Tímidos

Foto de DeusaII

Faz amor comigo!

Numa cama desfeita
Refeita,
Por sentimentos atormentados
Olhares distantes,
Sorrisos tímidos,
Deixo-me levar por ti,
Chamo-te,
Ouve-me!
Deixa-me amar-te!
Deixa-me percorrer teu corpo
Com meus dedos
Murmurar-te palavras que não queres ouvir
Deixa-me perder-me em ti,
Para encontrar-me em mim
Deixa-me fazer amor contigo.
Juntos nesta cama,
Percorremos caminhos infinitos,
Sentimentos controversos,
Manchados por um passado impossível,
Faz amor comigo,
E não me digas que não me amas,
Mente-me,
Esconde-me,
Deixa-me!
Memorias atormentadas
Sentimentos incertos,
Quero olhar-te nos olhos,
Quero perder-me dentro de ti.
Deixa-me ser tua.
Quero ser tua.
Faz amor comigo
Deixa-me,
Perder-me dentro de ti
Para não me encontrar mais!

Foto de Rosendo

VISÃO DE VOCÊ

VISÃO DE VOCÊ

Te olhei de longe, um dia,
e sem querer, vi tudo.
Tudo, que teu corpo irradia:
No teu rosto, vi tristeza,
que apesar dos pesaares,
mostrava muita beleza.

Teu cabelo, em forma de caracol,
esvoaçado pelo vento,
refletia na luz do sol.
Com o olhar perdido, no além,
teus olhos, tímidos, quase negros,
mostravam que pensavas em alguem.

Um tanto quanto inquieto,
vejo o teu corpo, ah, que corpo,
magro, esguio e esbelto,
viçoso e cheio de magia,
brigava com o vento,
que agora lhe acaricvia.

Te olhando de longe, assim,
tenho sensação de paz.
E sinto perfume de jardim.
Onde o verde do gramado,
junto a rosas e azaléias,
tomam foma de reinado.

Esta visão não é exzagero,
não é ironia ou desejo,
nem sonho, nem desespero.
Esta visão é, e tão somente,
um retrato intantânio
de um momento que se sente.

Foto de Stacarca

A estrela

A estrela

Ah estrela de constelações
Áureas e formidável beleza,
Da fronte suave e delicadeza
De exorbitadas contemplações.

De tez lívida e bem tratada
Formosura, como uma gaza
Bordada de pasmadas gradadas,
Suspirando desejo a cara.

Robustas e cingidas faces,
Graves, suaves e venustas
Faces cingidas, robustas,
Venustas graves e suaves.

Que contemplam o inexorável
Estrelar absconso sideral,
Crestadas do toque feral,
Arcangélico e lindo, amável.

Espaço! Clarões sidéricos
De imensos borrões cinzentos,
Fulgurante dos céus, sérico
De imagens e sentimentos.

Resplandecentes de amores
Que ecoam, inconsequentemente
Nas noutes e escuros clamores
De amores Resplandecentes.

Enamorado de enamoradas ditas
Situações, enamorando truões
Obsequiados de imensidões,
Ditas, tidas, aditas...

Tiaras de airosas aparências
Como o oiro, como o cerúleo,
Abismada de mistérios, acúleo¹
do tudo, assim como a ciência.

De onde vem? De onde irrompe?
D'amplidão sanhosa pelejante?
De ponto a ponto apenas rompe
os olhares tímidos gotejantes.

Ah estrela linda. Linda! Linda!
De celestes imensos, imensidão
De uma beleza além da vastidão
Celeste, linda, estrela infinda!

___________________________
¹- fig.,

Foto de JGMOREIRA

PORNOESIA

PORNOESIA

Os homens desconsolados
que entramsaem do Cine Vitória,
dormem com mulheres peliculosas,
sonham em eastmancolor,
suspiram por um 3D.

Os homens que saem,
saem meio escondidos,
olhares de delírio,
indecisos,
esperando deparar-se
com o paraíso
dos instintos.

Os homens que entram
pagam suas entradas,
saliva pesada,
como quem paga
o pedágio para o céu.
Borcéu.
estão apagados
e querem acender
ver
o fogo animal incendiar o pasto
levar cobra para úmidos regatos
onde haja paz, cansaço.

