Teto

Foto de Raiblue

Conectados (ou 'Seu corpo,meu destino...')

Anelos
Pensamentos se conectam
Num grito
Num gesto
Confidências
Segredos
Encontro marcado
No meio da noite
Janelas fechadas
Estrelas no teto
Diálogo não verbal
Os olhos ,o canal
Sensações, movimentos
Dos corpos em desalinho
No chão
Na cama
Tudo é chama
Que nos consome
Fome que não cessa
Amor que tem pressa
Sexos latejantes
Encharcados
Delirantes
Gozo que explode
No céu da boca
Mar e firmamento
E o sentimento nascendo
Infinito horizonte
Sem nenhuma
Linha dividindo...
Apenas as curvas do seu corpo
Meu destino...

(Raiblue)

Foto de Cabral Compositor

Verde Amarelo

Verde Amarelo

Brasil, meu Brasil brasileiro
De tantas matas, praias e campos, montanhas e nascentes
Brasil, meu Brasil brasileiro
De criaturas fantásticas e acrobáticas
Que lutam por um dia a mais, por um lugar ao sol, por um teto
Brasil, meu Brasil brasileiro
De estados, de federação, de legendas mil, mil partidos e um só Brasil
Brasil, meu Brasil brasileiro
De rios poluídos e aterrados, de oportunistas e falsifica dores
De pobres trabalhadores, assalariados
Brasil, meu Brasil brasileiro
De estradas de estranhos trajetos, objetos indiretos
De obras inacabadas, de hospitais abandonados, e de balas perdidas
Brasil, meu Brasil brasileiro
De cantos, de encantos, de tradições regionais e futebol
De teatro, de dança, de esportes especializados
De filhos nos córregos, de filhos arrastados, de filhos mortos
Brasil, meu Brasil brasileiro
De encantos mil, terra varonil, de esplendor
Brasil, de Rio de Janeiro e Salvador, de São Paulo e Maceió
De Paulo Afonso e Minas Gerais, de Porto de Galinhas e favelas
Brasil, meu Brasil brasileiro, de mineiros, cariocas e estrangeiros
Assaltados, mal tratados e com um Cristo acolhe dor
Brasil, de crenças e religiões, de povo com fé nos milagres
De samba, de xaxado, de chorinho, de forro, de Axé, de MPB
Brasil de brasileiro como eu, de brasileiro que morreu pela pátria
Pátria amada, idolatrado, salve, salve

Foto de Raiblue

Haikais II

I

Pousam em meus olhos
Rios secretos, te navego
Suas mãos,meu remo

II

Há em ti tantas noites
Um vinho branco,uma canção
Em mim,a dança...

II

Inseguro porto
Parto para outras viagens
Vento e naufrágio...

III

Sonho com você aqui
No quarto,estrelas no teto
Na cama, há mar...

III

Beije-me a boca
Com a língua, me decifre
Não fale..., só sinta...

IV

Sonhos e viagens
Em cada palavra, vôo
Sem asas, só alma...

VI

Em sua língua, amor
Há o sal do mar de Camões
Um porto pra mim...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

Haikais II

I

Pousam em meus olhos
Rios secretos, te navego
Suas mãos,meu remo

II

Há em ti tantas noites
Um vinho branco,uma canção
Em mim,a dança...

II

Inseguro porto
Parto para outras viagens
Vento e naufrágio...

III

Sonho com você aqui
No quarto,estrelas no teto
Na cama, há mar...

III

Beije-me a boca
Com a língua, me decifre
Não fale..., só sinta...

IV

Sonhos e viagens
Em cada palavra, vôo
Sem asas, só alma...

VI

Em sua língua, amor
Há o sal do mar de Camões
Um porto pra mim...

(Raiblue)

Foto de Carmen Vervloet

Segundo Ensejo da Criança

Segundo Ensejo da Criança

Mas se moram nas ruas
Dormindo em calçadas...
Sem teto...
Sem roupas...
Nuas...
Sozinhas... Abandonadas...
Em drogas viciadas...
Buscando o torpor
Para substituir o famigerado amor!...
Roubando o pão que lhe foi negado...
Direito seu, usurpado...
Por governantes inescrupulosos
Que se mostram bonzinhos
Mas tiram-lhes tudo...
Até o carinho!...
Tristes... Desesperançadas...
Almas revoltadas!...
Sem escolas, sem profissão...
Sem banho... Pés no chão...
Sem saúde... Doentes...
Como pretender que sejam decentes?
E assim vão se formando os marginais
Na escola da miséria...
Do abandono...
Onde quem deveria ser o patrono
É o ladrão
Que põe a culpa no mordomo
Dando como solução
Presídios em edificação!

Ah! Meu Brasil amado!...
Você precisa de políticos ponderados!...
De homens sensíveis... Iluminados!...
Berçando sonhos jamais realizados!...
Acendendo a treva em corações
Tão machucados!

Carmen Vervloet

Foto de Marta Peres

Entre Mim e Meu Sonho Há Um Rio

Entre mim e meu sonho há um rio

Quando abri a janela pela manhã
Senti leve brisa beijar minha face,
Pensei no meu sonho e vi que entre
Ele e eu há um rio suponho esperando
Para o banho matinal em suas águas,
Lavar meu corpo do pecado e das mágoas.

