Surpresa

Foto de Graciele Gessner

Quem Sou Eu? (2) (Graciele_Gessner)

Dizem que sou a filha não desejada. Dizem que não fui bem-vinda ao mundo. Apesar de tudo, aqui estou. Estou bem viva!

Dizem que meus primeiros dias de vida num lugar de maior proteção, eu sofri nas mãos da pessoa que hoje amo muito.

Dizem que fui uma criança arteira, travessa, brincalhona, esperta. Dizem que fui uma menina caprichosa, estudiosa, curiosa.

Até que um dia ouvi... Eu surpreendi muitas pessoas quando retornei a minha cidade natal.

Hoje, eu sei o que sou. Sou filha de Deus. Deus traçou uma missão e estou aqui para cumprir.

Sou apenas o que sonhei ser. Tenho muitos sonhos, mas tenho os pés no chão. Queria ser maluca o bastante para enfrentar tudo e todos para conquistar o meu maior anseio. É preciso ser um pouco maluco para vencer na vida.

Por fim, entender que sou o que sou pelo que vivi e me vi obrigada a enfrentar sozinha. Sou o que sou pelas pessoas que cruzaram o meu caminho, e deixaram um pouco de suas vidas como exemplos.

Hoje, descubro um pouco mais da minha existência. Vejo minhas antigas fotografias e nelas vejo apenas traços de um pai desconhecido. Porém, comparo as minhas fotos atuais com meus descendentes maternos, e descubro que sou a descrição completa da minha mãe, da minha avó, da minha bisavó. Pois é, também fiquei surpresa!

Cada novo dia, cada sol que nasce, cada alvorecer, eu descubro como é difícil nos definir.

Quem sou eu? Algumas indefinidas e arriscadas ideias já posso declarar.

Sou a menina que cresceu achando que na vida adulta tudo seria mais fácil.

Sou a menina que se apaixonou e não esqueceu do seu grande amor.

Sou a menina que prometeu aos nove anos que mudaria de vida.

Sou a menina que chora quando está feliz e quando está triste.

Sou a menina que nasceu no momento que Deus desejou, e dirá adeus quando for à hora certa.

Sou a menina que aprendeu logo cedo como é importante viver cada minuto, cada instante.

Sou a menina que vai morrer deixando um pouco de si. Acredite!

Sou a menina que se tornou uma garota determinada e guerreira.

Sou aquela que escreve através da sua sensibilidade, mas guarda dentro de si uma brava e lutadora criatura que acredita em seus sonhos.

E ainda assim, não me defini totalmente. Estou em constante mudança, e a cada dia descubro um pouco mais de mim.

Quero agradecer a todos que acreditaram e continuam acreditando no meu potencial, nos meus sonhos, na minha persistência, na minha determinação. Obrigada!

02.11.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de janaina barbara

prazer em conhece-la

PRAZER EM CONHECÊ-LA

Num momento...
O sol ressurge, as estrelas brilharam fazendo contraste com o astro maior...
Sorri...
Até o verde parecia estar mais verde.
Despi-Me das armaduras,
Soltei cabelos,
Descalcei-me
Retirei as pedras do caminho.
Acendi a luz...
Tudo ficou claro.
Num introspécto louco me reencontrei.,
Fiquei surpresa por não me conhecer.
-Muito prazer em conhecê-la Janaina.
Já que veio sem avisar não quero perde-la. Fica um pouco mais.
Agora é quebrar novos tabus , criar novos conceitos, ser apenas eu mesma.
Banir tudo aquilo que criei tentando me proteger, agora vou navegar em águas tranqüilas sentir a brisa fria do mar, respirar sem pensar em nada, apenas curtir os momentos da vida, ser parte da natureza estar em paz com Deus. Comigo. Quero tudo de bom que a vida pode me oferecer. Amar sem limites nem medo apenas me entregar me deixar ser conduzida. E depois do lapso do amor apenas repousar em seus braços como se o mundo parasse por um instante e nada mais existisse
Apenas nos... Num pequeno grande momento, onde não exista futuro nem passado, somente este exato momento lúdico da nossa louca historia .

Foto de Civana

Lágrimas demais...

