Era frágil e indefesa,
Para viver em conflitos,
Mas resisti à tristeza,
Com meus irmãos pequenitos.

Tinha sete anos de idade,
De manhã ia pra escola,
Depois na parte da tarde,
Tinha de ir pedir esmola,
A minha mãe trabalhava,
Mas mesmo assim não chegava,
Para nos dar de comer.

Meu pai nos abandonou,
A mim e mais três irmãos,
A minha mãe nos criou,
E educou como cristãos.
Meu irmão mais velho tinha,
Oito anos, coitadinho
Como para a escola não vinha,
Arranjou um trabalhinho.

Mal vestido e com pés nus,
Por entre matos e tojos,
Andava a guardar perús,
Por esses matos a rojos.
Lembro quanto ele ganhava,
Só quinze escudos por mês,
O patrão,comer lhe dava,
Minha mãe,aos outros três.

Eu era tão pequenina,
E como era rapariga,
Ia pedindo a esmolinha,
Para encher a barriga.
A minha mãe trabalhava,
Do nascer do sol ao pôr,
Parece que não se cansava,
E nos dava todo o amor.

Foram três anos assim,
Mas todos sobrevivemos,
Mesmo com a vida ruim,
Muito ou pouco nós comemos.
Muito tempo não tardou,
Sem que meu pai regressasse,
Minha mãe o aceitou,
Na esperança que ele mudasse.

Meu Deus,como se enganou,
Logo andou em desacatos,
Desde que em casa ele entrou,
Começaram os maus tratos.
A nós ele maltratava,
Sem ter dó da nossa pele,
O pouco que trabalhava,
Ou ganhava ,era para ele.

Se a minha mãe lhe pedia,
Dinheiro ele resmungava,
E se ela um pouco insistia,
Dois ou três murros lhe dava.
Com tanta força batia,
Que ela ficava a sangrar,
E depois,no outro dia,
Não se queria levantar.

A minha mãe coitadinha,
Lá ia para a sua lida,
Não parava a pobrezinha,
Para ganhar a comida.
Desde que o meu pai voltou,
A vida não melhorava,
E mais um filho arranjou,
Era assim que ele ajudava.

Esse filho veio trazer,
Para mim muita alegria,
Porque afinal veio a ser,
A irmã que eu tanto queria.
Já eu tinha onze anos,
E aquela criancinha,
Foi nesta vida de enganos,
A boneca que eu não tinha.