E saem,
meio comprimidos,
olhares testosterônicos
acesa a libido
querendo encontrar
na primeira esquina
o paraíso
dos tímidos

Foto de Professor

Inconsciente

Eis-me aqui, solidão
Neste vazio total
Uma tacada perfeita
No peito
Eis-me aqui neste chão frio
Tentando arrumar o que sobrou
Se há jeito...
Não sinto saudade de nada
Mas sinto falta de tudo
Meu coração bate forte enquanto minha cabeça vazia
Tenta achar explicação para o fato dele bater forte
Sinto-me como se tivessem aspirado minh'alma
E o que sobrou foi este corpo vazio
Este oco
Vento que desliza por onde antes havia amor, paixão e desejo.
E agora, este corpo
Escreve a dor através de movimentos involuntários, tímidos.
Num "reflexo-poético-muscular"

Foto de Lou Poulit

REQUERIMENTO PARA TOLOS

Tolos que a brisa dos amores tange, possuem o instante. Tolos, algo mais tolos, que ofertam o brilho agônico de estrelas já consumidas por si próprias, possuem mentiras. Tolos que vaticinam o gozo apoteótico no leito incerto do sol, possuem uma tola eternidade. Mas quem lhes atiraria a primeira não-tolice? Quem jamais se sentiu tolo por amor, sem que antes, ou depois, ou mesmo durante, em algum tempo tenha sido possuído e gostado disso?... Ao sol, senhor de todos os tempos, as nossas vênias... Ao amor humano, grão-senhor de todas as tolices, lambamos as suas mãos generosas... Porque nem a transitoriedade de tudo pode nos derrubar dos trançados neurônios, onde balouça como pêndulo nossa auto-estima, tangida pela própria brisa, molestando-se a si própria, por todos os tolos requeiro...

No comezinho lar do tolo, uma mulher ocupa-se dos seus afazeres, imersa no seu sagrado silêncio. Ao tolo, mais parece uma extensão dos seus domínios, mas tudo em volta dela está semi-nu, tanto quanto ela. As sombras de cada recanto seguem-na, como a pervertê-la à luz da manhã, tenazmente disposta a revelar arrepios nos insuspeitos recônditos da sua pele pudica. Os seios dela esvoaçam de alças baldias da seda dormida, e dançam com simetria um tango ousado, ainda com cheiro de amor ressacado. Nádegas sorridentes tremelicam e, ingenuamente, espalham um sismo pela casa. Por onde ela passa soberana (e ela passa muitas vezes), arrasta um pedaço de céu que convida o tolo ao inferno. Mas entre as suas penugens, uma fauna carnívora e dissimulada a protege da insensatez do tolo. E lá vem ela de volta... Vê-se que ela possui tudo ao seu redor. O que possui o tolo?

E os seus pés? Ah, os pés da mulher amada... Nem os seus pés ele possui... Não são apenas os pés do corpo. Com eles caminham a sua identidade e a sua auto-estima, os seus ideais e o seu silêncio, sua sabedoria ancestral crida submetida. Com eles ela refaz todo dia o caminho da sua escolha tola e descrente, e atrás deles caminham as tolices de muitos tolos crentes. Ao ser apresentado à mulher da sua vida, o tolo é também um injusto por beijar a sua mão. E para mantê-la sob sacro juramento de fidelidade, antes algum dedo do pé recebesse a aliança. Pois mesmo com as plantas altas, e por mais que estejam distantes, e ainda que apontem para direções opostas, eles não crêem. Eles sabem. E dissimulados vagueiam no peito do tolo ancorado, que assim não pode ver suas pegadas, prova mais indelével, endosso insofismável do seu amor. Com as patas silenciosas da fêmea, sobre o barro vermelho do sangue da manhã que se anuncia, caminha a vida que tem fome e sede da mônada, caminho da criatura única, de volta à nudez do lar.

