Tarde

Foto de aninha wagner

Olhos Verdes

Olhos verdes

gotas de oceano diluidas

no cristal de luz das retinas

brisa refrescante

Olhas verdes

florestas tropicais

grama molhada

banho de chuva

repentino sôpro

Olhos verdes

Perfume de ervas

flores do campo

brilho na tarde

mar sereno

Olhos verdes

trazendo o norte

sorte indizível

graça impensável

berço aconchegante

Olhos verdes

profunda onda

insondável mistério

etérea energia

iluminando as trevas

Teus olhos verdes

Verde esperança

fugaz bonaça

deslumbrante momento

eterno encantamento!

Ana Wagner

Foto de Lou Poulit

Túrgida Lua

Túrgida lua que amamenta
Meu amor de homem em seus vagares;
No epicentro de calamares,
Nas calmarias me acalenta.
Nos pântanos no quais atraco,
Pobre Baco, bêbado e fraco
Pelas paredes fundas do céu
rosna, como o mármore ao cinzel.

Túrgida lua dessedenta
Essa sede isenta de apego;
Esse cego desassossego
De me verter aos solavancos,
Pelos sulcos que ao rocio apraz.
Luares liquefeitos, francos,
sobre peitos acesos de paz,
pacificam-me os versos brancos.

Túrgida lua que assim tenta
dentre estrelas minha alforria,
arrebata-me a noite e o dia
para que esse amor jamais cesse;
e então minha alma seja a messe
fulva, espalmada à tarde morna
e, à noite, à estrela que me adorna.
Ah, túrgida lua, vem... desce.

Foto de Ge Fazio

Marcas de um Tempo

Gotejas o orvalho sobre a relva densa...
Numa tarde do frio inverno.
Pássaros recolhem no aconchego de
Seu ninho... Alimenta, aninha.

Toques de emoções emergem de
Um coração sem par... Solitário.
Num olhar através do tempo
Da distância sórdida...

Goteja o amor de um olhar
Terno, transparente que outrora.
Passou por aqui... Chegando
Pelo velho rio de águas claras

Vem o vento...A chuva e o sol
As tormentas que transbordam
Lavando em enxurradas os rastros
De seus passos... Levando o aroma do amor.

Restam agora as marcas de um tempo.
Os vincos de uma saudade cravejada
Na pele, nos contornos que resguarda...
Protege um invólucro do amor perene.

Gotejam lá fora o orvalho.
Numa rua nua, crua sem nome e sem dono.
Resta agora um jardim sem cor, sem aroma.
A espera do amor que faz germinar.

Germinar de novo o sorriso...
O brilho do olhar da esperança
Junto às folhas secas de outono.
Renasce um jardim em flor...

Ge Fazio

Foto de Lou Poulit

O Trovão e o Sabiá Sereno

Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de Neryde

Preciso de ti...agora!!

Abraça-me,proteja-me,
Preciso de ti...
Envolve-me em teus braços,
Dá-me teus beijos,
Preciso de ti...
Diga-me , escuta-me,
Espera-me, acaricia-me,
Preciso de ti...
Não me prometa castelos,
Nem sonhos futuros,
Só deixa-me desfrutar o "agora",
Porque agora preciso de ti,
Amanhã pode ser tarde,
De-me agora teu calor,
Entrega-me agora seu amor,
Pois, "preciso de ti".

Foto de Dama Da Liberdade

Pensamentos

*O pavão de hoje é o espanador de amanhã*
*A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive, porque a vida não mede o tempo, mas o emprego
que dela fazemos*
*Há pessoas que amam o poder e outras que tem o poder de amar*
*Não dê tanta importância aos olhos pq eles são os primeiros que se fecham qdo duas bocas se unem*
*A pior saudade q possamos sentir de alguém, não é qdo esse alguém vai embora; e sim qdo está ao nosso redor e sabemos que está definitivamente fora do nosso alcance*
*feliz e aquele capaz de sonhar e sentir no sonho a blz da vida*
*Felicidade não é a ausência de conflito,
é a habilidade de lidar com ele.
Uma pessoa feliz não tem o melhor de tudo,
ela torna tudo melhor*
*viver e chegar onde tudo começa!!!
amar e ir onde nada ytermina !!!
vivia como se fosse cedo !!
reflita como se fosse tarde !!
sinta o que vc diz comcarinho!!
pense no que vc faz com fe!!
façao uqe vc deve fazer com amor !!!*

Foto de fer.car

Apenas se vá

Quero dar um grito de sentimento
Palavras me faltam, sinto-me sem forças
Digito palavras sussuradas aos quatro cantos
Momentos de paixão, outros de dor
Quero que esta saudade se exaure
Que esta vontade seja saciada
Que esta dor se cale para sempre
Esta inconstância , esta sua ausência
Indiferença de ações, de palavras, de amor enfim
Diz que amou e não pode assumir o que sente neste peito
Quero extravazar esta chama que aflora em meu interior
Quero cessar este vício de querer ser parte de sua vida
Que se vá para longe, bem longe de meus braços
Pois se não posso ter o seu amor, que se vá
Chega de dor, tristeza
Vamos falar de união, harmonia
Par, e não mais ímpar
Quero apenas que se vá...
Porque não existe um único amor
E nem pessoa insubstituível
Por isso se vá ...
E não volte mais
Porque será tarde para dizer que me amou...
O meu amor não é tão patético para viver de sobras
Muito menos escravo de bel prazer

Autora: Fernanda Carneiro

Foto de PoetaProfeta

Demasiado Tarde!!!