Arlete Anjos

Foto de Osmar Fernandes

Aparição do Capeta

Certo dia, noite escura, num terreno baldio, próximo da Igreja Católica, três moleques levados pegaram uma abóbora e fizeram dela uma caveira... Fixaram uma vela acesa em cima de um toco e a puseram por cima. Ficou parecendo o demo, o capeta mesmo!
A missa acabaria às vinte horas. Os fiéis que passariam por ali, a pé, certamente a veria. A caveira ficou num ponto estratégico, bem na esquina.
O pessoal ao sair da missa, ao vê-la, gritou: “Valha-me Deus! Jesus tende piedade! Minha Nossa Senhora da Aparecida! Salve-me Senhor!
Foi gente pra todo lado... Os três capetas caíram na gargalhada... Quando o local esvaziou, saíram da moita e se depararam com um corpo estendido no meio da rua. Joãozinho, o nanico, gritou: “É dona Julieta! Ela tá mortinha da silva! E agora?! Estamos fritos!!!” Pedrinho, o gago, disse: “Vixe, agora lascou tudo!!! Vou deitar o cabelo!!!” Luquinha, o mala, disse-lhes: “Calma aí seus frouxos, ninguém viu a gente! Não vai nos acontecer nada!!! Ela morreu de susto! E daí?!... Vamos tirar a caveira dali e vamos embora.”
Feito leopardos esconderam os apetrechos do Demo e deitaram o cabelo...
Não demorou muito e a polícia chegou ao local. D. Julieta foi levada ao hospital, acordou do susto, foi medicada e falou: “Meu Deus o que era aquilo?! Eu preciso falar com o Padre Bento!... Era o Demo! Valha-me Deus!!!”
O médico e a enfermeira diziam para ela ficar calma porque na idade dela era normal ver coisa que não existe... Deram-lhe um calmante e a fizeram dormir até o dia seguinte.
A notícia ganhou a cidade que Dona Julieta tinha batido as botas... Os três capetas estavam assustados e escondidos nas suas casas.
O pai do Joãozinho disse para esposa: “Bem, Dona Julieta viu o capeta e morreu! Estão falando que o Demo veio buscá-la. Faladeira como é, não duvido nada... Amor, toma cuidado, viu!
- Tá louco, homem, eu não falo da vida de ninguém não!
O marido deu uma risadinha maliciosa e foi trabalhar.
O investigador de polícia fazia uma busca no local do crime e achou um chinelo de tamanho trinta três. Era a pista que tinha em mãos.
Chegou na delegacia e disse ao Delegado:
- Senhor, aqui está à prova do crime!
Dr. Clécio riu, e lhe disse:
- Quer dizer que o capeta esqueceu um chinelo e saiu correndo pro inferno! KAKAKAKAKAKAK (RIU TANTO QUE SE ENGASGOU...). Vá amolar outro, Cido! Tenho mais o que fazer nariz de Pinóquio! Cada uma que me aparece! Você não percebe que essa cidade está de perna pro ar... Se esse povo não melhorar Deus vai aniquilá-la assim como fez a Sodoma e a Gomorra.
O Investigador abaixou a cabeça e saiu chateado e pesou: “Vou pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó... Ateu eu não sou não, mas acreditar que isso é obra do Demo já é demais para minha inteligência.”
O Padre Bento assim que soube do acontecido entrou no terreno baldio e fez uma devassa, procurou por todo lado e achou a cabeça de mamão e a vela jogados debaixo dum pé-de-mato, e disse a si: “Eu sabia que não tinha diabo nenhum nessa história! Esse meu povo inventa cada uma! Perdoai-os ó Deus!!!”
Com a notícia da aparição do capeta a Igreja superlotou e o dízimo aumentou sobremaneira e o Padre ficou pensando se dizia ou não, no sermão, sobre a cabeça de mamão... Pensou... E, calou-se.
Os três capetas se reuniram e Luquinha disse:
- A velha não morreu... Com o susto desmaiou. Dona Julieta sairá do hospital hoje à tarde.
Pedrinho, o gaguinho, disse:
- Mas a polícia está investigando. O que nós fizemos é crime. Se a polícia descobrir quem fez isso, a cidade toda ficará sabendo... Nós vamos ser linchados!
Joãozinho, o nanico, disse:
- Eu sou coroinha, vou me confessar com o Padre Bento e vou lhe contar tudo. Se o meu pai souber disso vou levar uma peia, uma surra daquelas de tirar o coro.
Os dois amigos disseram juntos:
- Você não tá nem doido! O Padre nos mata!
Joãozinho:
- Eu tô com medo!
Os três amigos fizeram um pacto: “Nunca contariam sobre a caveira pra ninguém, levariam esse segredo para o túmulo.”
Joãozinho confidenciou: “Perdi um pé do meu chinelo, presente do meu pai, fui na data procurar e não achei. Temos que achar o chinelo logo.”
Os amigos não deram importância nisso e foram embora.
O investigador conhecia todo mundo da cidade, saiu de casa em casa perguntando se aquele chinelo pertencia a alguém daquela residência.