Rio que corre sem fim,
Desde a infância circulo por suas margens,
Da janela do paiol vejo o caminho das águas
Que descem no fundo da horta, serpenteando
Leito abaixo, levando quaresmas que caem.

Com os olhos sobre as águas penso no
Passado, viajo e medito sob o teto onde habito
E esse rio sem fim não quer levar minhas mágoas
Correm de mim com a velocidade que têm.

Saudades do tempo de outrora!
Meu silêncio fala, o pensamento voa,
O soluço preso na garganta, calado entoa canção
Que destoa, mágoa abrindo chaga que nunca fechou
E sangra cheia da dor da saudade e decepção.

O telefone não toca, ninguém me chama
E se chama é só para reclamar, não me reclama,
Não me ama nem nunca me amou, não tenho ninguém...
Passei por eles como um eco e hoje me perdi
Rumo ao desconhecido, nenhuma luz, nenhum ponto
Para referência, meu nome nem se lembram mais.

Sonho que sonho, rio entre mim e meu sonho
Não consigo passar suas margens, ir além
naquelas viagens de criança a procura de alguém
que dormiu, acordou e esqueceu que sonhou!

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Morte

Morte

Olhos voltados para o teto e abertos
Os braços magros, brancos e nervosos,
Espasmos esporádicos em espaços compassados
Infinita dor da solidão de um deserto.

Perfil pálido, tímido e dolorido
Traços indefinidos e vagos
A luz aos poucos se acabando
Na névoa que nos olhos vão se formando.

Nos céus, branca luz mortuária,
Luz da dor e do martírio
Triste agonia da mágoa funerária
Sentindo seu próprio passamento.

Só lhe resta agora os vermes!
Da vida levará cruel tormento
Tristeza imensa se lhe atassalha
Dor cruel lhe vem no pensamento.

Aos poucos vão se cosendo a última mortalha,
Coveiro abre um fosso lutulento
No pélago profundo esquecimento,
Maldade! É o povo que enxovalha.

Atrocidade cometida, gatilho puxado,
Eternidade! Só resta caminhar por ela
A sociedade hipócrita recrimina
O que na vida, a dor já discrimina!

Marta Peres

Foto de Raiblue

Seu corpo, meu destino

Anelos
Pensamentos se conectam
Num grito
Num gesto
Confidências
Segredos
Encontro marcado
No meio da noite
Janelas fechadas
Estrelas no teto
Diálogo não verbal
Os olhos ,o canal
Sensações, movimentos
Dos corpos em desalinho
No chão
Na cama
Tudo é chama
Que nos consome
Fome que não cessa
Amor que tem pressa
Sexos latejantes
Encharcados
Delirantes
Gozo que explode
No céu da boca
Mar e firmamento
E o sentimento nascendo
Infinito horizonte
Sem nenhuma
Linha dividindo...
Apenas as curvas do seu corpo
Meu destino...

(Raiblue)

Foto de Paulo Gondim

Nossa língua portuguesa

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA
Paulo Gondim
18/11/2007

No velho mundo, surgiu
Toda cheia de beleza
Cruzou mares, se expandiu

Trouxe toda realeza
O novo mundo encantou
Nossa língua portuguesa

Chegou, por aqui, ficou
Um orgulho da nação
A todos unificou

Do litoral ao sertão
De sul ao norte e sudeste
É a língua da nação

Na caatinga e no agreste
Do Oiapoque ao Chuí
Fala-se a língua de mestre

Ela deixou por aqui
A palavra coração
E outras que já ouvi

Muito cheia de emoção
Que chamamos de saudade
Que nos trás desilusão

E nos quebra a vaidade
Se sofremos de paixão
Pedimos por caridade

Pedimos por compaixão
Só um pouquinho de afeto
Só um pouco de atenção

Essa língua é mesmo um teto
Que acolhe a todos nós
E todos nos faz mais perto

Língua de nossos avós
Da terra mãe lusitana
Do Além Tejo até a foz

Que duas pátrias irmana
Num só falar tão singelo
Que a todos engalana

****************************************************

Em homenagem ao poeta português, Manuel Neves (mfn), que se refere ao Brasil como terra irmã.

Foto de Onde esta a felicidade

Inesquecível

Num quarto de motel
Muita tensão
Timidez e palavras sem sentido
Dão inicio a um momento
Inesquecível
Minhas mãos geladas
Meu coração batendo descompassado
E meus olhos estampando o desejo de ser devorada
Logo
Roupas caem ao chão
Bocas se unem
E corpos também
Olhos nos olhos
E em meu pensamento
A pergunta;
Será que é sonho ou realidade?
Sem palavras...
A imagem deliciosa do espelho no teto
Responde minha pergunta
Há! Que Homem
Corpo malhado, perfeito
Tem atitude
Sabe pegar
Sabe fazer
Faz gostoso
me faz delirar
Oh! quanto tesão
Acompanhado do gozo perfeito...
Sem perceber
O tempo e a timidez passaram
E na despedida
O encanto estampado em minha face
Na lembrança
A deliciosa cena do espelho
E em meu corpo
O desejo de sentir de novo
Aquele corpo perfeito, quente e suado junto ao meu.

DôDa - 12/11/2007.

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