O tolo penitente é de todos o mais desapegado. Em certo momento, distribui as suas tolices e crê que assim poderá seguir leve e ileso, porém não pode distribuir a solidão que o segue. Suas tolices pesam na alma como... um jardim, entre o corpo e o espírito. Ele o cultiva como cultivasse o seu amor e o defende como um cão raivoso. Mas não pode trazê-los para dentro de casa como gostaria, nem o jardim nem o cão. E noutras tantas vezes, o seu amor prefere ficar do lado de fora também. Antes de viajar, o tolo o rega, e ao passar por ele se despede já sentindo o peso da sua ausência. E quando retorna da viajem (nos tolos pesa a compulsão por retornar), encontrando-o do mesmo jeito ele reconhece a sua lealdade. Então o jardim, repleto e perfumado de belas tolices, fica sempre além das paredes, erguidas pelo lado de dentro para que possam se reconhecer, sem se confundir com as suas obras e tolices.

No entanto, não são as tão diversificadas tolices particulares que caracterizam o tolo-medium, mas a maior de todas as tolices, a mais geneticamente generalizada, a mais sustentada por ideologias hoje dominantes no mundo como o capitalismo e o consumismo, e por tantas razões a mais maquiada: o insaciável sentimento de posse. Alcunhado de amor-objeto por dificuldade lingüística, seria mais conciso dizê-lo amor por objetos. Sim, no plural, e isso é facilmente explicável. O primeiro amor de qualquer tolo são na verdade dois. Basta apenas alguma manha para que um deles lhe seja disponibilizado, ficando o outro para depois. Com o passar dos anos, o pequeno tolo desenvolverá muitos tipos diferentes de manha, porém, ao longo de toda a sua vida e mesmo quando já for um tolo-velho (talvez desdentado) ele dará preferência a objetos de aparência dupla... E macia...

Portanto, não se deixem iludir as tolas pelas deliciosas tolices maquiadas dos tolos, nem vice-versa. Sejam tolos novos e inexperientes demais, ou muito velhos e canalhas, sejam enormes ou apenas tímidos tolinhos, bem pressurizados com pouca irrigação celebral ou escassos de sangue com muitos sonhos na cabeça... Se já é tão difícil ter posse de alguma coisa nos amores, imaginem a tamanha tolice de querer exclusividade de coisas de aparência dupla! Posse das suas respectivas portadoras? Sem chance... Sustentar financeiramente as suas fartas e socializadas tolices? Como investimento, certamente será a alternativa mais segura... Garantia de uma aposentadoria tola e miserável.

Ora, o amor humano tem sobrevivido a tolices milenares. Mas teria se perpetuado sem elas? A brisa que tange os tolos, assim como as estrelas que podem ver, não são mais que um instante fugaz, a própria vida é um instante fugaz! Mas é tudo que podem possuir, tolos ou não... Por que então se deveria descartar as tolices? Não são elas mesmas as melhores referências para que se reconheça o tipo de amor insosso e inócuo? As tolices e o sexo se alternam enquanto o amor sobrevive, mas ele só será feliz se ambos ocorrerem simultaneamente de vez em quando. Apenas algumas vezes, e isso tornará cada amor inesquecível. Se alguém cultiva um amor por muito tempo, provavelmente cultiva alguma tolice. E se alguém se recorda de um amor passado, com muita certeza tem alguma tolice para contar. Talvez ambos sejam tolos e tenham seus próprios jardins particulares... Assim como eu, que sequer tenho uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada, em algum pulgueiro da cidade, e ser tolo o bastante para assistir o filme! Não, chega... Sejamos tolos, até sejamos convictos, mas nunca mais sejamos tolos-anônimos...

Eu, Lou Poulit, vulgo Passarinho-tolo (*), artista plástico, poeta e contista, por meio desta tolice crônica venho reclamar de volta todas as minhas tolices antes distribuídas, por equívoco desapego, declarando-as doravante reintegradas ao meu acervo sentimental, inalienáveis e insucessórias.

Por seu justo reconhecimento, venho requerer à minha própria auto-estima de tolo do amor humano, registro definitivo e carteira de identificação de tolo-aprendiz, com foto de passarinho.

Outrossim, declaro, por ter declarado “de rua” meu cão raivoso, que meu jardim desde já está aberto à visitação de tolas, loiras ou não, desde que portadoras de coisas de aparência dupla apreciáveis (a critério do declarante) e queiram nele amanhecer.