Luquinha ficou com os olhos estatelados ao vê-lo em sua casa perguntando à sua mãe se ela não tinha dado falta de um pé de chinelo.
Luquinha reuniu seu bando imediatamente e disse:
- Vamos roubar aquele pé de chinelo hoje à noite. Cido vai sempre jogar no Tunguete... Vamos aproveitar esse momento e vamos em sua casa buscar o pé de chinelo. Não tem outro jeito. Ou fazemos isso ou esse sujeito vai descobrir tudo.
O Delegado foi à Igreja e logo após a missa disse ao Padre Bento: “Padre o meu investigador tem uma prova cabal do malfeitor... Creio que dentro de poucas horas iremos elucidar o caso.”
- Meu filho, que prova é essa?
- Respeito-lhe demasiadamente Reverendo, mas isso é segredo de Estado, não posso dizer de jeito nenhum.
- Mas meu filho, eu sou o Pároco, pode me falar, vou guardar segredo... Quantas vezes você já se confessou comigo?!
- Padre Bento isso não é um pecado, é segredo profissional.
- Meu filho, eu lhe vi nascer, lhe batizei, lhe crismei, foi meu coroinha... Vai ter coragem de fazer isso comigo? Conta-me logo que prova é essa?!
- Conto não! Não posso!... O senhor pode falar sobre as confissões dos fiéis?
- Claro que não! Você tá doido, perdeu a cabeça. Jamais violarei o segredo do Confessionário. Exerço minha função com a fé em Deus e obedeço piamente com o que preceitua no CANON 1388 (1), que diz: O confessor que viola diretamente o sigilo da confissão incorre um sententiae (automática latae) excomunhão reservada à Sé Apostólica.
- Eu também não posso falar sobre essa prova! Não posso violar a confiança do meu investigador, estaria cometendo um crime.
O Delegado foi embora com a pulga atrás da orelha e pensou: “Por que tanto interesse do Padre nessa prova?!”
Paulinho viu seu filho descalço e lhe disse:
- Joãozinho, cadê seu chinelo? Já lhe dei de presente para não ver você descalço... Não ande descalço menino! Vá calçar o chinelo agora!!!
Joãozinho correu na casa do amigo e lhe pediu o chinelo emprestado, e Carlos lhe disse: “Mas você tem que me devolver logo, senão meu pai me dá uma surra se me ver descalço também.”
Pedrinho era muito religioso e naquele dia às dezessete horas resolveu se confessar com o Padre... Contou tudo e admitiu que estava com medo do investigador descobrir toda a história, porque seu amigo tinha perdido um pé do chinelo que ganhara de presente do pai.
Padre Bento pensou: “Mas Cido é ateu... Tenho que dar um jeito de calar a sua boca...”
O Padre arquitetou um plano e mandou o seu Sacristão chamá-lo, urgentemente... Rubens, o puxa-saco do Padre Bento foi à casa do investigador e disse-lhe:
- Cido, o padre Bento quer vê-lo, agora, já. Ele disse pra você ir lá, correndo, imediatamente, agora mesmo!
- Mas, que diabos o padre quer comigo? Num devo nada para Igreja... Nem em Deus não sei se acredito?!
- Não fala assim não rapaz! Deus é tudo e tudo é amor. O padre não tem diabo nem um. Vai logo e saberá. Quando o padre chama é como se fosse Deus nos chamando, né?!
- Fala pra ele que mais tarde eu passo por lá.
Dona Julieta visita o padre Bento e lhe diz: “Padre, eu nunca vi bicho mais feito no mundo que aquele. Era o Demo, o Demônio em pessoa!... Minha Nossa Senhora da Aparecida! Eu fiquei frente a frente com o Demo, Padre!... Eu já preparei uma novena. Vamos começar amanhã cedo... Padre, eu disse para os que me visitaram no hospital que se o Demo está nos visitando é porque estamos sem fé, é um sinal dos céus. Por isso vamos fazer a novena!”
Aquele acontecimento abalou a cidade. Nas ruas, nos bares, nas casas, nas roças, nas Igrejas, em todo lugar o boato corria solto: “O Demo está fazendo tocaia na nossa cidade!”
O Padre Bento ficou com a consciência pesada e pensou “Será que devo falar sobre essa história hoje na hora do sermão? Será que devo levar o assunto ao Bispo?!”
Dona Julieta foi rezar e depois foi para sua casa...
As Igrejas protestantes começaram a fazer cultos durante o dia todo. Até os ateus temeram... A cidadezinha pacata acordou... Era gente acendendo velas no Cruzeiro do Cemitério... Despachos nas encruzilhadas... Novenas... Enfim, os religiosos se mexeram de forma jamais vista naquele lugar. Em todas as Igrejas as oferendas aumentaram significativamente. O comércio de produtos religiosos vendia como nunca.
A palavra numa das Igrejas Protestantes era brilhante e dizia:

Ezequiel [Capítulo 28:13-18]

Tu estiveste no Éden, jardim de Deus ;cobriste de toda pedra preciosa: A cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até o dia em que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.

Mateus [Capítulo 4:1-11]

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então lhe ordenou Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram

E o pastor encerrava seu sermão dizendo: “Na casa do senhor não existe satanás, Xô satanás! xô satanás!”

O Investigador chegou à Casa Paroquial, adentrou, foi imediatamente atendido pelo Padre Bento que o levou ao seu escritório e lhe disse:
- Meu filho, eu lhe peço encarecidamente que pare com a investigação sobre a aparição do Capeta.
- Padre o senhor está me pedindo algo que não posso atender.
- Por que meu filho?
- Padre, eu quero pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó. Ela quase bateu as botas... Tenho certeza que não tem nada a ver com coisa doutro mundo. Isso foi coisa de moleque, de vândalo; brincadeira de mau gosto... Se não fizermos alguma coisa para punirmos esse tipo de “brincadeira boba, idiota”, ainda vamos perder um ente querido. O senhor não acha?
- Meu filho, nem tudo parece o que é. Deus tem desígnios que só pertence a Ele. Veja o movimento da nossa cidade!... O povo voltou à igreja, voltou a ter medo dos castigos de Deus. Isso vai fazer a criminalidade zerar. Nunca se viu tanta reza por aqui. O povo voltou a temer a Deus! Os meninos e as meninas voltaram para o catecismo. O fervor da fé voltou a tomar conta da nossa cidade... Nunca vi você na missa. Falam que é ateu... Mas, pare com essa investigação?
- Padre Bento, eu sou agnóstico... Não estou lhe entendo! O que tem a ver uma coisa com a outra?
- Meu filho, eu sei que você é um exímio Investigador de Polícia, mas essa história não pode ir adiante. Pare de investigar... Essa história acabou fazendo um milagre por aqui. O povo voltou a ter Deus no coração. Isso não é bom?
- Padre, eu acho que o senhor está sabendo demais... Já descobriu a verdade?
- Não!!! Vieram me dizer que você anda perguntando nas casas se alguém deu por falta de um pé de chinelo.
- É verdade! Eu achei um pé de chinelo novinho em folha naquele matagal, local do medo. Vi muitos pisados por lá... De pés pequenos... E, cheguei à conclusão que tem mais de um moleque envolvido nessa tramóia. Padre, eu vou achar o criminoso que quase matou minha avó, custe o que custar!
O Padre franziu a testa, várias vezes, e pensou: “Vou ter que falar com o superior desse traste e pedir para que o transfira daqui.”
O Investigador foi embora e não hesitou em dizer para o delegado sobre a sua visita na Casa do Padre:
- Doutor, eu estou vindo da casa do padre...
- Que diabos você estava fazendo na casa do Bento?!
- Eu fui lá porque ele mandou me chamar... Estranhei, mas... O senhor sabe, Padre é Padre, enfim.
- E o que a Igreja queria contigo?
- Só faltou se ajoelhar pra mim Doutor... Implorou para eu parar com as investigações sobre a aparição do capeta.
O Delegado coçou seus poucos cabelos da cabeça e disse: “Aí tem coisa!” E disse ao Cido:
- Você me traga o pé de chinelo e me entrega ainda hoje.
- Doutor ele está aqui na minha mochila, pega!
- Então essa é a prova que temos?... Pois é, a partir de hoje em diante essa investigação é minha. Você está fora desse caso. Vai cuidar de descobrir quem roubou o Jumento do Zé, que ele está me enchendo o saco e até hoje você não descobriu nada.
O Investigador de Polícia sem ter o que dizer, simplesmente obedeceu seu superior e saiu à procura do ladrão do Jumento...
O Doutor Clécio foi ter com o Padre Bento cinco dias depois e disse:
- Padre eu tenho a prova do crime aqui em minhas mãos e já descobri tudo. Vou prender quem fez isso.
- Doutor Delegado o senhor tem o quê em mãos?
- Eu tenho o pé de chinelo.
- Pé de chinelo!!! O que isso tem a ver com a aparição do Capeta?
Padre, isso tem tudo a ver! É a prova que não existe Capeta nenhum, isso provavelmente foi armação de quem não tem o que fazer na vida e fica assustando as pessoas de bem.
- Esse chinelo não prova nada. Qualquer pessoa pode ter ido naquele matagal e o esquecido.
- Será Padre?!
- Claro meu filho!
Padre, o senhor está muito interessado no encerramento dessa investigação, por quê?
- Não meu filho, eu não estou não! Mas, se você pensar bem, depois que viram o Capeta, a cidade melhorou muito. A Igreja não cabe de tanta gente nas missas. Não se falou mais de roubos, mortes, vadiagem, etc. Nunca vendeu tanto produto religioso como agora. Pense no sossego que nossa cidade vive hoje!
- É Padre Bento, pensado por esse lado o senhor está coberto de razão. Minha delegacia está um deserto, nem um B.O, nem de briga de casal. Nunca vi tanta calmaria em nosso Município.
- Então, pra quê elucidar esse episódio? Deixa o povo pensar que o Diabo está de olho bem aberto e bem pertinho de cada um.
- Mas, Padre Bento, o Capeta não anda de olhos arregalados pra todo mundo mesmo, doido para tomar conta da nossa alma?!
- Sim... Mas essa já é outra história...
O Delegado deu o pé de chinelo para o Padre e deu o caso por encerrado.
O Padre chamou Joãozinho e lhe deu o pé de chinelo e lhe disse: “Vê se não o perde mais...”
Os três capetinhas voltaram a participar assiduamente de todas as missas e a ajudar o Padre no catecismo.
Toda vez que o povo fraquejava, desanimava, deixava de ir à missa, a aparição do Capeta era automática.

