Tarde

Foto de Cleber Dantas

PAIXÃO CONTINUA

CONTINUA PAIXÃO
Sol nasce todo dia
Põe-se tarde
Transforma-se num vicio continuo
A minha paixão por ti
Não se acaba, não muda.
Se o vento para de assoprar
Ele volta depois
Se acabasse
O universo mudaria
A terra deixaria de ser grande
Pois é impossível é imenso

Foto de shades

Longe da vista, perto do coração!

Estás longe da vista
Mas não do coração
Este já te avista
No funda da escuridão

Começas a correr
Não tens medo de cair?
Corres para amar
Para me fazer sorrir

Inda falta mais um pouco
Estás quase a chegar
Corro como um louco
Para te reencontrar

E quando parece evidente
Que nos vamos abraçar
Acordo sozinho na noite
Estava apenas a sonhar

Olho pela janela
Vejo-te brilhar
És a estrela mais linda
A sereia do meu mar

Tento adormecer
No mesmo sono voltar a entrar
Para matar saudades
Para te poder beijar

Mais tarde acordo e penso:
“já falta menos um dia”

Isto foi o que se passou ontem
e que esta noite se vai passar,
mas depois da próxima
vou poder-te reencontrar.

Amo-te muito e espero por ti desesperadamente!

Pedro Peixoto
21/06/06

Foto de francineti

Amo-te Maratauira.

Maratauira imenso e belo rio
contemplei você novamente,
a beleza do teu espetáculo
imundou- me de alegria.
lembrei da criança que fui
orgulhei-me da mulher que sou.
Ao olhar para tuas àguas
lembrei-me da menina assustuda diante de tua imensidão
Lembrei-me do meu amado pai me ensinando a nadar
a tarde eu contemplava as canoas e barcos livremente em teu curso passar.
Amo-te, ó rio da minha terra,
amo-te por tornares a minha vida mais leve,
amo-te por seres a morada de peixes e camarões,
amo-te por seres sustento do meu povo,
amo-te por alimentares a minha imaginação,
amo-te por seres fontes da minha inspiração,
amo-te por testemunhares cenas de paixão,
amo-te simplismente por seres o rio do meu coração.

Foto de allynne

Até mais!!!

Às vezes a distancia ajuda a gente perceber o quanto uma pessoa é importante pra nós... Por isso guardarei meus sentimentos e irei pra longe de você sem olhar pra traz, sei que a nossa historia não termina aqui, mas você está me fazendo mal, preciso me afastar, você não deve nem imaginar o mal que me fez, você esta tão longe de entender que te amo de verdade... Mas preciso deixar uma coisa bem clara, tudo muda, pessoas mudam e principalmente sentimentos mudam, então não demore muito pra perceber a falta que eu faço pra você, porque pode ser tarde demais...

Foto de Fernanda Queiroz

Como comecei a escrever - Fernando Sabino

Como comecei a escrever
Fernando Sabino

Quando eu tinha 10 anos, ao narrar a um amigo uma história que havia lido, inventei para ela um fim diferente, que me parecia melhor. Resolvi então escrever as minhas próprias histórias.
Durante o meu curso de ginásio, fui estimulado pelo fato de ser sempre dos melhores em português e dos piores em matemática — o que, para mim, significava que eu tinha jeito para escritor.

Naquela época os programas de rádio faziam tanto sucesso quanto os de televisão hoje em dia, e uma revista semanal do Rio, especializada em rádio, mantinha um concurso permanente de crônicas sob o titulo "O Que Pensam Os Rádio-Ouvintes". Eu tinha 12, 13 anos, e não pensava grande coisa, mas minha irmã Berenice me animava a concorrer, passando à máquina as minhas crônicas e mandando-as para o concurso. Mandava várias por semana, e era natural que volta e meia uma fosse premiada.

Passei a escrever contos policiais, influenciado pelas minhas leituras do gênero. Meu autor predileto era Edgar Wallace. Pouco depois passaria a viver sob a influência do livro mais sensacional que já li na minha vida, que foi o Winnetou de Karl May, cujas aventuras procurava imitar nos meus escritos.

A partir dos 14 anos comecei a escrever histórias "mais sérias", com pretensão literária. Muito me ajudou, neste início de carreira,ter aprendido datilografia na velha máquina Remington do escritório de meu pai. E a mania que passei a ter de estudar gramática e conhecer bem a língua me foi bastante útil.
Mas nada se pode comparar à ajuda que recebi nesta primeira fase dos escritores de minha terra Guilhermino César, João Etienne filho e Murilo Rubião -- e, um pouco mais tarde, de Marques Rebelo e Mário de Andrade, por ocasião da publicação do meu primeiro livro, aos 18 anos.

De tudo, o mais precioso à minha formação, todavia, talvez tenha sido a amizade que me ligou desde então e pela vida afora a Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, tendo como inspiração comum o culto à Literatura.

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 4 - Crônicas", Editora Ática - São Paulo, 1980, pág. 8.

Foto de Anjinhainlove

Fui aquela...

É nas palavras
Que o refúgio procuro
Quando do mundo quero escapar
E o meu “eu” quero encontrar.

Mas à volta do meu coração
Permanece um muro
E sobre ele se abate o escuro.

O Sol resplandeceu
Mas uma nuvem se intrometeu
E a sombra desceu.
A escolha está feita
Mais tarde o pudor virá.

Fui tudo
Mas nada signifiquei,
Amei aqueles de todos os dias,
Ouvi aqueles a quem dei o ombro,
Dei um sorriso mas não mo devolveram.

