Às vezes gostaria de ser um falcão.
Voar tendo o mundo aos pés,
Sem rumo ou direcção.
Sem predadores ou outras preocupações.
Sentir o ar de liberdade
Passar pelos pulmões,
Sem preocupações.
Mas logo fui puxado pela realidade,
Abatido de volta à vulgaridade.
Volto a ser apenas mais um,
Esperando chegar o dia
Em que me vou transformar em nenhum.
Tento me conformar com a banalidade,
Ajustar-me a sociedade.
Porem não consigo me rebaixar ao nível deles,
Suas bases são compostas por hipocrisia,
Suas colunas, de suas próprias mentiras,
E seu teto, de vidro.
As pessoas preferem viver numa mentira,
Preferem pensar que têm um bom futuro,
Preferem pensar que sua vida se resume ao seu lucro.
O seu amor aos poucos se esfria.
Não sou perfeito,
Mas também não abaixo a cabeça aos meus defeitos.