Hoje é um dia muito triste, não somente por ser Dia de Finados, mas principalmente porque foi o dia em que meu irmão partiu, deixando uma saudade imensa em todos nós! É sempre triste falar dele, mas dessa vez quero dividir com vocês um pouco da saudade e alegria que tenho em ver essas fotos, pois uma coisa posso dizer com toda certeza, ele valorizava demais a vida, e soube vivê-la da melhor forma possível nos 29 anos de vida que lhe foram concedidos!

Pelas fotos pode até parecer que teve uma vida fácil, pelo contrário, passamos muita dificuldade, e cada coisa que conquistou foi com seu esforço e trabalho, pois nunca teve vergonha de nada, em tudo via lucro, desde garoto ficava imaginando como poderia conseguir dinheiro, catava revistas, latas, jornais, tudo que pudesse vender e juntar para ter sua moto, seu carro, e ser engenheiro. Se deixasse, até minhas bonecas seriam vendidas, rs. Conquistou mais do que isso, até um laser comprou junto com amigos, e deslizava livre no seu mar, que tanto amava!

Um grande amor também conquistou, mas dois meses antes do casamento terminaram, sofreram muito, mas não sei se foi o melhor, pois dois anos após faleceu. Quanto a engenharia, foi o último dos sonhos, possíveis, realizados. Trabalhou como engenheiro por quase dois anos na empresa Elevadores Atlas, que era uma divisão das Indústrias Villares S.A. Logo após seu falecimento, um amigo da empresa entregou ao meu pai, o que ele havia recortado do risque & rabisque da mesa de meu irmão, junto com seus pertences. Era uma frase linda que hoje mantenho sempre a mão, por sinal está aqui na minha frente, abaixo do monitor.

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(O fracasso jamais o surpreenderá, se sua decisão de vencer for suficientemente forte.)

E qual não foi nossa surpresa ao descobrir em seus guardados que ele também gostava de escrever. Abaixo um dos poemas que escreveu.

Saia da Rotina
(Flávio Santos - 16/11/84)

Todos estão nervosos,
Todos estão com pressa.
Todos estão ansiosos,
E o mundo está às avessas.
Tenham mais paciência,
Tenham mais tranqüilidade.
Tenham mais consciência,
Tenham mais amizade.
Em tudo devemos ver,
O que de bom pode existir.
Pois assim podemos ter,
O que antes não conseguíamos sentir.
Basta querermos mudar,
Dar-nos e deixarmos aflorar.
Basta sentir, crer e amar.

http://img142.imageshack.us/img142/2624/flavio7bwk8.jpg http://img142.imageshack.us/img142/8145/flavio2bwu3.jpg

Mas não quero ficar triste, nem passar tristeza aqui, pois o que mais fazíamos na presença do meu querido irmão, era sorrir, aliás, rir muito com suas brincadeiras!
Abaixo algo que escrevi pouco tempo depois do seu falecimento, editado em algumas fotos de como sempre irei me lembrar dele, sorrindo, brincando, em paz...

http://img90.imageshack.us/img90/7725/flaviola2.jpg

Dia 19/06/2008 ele teria feito 51 anos.
Hoje completam 22 anos sem sua presença, mas, espiritualmente, sei que sempre está conosco! Amo você irmão, não tive oportunidade de lhe dizer isso com todas as letras, mas sei que você sentiu dentro do seu lindo coração.

(Carla Ivana)

*
*
OBS: Quem quiser ver esse post com as fotos, sem precisar copiar os links, acesse meu blog no endereço abaixo.
http://carlaivana.blogs.sapo.pt/

Foto de Paulo Gondim

Encontro (dueto)

ENCONTRO (dueto)
Paulo Gondim e Iza Dias

Eu respiro o ar que você respira
E nele, toda a poesia me inspira
Como se fosse a lua, na noite fria
Que me faz mergulhar nessa doce fantasia
Teu sorriso é a paz que me acalma
E me faz ver bem dentro de min’alma.

Isso tudo me trás encanto e surpresa
E sei que me adoras, porém não sei quanto.

Quanto? Tudo o que a alma pode expor
Tudo o que o coração pode sentir
Tudo o que o sentimento pode transpor
Tudo o que o imaginário pode construir

Como meu amor não pode ser
Se não for para te oferecer.
Tudo o que meu coração possa desejar
Ele deseja está contigo, nesse lugar

E nesse compasso do que faço
Nesse momento de harmonia
Tudo o que quero é amar você
E ficar na sua companhia

A minha companhia você já tem
Os dias passam e eu quero te ver mais ainda
Mas só a companhia não me convém
Porém não quero que ela se finda

Vem, meu amor, enquanto há vida para nós dois
Sem nos preocuparmos com o agora e o depois
Apenas vem.
E vivamos o que nasce desse amor!