Amei em vão…
Posso não ser a bela,
Posso não ser um génio,
Posso não ser a que traz a felicidade eterna,
Mas podia ter sido tudo!
Jamais vos abandonei,
Contudo já me sobrecarreguei.

Eu já não quero escutar!
A flor delicada murchou.
Dei tudo o que tinha
Mas nada vejo retornar.

Já me sinto impotente
Um sentimento latente
Que combato secretamente
E guardo para mim somente.
Não quero ser ouvida
Quero ser compreendida
Não quero ser aplaudida
Menos desejo ser iludida
Anseio passar despercebida
E não escondida
Para o resto da minha vida.

Foto de joão jacinto

Resto de gente

Sou pedaço de vida,
deitado na sombra de uma multidão,
sou força vencida,
mergulhada e perdida em desilusão,
sou dor viciada,
de choro e de pranto sem poder fugir,
sou no sofrimento,
o espelho do tempo, sem nunca o medir.
Sou desgosto secreto
e incompreendido na palavra sim,
sou um resto de gente,
vergado ao silêncio, não se riam de mim,
sou pobre engeitado,
em nudez de encanto carrego minha cruz,
sou um fado pesado,
sou compasso trinado, sou um canto sem luz.
Se digo o que sinto,
se minto o que sou, não o faço por querer,
não me disfarço e me escondo,
no falso sentido do que acabo por ser.
Se me dou e me desfaço,
se luto esquecido e vivo insatisfeito,
sou no cinzento tristeza,
verbo conjugado no pretérito imperfeito.
Sou um rio parado,
sem margens, sem leito, sem fundo, sem foz...
Uma barca sem remos,
sem redes, sem leme, sem velas, sem nós...
Sou tarde poema,
de versos sem rima, lento de se pôr,
sou no novoeiro,
o que desaparece e se apaga de cor.
Sou um resto de gente,
o que sobra do início, o que falta para o fim,
vergado ao silêncio, não se riam de mim.

Foto de joão jacinto

Fuga

Foste um rio correndo,
pelo vale dos meus sentidos,
tocando e preenchendo
as minhas margens,
arrastando na corrente,
as minhas mágoas,
onde matava a minha sede,
no leito maior da tua essência.
Rodeado pelo horizonte
da tua forma,
sentia a brisa quente,
de quem expira com ternura,
sopro que deslizava na minha pele,
num deleitavel e breve encontro.

Eras o Sol do meio-dia,
brilhando por cima da minha vida.

Não sei porque fugi,
procurando na sombra a protecção,
refugiando-me alucinado,
no crepúsculo da tarde,
esquecido e perdido de ti.
Acabei por morrer,
na noite mais longa de escuridão,
porque nunca mais voltou
a ser dia dentro de mim.

Foto de joão jacinto

Verdejante jardim

No meu verdejante jardim,
descuidadamente abandonado,
crescem em desordem entrelaçados,
arbustos de urze, alfazema e alecrim.
Gladíolos e jarros esmagados,
sob a grandeza de patas de veado,
envolvidos com rebentos de jasmim.
Ervas daninas viçosas de orvalho,
manto de azedas, amarelo limão,
desenho sombreado de um carvalho,
projectado, em movimento lento, no chão.
Buchos não aparados cercam a hortelã,
trinco a maçã caída da fortalecida macieira,
debaixo dela, durmo em silêncio, a tarde inteira,
eternizando o sono quebrado, pelo romper da manhã.

Acácias, orquídeas, manjericão,
por borboletas constantemente beijadas,
sardineiras em vermelho misturadas,
com rosas virgens, ainda em botão,
desfolhadas por barulhento escarevelho,
que procura sobreviver à sua solidão.
Cardos de tristeza envelhecidos,
trevos de quatro folhas perdidos,
entre rastejantes craveiro e chorão.

De pétalas abertas, sorridentes,
brilhando a céu aberto, em cor garrida,
desnudada, aprumada, de corpo inteiro,
ornamentada de beleza de margarida.

Folhas rasgaram-me o caule e abraçaram-me,
impregnando-me a alma de doce cheiro,
preso à terra pela raíz da sua raça,
senti-me estame e em graça,
pelo sabor do seu atractivo e sensual gineceu.
Fecundamo-nos mutuamente,
para parir o fruto da sabedoria consciente,
que dentro do nosso ventre em união cresceu.

Senti a cor do verde, o azul do céu,
o odor da terra e dos medos,
senti a vida, medi o tempo, olhei para o fim,
perdido no caminho que estava traçado dentro de mim.
Dancei aos ventos, bebi da chuva, tremi de frio,
sofri de amor, sangrei de dor, guardei segredos...

No meu jardim pouco cuidado, de natura bravia,
germinaram poucas, mas fecundas margaridas.
Nunca murcharam.

Tenho dentro de mim várias vidas.

O buquê das minhas vidas
é composto por tinta e quatro margaridas.

Foto de Cleber Dantas

Você

Se apaixona o mar e seus barcos
O pôr-do-sol do mar, a luz
Que fim de tarde resplandeceu
para todos a contemplarem

Se apaixona as estrelas, o céu
Que com puro contraste os define
mesmo com obstáculos emocionais
É possível contempla-la tal beleza

Se apaixona a rosa com seus espinhos
a borboleta que pousa para ser admirada
criada por DEUS sinônimo de amor
mesmo que a rosa more num pantâno

mesmo com meus lábios colados
o coração fala e grita
a paixão que sinto, vejo e admiro
Não sei se é duradouro
mas é puro e simples

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