Para dirimir quaisquer dúvidas, elejo como fórum privilegiado a subjetividade coletiva de todas as beneficiárias das minhas tolices, destas desapropriadas sem “chorumelas”, digo, sem querelas, bastando que seja sediada em algum lugar entre o corpo e o espírito.

Sem mais para reclamar...

(*) – Em sites e comunidades de poesia da Internet, o autor também é reconhecido pelo pseudônimo de Passarinho.

Lou Poulit

Foto de Carmen Lúcia

Bailarina

Palco iluminado

Multidão calada

Grande expectativa

Pulsar de corações

Rostos sem faces

Vultos que se avolumam

Em cada espaço da platéia incógnita.

Cortinas sobem...sorrisos se abrem...

Olhares se fixam,penetram,inquerem...

Ei-la que surge sob etéreo foco de luz,

Figura minúscula,suave,frágil...

A reverência...aplausos febris.

A música ecoa... sétima de Chopin...

Os primeiros passos,trêmulos,leves,tímidos,

O rodopiar lento,compassado,ligeiro,rápido,

Um salto inusitado,

Um vôo inigualável...

Perfeito desafio à lei da gravidade...

A fragilidade que se quebra,

O minúsculo ser que se agiganta,

A suavidade que se supera

Nessa dança que expressa

A alma,o amor,a dor,a vida...

Lágrimas brotam...Quem as vê?

Sorriso triste...Quem o percebe?

Coração que sangra...Quem há de???

Alma aflita...voa bailarina,voa...

Num gesto sôfrego cai,coreografia extrema

Levando ao chão a tristeza,a dor,a emoção,

As lembranças daquele dia...

Luzes se confundem,vozes se ampliam...

Corpos se aproximam,a música termina...

Bravo!!! Bravo!!! Bravo !!!

Portas que se fecham,cerram-se cortinas,

Encerra-se o espetáculo,adeus à bailarina.

Foto de InSaNnA

ExPlOsÃo

Tímidos olhos negros
perdidos no infinito
alma em pleno vôo
asas em forma de desejos

pairando na boca,o par de seios
quadril em câmera lenta
baila sobre um corpo víril
ao rítmo do coração;doma receios

sorrisos soltos no espaço
gemidos roubados dos atos
deslizam em carnes abertas
dos corpos dividindo o mesmo abraço

Confundem-se ,as almas selvagens
suores de infinitos lugares
Explosão!A travessia para o paraíso
Enredam-se em seivas, as duas margens

Foto de laurinda malta

Brinde ao Amor

Brinde ao amor

Em taças de bom brinde,
Vinho de Porto moscatel,
Estimulo de cálice finde,
Amor em sincera lua-de-mel.

E o nosso luar romântico...
Gracejos de tímidos risos...
Olhares de meigo cântico...
Beijo acostado em sorrisos.

Cálices elevados em cume,
Elevam o espírito e o amor;
O corpo fica aberto em lume,
E o desejo brinca com o calor.

Amor apaixonado e sensual...
Brincadeira fresca de lençol...
Lua-de-mel em orgia cultural,
Pombinhos arrolham seu paiol.

Na oração de Deus benzida,
Para que no amor se prossiga...
Abençoados numa doce vida,
Amor casto em sabedoria viva...

Brindemos amor e compreensão,
Paz, tolerância e muito respeito;
Capacidade de resolver situação,
Em maturidade o tempo inteiro.

Foto de InSaNnA

Suave

Com a tua cabeça no meu colo,
um convite ao (meu )prazer,
o caminho curto,sem desvios,
A ânsia para enlouquecer..
o meu calor queima
a tua língua...
A tua gula se perde
entre paredes úmidas,
dos meus lábios tímidos,
Clamo a eternidade !
O sangue vermelho ,pulsa
em nas minhas veias,
ritmando com os meus gemidos..
Liberando a minha alma encarcerada,
flutuo em seus braços..
a vida pàra por alguns minutos,
toco as estrelas, que brilham de dia,
para comemorar a minha chegada...

***************************************************************************Beijos Beijos,meus adoráveis poetas....

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