Amo-te... Amo-te desde que te vi pela primeira vez...Não te deves lembrar talvez...E como não te poderia amar? Reparei logo no teu sorriso, desde então só tu me fazias sonhar...

Um sorriso que iluminava não só o teu rosto mas também toda a minha alma, o meu coração... para sempre...tudo marcou como toda a gente uma vez sonhou...

Foi contigo que aprendi a sorrir, e o meu sorriso de agora que passou a encantar outras mulheres é, de facto, o teu... Este sorriso é a única forma de te manter perto de mim, dentro de mim...

Amo-te... Só me dei conta disto quando já era impossível ver-te...E com a revolta de não poder trazer-te...

Só agora, longe de ti, cheio de saudades, sei o que é amar... E que te amava quando estava contigo, mas pensava estar a exagerar... E como podia saber? Nunca tinha sentido algo tão forte antes de te ver, nunca, antes de te conhecer, quis partilhar os mistérios da minha alma para quem não merecer...

Amo-te... Antes de te conhecer achava que o amor devia ser a resposta que os seres humanos encontraram para se defenderem contra a solidão. E que resposta é esta ?!?! Estava sempre a dizer... Alguns momentos de alegria e de prazer, seguidos por outros momentos de lágrimas, de desgosto, onde todo o tempo dedicado foi em vão... Eu, apaixonado ? Nem pensar ! Para quê ? Para sofrer ainda mais ? Só que, depois de te ver, pensar assim, jamais....

Amo-te... Lembro-me perfeitamente dos teus beijos e dos teus abraços...O quanto é bom lembrar os nossos amaços... A sensação que tinha quando me deitava e sabia que tu eras a primeira coisa que veria no dia a seguir... Estes foram os únicos momentos da minha vida em que me senti feliz e não estou a mentir... Quando sabia que ia acordar ao pé de ti...Foi uma sensação única que senti...Assim como ao abrir os olhos, na madrugada, ainda sentia os teus beijos na minha pele esfriada..

Amo-te... Depois de nos termos separado, nunca consegui ver o meu rosto nos olhos de um outra mulher assim como o via nos teus... Porque me iluminavas com o teu amor.. E eu te amava, também, mas tinha medo de to dizer, de to mostrar... Até agora os teus olhos têm sido o único espelho da minha alma... Comecei a ter ainda mais medo quando já não conseguia dormir sem ti, quando as noites sem ti na cama se tornaram um pesadelo sem fim porque não sentia o calor do teu corpo a aquecer meu coração...

Amo-te... Amo-te porque só na tua voz me apercebi da poesia do meu nome...E ainda mais podia me esforçar para tentar explicar o quanto ainda te posso amar...um sentimento demasiado forte para eu estar a digitar, mas sei que posso e quero demonstrar...

Amo-te, apesar de ser demasiado tarde para to dizer...Mas o que não consigo é te esquecer!!!

PoetaProfeta

Foto de TaH.

Se você Não Existisse

Se você não existisse, Eu sei como meu mundo seria.
Eu não ia ficar rindo a Toa,Se não existisse,Eu não
ia ter desculpa para dormir tarde ao ficar pensando em você,
Eu não ia defender seu nome,Não ia ter a Glória de Chorar por você,Não ia Fazer Planos para o futuro,Eu não ia ser Feliz.

Mais se você estaria em meu pensamento hoje, Eu Sei como meu mundo Seria.
Se você existisse,Eu ia ficar igual uma boba rindo sem motivos, Se você existisse, Eu sempre ia Acordar com sono,Por ficar pensando em você a noite toda, Eu ia Defender apenas o Meu nome, Ia Rir em Vez de Chorar. Mais a Vida assim naum tem a menor graça, Prefiro pansar em você do que em mim, Pois se você não exitisse, eu não ia ter um coração para Amar Alguém.

Foto de Neryde

Paixão por este olhar...

Teu olhar me fascina...
Este azul de água cristalina,
Este azul cor do céu...
Melhor,sabe aqueles dias em que a gente,
Vai à praia no final da tarde,
Senta em uma pedra pra de longe,
Vislumbrar o horizonte,
Perfeito!
Seu olhar é deste jeito.

Tenho certeza que quando meu olhar,
Encontrar o seu olhar,
Minhas mãos encontrarem suas mãos,
Nossos corpos se tocarem,
Acontecerá uma fusão!
E seremos então...um só...dentro da magia deste olhar...

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