Foto de Osmar Fernandes

Não vou calar meu grito

Não vou calar meu grito
Empolgado com a crença do aprendizado do eleitor,
Saí candidato a vereador.
Levei aos quatro cantos minhas propostas...
Esperei o voto como resposta.

Ledo engano... triste surpresa.
O toma lá dá cá, virou epidemia.
Pouca gente honesta... muita safadeza.
Vivi um ideal de agonia.

Muita gente deu a vida por essa democracia.
Pouca gente sabe o valor do voto consciente.
Mas minha esperança ainda tem valentia.

Quanta ignorância... quanto analfabeto político!
Não se conquista o voto... compra-se o inconsciente.
Sou teimoso, ainda acredito, não vou calar meu grito.
Osmar Soares Fernandes

Foto de Graciele Gessner

O Desejado Reencontro. (Graciele_Gessner)

Um ano sem igual.
Um momento, um minuto.
Um e-mail, um sinal.
O desejado reencontro.

Tudo num simples acaso,
Talvez uma brincadeira do destino.
Um caso de amor e felicidade,
Numa ingênua atitude.

Uma rápida resposta.
Uma aproximação.
Um estremecer do coração.
Um instante de recordação.

Como a vida nos prega surpresa...
Afastou-nos e agraciados nos aproximou.
Minha prece ao Superior foi ouvida.
Ganhei uma chance nesta vida.

14.08.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de NiKKo

Magia e sedução.

Meu coração andou entristecido pelo céu noturno
procurando em meio à solidão um novo alento.
Vaguei em meio ao som dos mares bravios das incertezas
para tirar de mim lembranças que me martirizavam o pensamento.

Confesso que não sei por quanto tempo assim eu voei
e nos cumes traiçoeiros e sombrios muitas vezes me abriguei.
Pois a solidão margeava minha alma com tamanha intensidade
que ela era a minha amante, muitas vezes eu imaginei.

Com ela bebi a taça dos desejos roubados e esquecidos
e entoei as canções como faunos para com as Dríades dançar.
Compus poemas e rimas falando somente da dor que sentia
que minhas lágrimas mais se pareciam com as águas do mar.

E de repente no horizonte surgiu uma luz tão clara
tal qual a aurora de um novo dia que esta para nascer.
E envolveu minha vida uma suavidade há tanto tempo perdida
que ao me tocar com seu carinho me fez renascer.

O brilho que vi naquele momento tão especial e fugaz
aproximou-se e então, surpresa eu pude notar
a luz era dos olhos de um Ser tão delicado e sensível
que quebrando a minha solidão, me convidou a de novo voar.

Abri minhas asas e deixei que o vento me ajudasse a subir
pois desejava ir ao mais alto dos céus para me proteger,
pois eu tinha encontrado a metade que me faltava
que junto dela para sempre eu queria viver.

E voando assim nos braços de Morfeu eu me deixei levar
nem percebi que Cronos queria roubá-la de mim.
Que fez com que Netuno a defendesse com seu tridente
criando ondas gigantes no oceano sem fim.

Mas para que o nosso sentimento ficasse registrado
venus apiedou-se a resolveu na lua tatuar.
Fez com que nossos nomes ficassem gravados no universo
juntando a estrela com as penas da Fênix a voar.

E la na imensidão surgiu uma nova entidade luminosa
que nenhum homem consegue descrever.
São as lagrimas dos olhos da Fênix que encantada,
chora por amor e com isso consegue as almas rejuvenescer.

Pois contem em sua gota a magia do encantamento
que sara os corações entristecidos e magoados.
Fazendo com que as cinzas da solidão sejam levadas pelo vento
e se transformem em alegrias nos corações dos apaixonados.