Osmar Soares Fernandes

Foto de christianmota

O amor

O amor é algo q é bom de ter de outra pessoa
por que quando vem de vc pra outra pessoa você quase sempre acaba ferido e machucado
entrando em um poço sem fundo em um labirinto sem saida
esperando aquela pessoa te salvar sem saber que nunca será salvo . . .

Então pense uma , duas , três vezes antes de se apaixonar
e cair em um poço ou entrar em um labirinto
mais qual seria a graça da vida sem coisas dificeis e improvaveis
pra nós podermos vencer e ultrapassar barreiras para tentar sua felicidade

Então ame , se apaixone e lute por tudo que você quiser
por que quando olhar para atras vai ter algo para contar
e não uma vida vazia , sem amor e sem historia
se aventure e arrisque e ai sim terá uma grande aventura com finais felizes e tristes
mais que você passou por todas e sobreviveu feliz e forte

Foto de christianmota

O amor

O amor é algo q é bom de ter de outra pessoa
por que quando vem de vc pra outra pessoa você quase sempre acaba ferido e machucado
entrando em um poço sem fundo em um labirinto sem saida
esperando aquela pessoa te salvar sem saber que nunca será salvo . . .

Então pense uma , duas , três vezes antes de se apaixonar
e cair em um poço ou entrar em um labirinto
mais qual seria a graça da vida sem coisas dificeis e improvaveis
pra nós podermos vencer e ultrapassar barreiras para tentar sua felicidade

Então ame , se apaixone e lute por tudo que você quiser
por que quando olhar para atras vai ter algo para contar
e não uma vida vazia , sem amor e sem historia
e sim uma grande aventura com finais felizes e tristes
mais que você passou por todas e sobreviveu feliz e forte

Foto de Ayslan

A carta

Estou me preparando para uma viagem... Sabe esse já não é mais um bom lugar não vejo as definições das cores, tudo está preto e branco, não escuto os sons da vida... Irei aproveitar e contar um pouco de minha historia... Desconhecia a palavra amor ate encontrar a mulher de minha vida. Ela ainda não sabia o quanto já era tão importante para mim... Tão linda, tão carinhosa, tão sensível, tão especial... Começamos a namorar passaram-se meses, completaram-se anos. Lembro-me dos três primeiros anos no decorrer deles havia alguns desentendimentos, mas passageiros. Começaram as crises de ciúmes em excesso, qualquer ação, qualquer razão era motivo fútil para discussão. Eu não queria aquilo, “Eu amo ela” Isso mesmo amo ela, por que nunca deixarei de amá-la. Bom... Fui percebendo que não era bem vindo por todos na família dela, havia várias complicações, e agressões em palavras a minha pessoa. Aquilo tudo me deixava muito triste, não queria que houvesse problemas que pudesse impedisse nosso futuro juntos. Mesmo com algumas dificuldades nunca terminamos. Fico pensando agora se houvesse uma separação entre nós se isso faria com que sentíssemos que não podemos viver um longe do outro... Mas não foi isso que aconteceu... Eu parti sem dizer adeus, sem motivos aparente, sem razões, parti sem brigas, quando estava tudo tranqüilo sem haver discussões... Os dias longe do meu amor eram longos, as noites solitárias apertavam meu coração de saudade e com uma interrogação que me perguntava é isso realmente o que devo fazer?
O telefone tocava a todo instante... Queria o ouvir ele tocar por que sabia que seria ela, e o telefone tocava nunca parou de tocar durante meses... Completa-se um ano e nos últimos meses o telefone já não tocava frequentemente... Não conseguia conter as lagrimas... Comecei a pensar e imaginar uma vida sem ela... Aquilo me causou uma angustia e dor que palavras não podem descrever, digo que por sorte de todos por que não quero machucar ninguém com minha própria dor que eu mesmo busquei senti-la. Sabe quando fiz isso esqueci o amor que ela sentia por mim, aquela garota era a mulher de minha vida... Disse algumas vezes para ela que nada volta a ser como era antes, em erros alguém sempre perde... Hoje não sinto meu coração bater, não consigo ouvir minha própria voz, não vejo meu reflexo no espelho e não posso pegar o telefone para retorna suas ligações... Vejo que não passaram-se um dia se quer depois que comecei a escrever uma carta onde nela falava sobre meu adeus... Lembro que estava chorando muito, e acho que ainda não tinha escrito nada... Além de “Eu te amo e eternamente irei te amar”

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