Teto

Foto de Lu Lena

SOLIDÃO

*
* SOLIDÃO
*

Vejo as pessoas que caminham apressadas
se perdendo no meio da multidão...
Eu as observo em silêncio e estagnada
num ponto qualquer...
não consigo sair e nem mover meus pés
pois fico levitando sem teto e sem chão
procurando-te dentro da minha solidão...

Lu Lena

Foto de Lu Lena

DIA DOS PAIS DIFERENTE...

*Dia dos pais!*

Pai...
Palavra singela, forte, imponente
que acalma, sugere, conforta, entende...
Pai...
seu jeito desengonçado ao sorrir
ao primeiro contato e abraço no colo
Pai...
No primeiro dia de aula, levando seu
filho (a) na escola...
e muitos filhos esperando seu pai que
nunca chegava pra buscá-los na hora...
pois nem queria fazer parte de sua
história...
Pai...
Chegando do trabalho dando um beijo
no filho(a) e um carinho na hora de
dormir...
Outros nem sabem que seu filho (a)
tem um teto ou mesmo uma roupa pra
vestir...
Pai...
Que trabalha e visa o bem estar de
seu filho (a) para um futuro promissor
outros questionam seu sangue no DNA
entrando na justiça para de seu filho(a)
a sua identidade tirar...
Pai...
Muitos filhos (as) nesse dia a ele
carinho e amor irão ofertar...
Outros estão se questionando nesse momento:

- Pai, onde tu estás?

Lu Lena

Foto de Lorenzo

Sonho

Sonho com nossas discussões
E você brigando comigo
Só pra escolher qual nome
Vamos colocar no nosso filho

Faço questão de acordar primeiro
Só pra ver dormir minha mulher
De manhã a logo cedo
Ser teu leite, você meu café

Quero viajar de novo
Passar dias no interior
Viver novas experiências
Fugir desse frio no teu calor

Menina, que me machuca
Depois sopra minha ferida
Menina que me chama
Só pra ver a despedida

A lua que me queima como sol
O meu açúcar onde deveria ser sal
Te trocaram e me confundem
E me fazes o bem que é tão mal

Meu abrigo sem teto
Minha praia sem areia
Assim é minha vida sem você
Uma eterna perfeição imperfeita.

Foto de Sonia Delsin

MISSÃO

Antes que eu nascesse...
Antes que eu crescesse...
Antes.
Muito antes.
Eu era uma idéia.
Um projeto.
De lá eu pensava.
Quanto vale um teto?
Vale.
Vale muito.
Mais ainda quando nele existe amor.
Escolhi calmamente.
Meu nascer seria diferente.
E foi.
Antes que eu nascesse pensei.
Quanto importa uma família?
É o fundamento.
Vim preparada?
Aqui existe muito sofrimento?
E existe sentimento.
Uma hora é alegria, outra é tormento.
Mas eu pedi este coração.
Coração de poeta.
Eu pedi a pena.
Tudo vale a pena.
Se o mesmo caminho eu estaria disposta a seguir?
Creio que sim.
Foi a estrada da minha construção.
Antes que eu nascesse já conhecia minha missão.

Foto de Paulo_Junior

Hipócritas

Às vezes gostaria de ser um falcão.
Voar tendo o mundo aos pés,
Sem rumo ou direcção.
Sem predadores ou outras preocupações.

Sentir o ar de liberdade
Passar pelos pulmões,
Sem preocupações.

Mas logo fui puxado pela realidade,
Abatido de volta à vulgaridade.
Volto a ser apenas mais um,
Esperando chegar o dia
Em que me vou transformar em nenhum.

Tento me conformar com a banalidade,
Ajustar-me a sociedade.
Porem não consigo me rebaixar ao nível deles,
Suas bases são compostas por hipocrisia,
Suas colunas, de suas próprias mentiras,
E seu teto, de vidro.

As pessoas preferem viver numa mentira,
Preferem pensar que têm um bom futuro,
Preferem pensar que sua vida se resume ao seu lucro.
O seu amor aos poucos se esfria.

Não sou perfeito,
Mas também não abaixo a cabeça aos meus defeitos.

Foto de Paulo_Junior

Hipócritas

Às vezes gostaria de ser um falcão.
Voar tendo o mundo aos pés,
Sem rumo ou direcção.
Sem predadores ou outras preocupações.

Sentir o ar de liberdade
Passar pelos pulmões,
Sem preocupações.

Mas logo fui puxado pela realidade,
Abatido de volta à vulgaridade.
Volto a ser apenas mais um,
Esperando chegar o dia
Em que me vou transformar em nenhum.

Tento me conformar com a banalidade,
Ajustar-me a sociedade.
Porem não consigo me rebaixar ao nível deles,
Suas bases são compostas por hipocrisia,
Suas colunas, de suas próprias mentiras,
E seu teto, de vidro.

As pessoas preferem viver numa mentira,
Preferem pensar que têm um bom futuro,
Preferem pensar que sua vida se resume ao seu lucro.
O seu amor aos poucos se esfria.

Não sou perfeito,
Mas também não abaixo a cabeça aos meus defeitos.

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

Foto de Carmen Vervloet

JURAMENTO

Neste templo sem paredes
com teto pintado de anil
neste altar de areias brancas
diante desse mar viril
bentos por suas águas santas
purificados com seu branco sal
ungidos pela sedução da lua
braços abertos
olhos nos olhos
corações descobertos
(pássaros translúcidos
batendo asas ligeiras)
desmaterializados
na magia da alegria
é que fizemos nossa
eterna jura de amor
sem nem distinguir as cores
das flores ao nosso redor
(que dançavam ao relento
ao som das cordas
do bandolim do vento)
testemunhas únicas
desse nosso juramento...
Nas entrelinhas do universo
a face sorridente de Deus
abençoando nosso amor!

Carmen Vervloet.

Foto de andre luiz couto

Cadê você

Acordei pensando em você...
Olhei pro teto e vi tua imagem nua
Teus olhos me chamando...
Teu corpo me desejando
e teu sorriso me dizendo
Ah! que vontade de te amar!

Abracei o travesseiro
e senti o teu cheiro...
Senti teus braços me apertando,
tuas mãos me acariciando e
Tua boca me beijando
Ah! que vontade de te amar!

Virei para o lado e não te vi
Porque não estás aqui?
Cadê você?
Onde posso te encontrar?
Tua ausência me consome...
Enlouqueço de amor e
chamo pelo teu nome...
o despertador responde
dizendo que o dia amanheceu
E assim eu vivo, com você,
mais uma noite de amor
que em meus sonhos
se escondeu.
Até quando?

Foto de GEOVANEpe

SAUDADES DE CASA

É grande demais para que eu só a suporte
Não tenho com quem dividi-la
Nem como acabar com ela
Tento-me distrai, mas sempre me bato com ela.
Sento-me no final da tarde sobre as sombras das nuvens
Que passa como as lembranças na minha mente
A lagrima salobra como a vida longe de quem eu amo
Escorre molhando o meu pranto.
Ninguém me socorre
Socorro!
Nada!
Onde posso encontrar a felicidade?
Como ver o mundo de outra forma?
Será que é verdade?
Será que valeu a pena?
Será que lembram de mim?
Perguntas e mais perguntas

Pessoa solitária
Escrava do vazio
Das refeições só
Olho papa o teto e vejo o nada
Um pequeno sorriso surge
Lembrei...
Deus esta comigo

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