Foto de Sonia Delsin

ELEONORA

ELEONORA

Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia.
O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez.
Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:

Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar.
Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas?
Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai.
Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto.
Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom.
Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém.
Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda.
Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim.
Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele.
Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado.
Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho.
-- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado.
-- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha.
Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante!
Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim.
-- Quero você.
-- Agora?
-- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira.
Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato?
Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida.
Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo.
Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos.
Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona.
Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida.
Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém.
Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim.
-- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele.
-- Não é bem o que eu queria.
-- Então por que optou por isso?
-- Não foi bem assim. Optaram por mim.
Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos.
-- Você parece ter personalidade. Não consigo entender.
-- Quero evitar discussões inúteis.
-- Mas trata-se de sua vida.
Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco.
-- Quer namorar comigo?
Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos.
-- Topo.
Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem.
Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer.
Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada.
Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom.
Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar.
Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia.
Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim.
Neste meio tempo acabamos terminando o namoro.
Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade.
Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles.
No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo.
Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito.
Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano.
Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa.
A princípio aquele homem rude me causou asco.
-- Pode me dizer que horas são?
-- Por que quer saber as horas neste fim de mundo?
-- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço.
Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara.
Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar.
A Albertina me avisou que tínhamos visita.
-- Quem está aí?
-- O novo vizinho.
-- Como é ele?
-- Um homem estranho. Fede que só ele.
Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo?
Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando.
-- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos.
-- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão.
Ele notando meu constrangimento foi dizendo:
-- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas.
Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia.
Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe.
-- Acabei de comprar. Gostou?
Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais.
Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho.
Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali.
Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava.
-- E sua mãe? Seu irmão?
-- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina.
-- Não se sente só aqui?
-- Às vezes.
Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos.
Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo.
Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher.
Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga.
Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?

O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem.
-- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver.
-- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem.
-- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui.
No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado.
Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação.
Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta.
Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto.
. Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito.
Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão?
Sorri gostosamente e gaguejei:
-- Que saudades! Que surpresa boa!
Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido:
-- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu.
Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno.
Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele.
Foi a minha vez de abraçá-lo.
Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena.
Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante.
-- Nunca consegui esquecê-lo.
-- Nem eu consegui esquecê-la.
Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda.
Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se.
Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro.
Sorrindo ele não se cansava de repetir:
-- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma?
Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso.
Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa.
Marcelo concordou em ficar, por uns tempos.
Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado.
-- Você fala dele de um jeito.
-- Não diga que está com ciúmes!?
-- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui!
Luciano socou a mesa violentamente.
Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação.
-- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai.
Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo.
Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo:
-- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo?
-- Não é assim.
A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto.
-- Você ainda sente alguma coisa por mim?
Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda.
Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas.
-- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não?
-- Não sei.
Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara.
Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia?
Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente.
Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação.
Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede.
-- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo.
Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo.
Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos!
Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida.
Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho.
Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim!
Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar.
Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente.
Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.

SONIA DELSIN

Foto de Teresa Cordioli

Nos Olhos da Primavera...

*
Nos Olhos da Primavera...
Teresa Cordioli.
*

Nos Olhos da Primavera...

Ao acordar de uma noite mal dormida
Abri a janela, na esperança de ver o sol
Vi a chuva trazer para a primavera, vida
Surpresa fiquei ali a observar o girassol

Canteiros floridos, a rosa e a margarida
Sabiás cantando, bem-te-vis e rouxinol
E eu pensando, que beleza sem medida!
Vou observá-la até a chegada do arrebol

Vi o homem e a sua conduta corrompida
Vi a ganância fazer destruição desmedida,
Vi o ódio, toda a esperança superando...*

Vi uma criança brincando, muitas chorando
Uma com todo conforto, família reunida...
Outras, o pai morto, por uma bala perdida.

Foto de Anjo Gc

Os professores da vida

A vida não é simplesmente busca as magias, mais sim busca as realidades da vida.
Temos nossas vidas profissionais, onde temos que aprender com os professores onde aprendemos:
A fazer cálculos
Onde descobrimos a raiz quadrada de grandes números.
Onde fazemos teorias
Praticamos a ciências
Vivendo na historia
Reagindo na geografia
Relacionamos-se com a biologia
Descobrimos a química
Saboreamos a língua Portuguesa.
Damos sempre atenção ao mundo!
Onde:
Quebramos a cabeça
Com problemas de trabalho
Com estudos
E assuntos de provas.
E acabamos esquecendo de nossas vidas sociais.
Não ligamos e sempre deixamos o tempo passar?
Às vezes se preocupamos em aprender:
O que a escola tem a ensinar!
O que os patrões têm a explicar!
Mais não lembramos?
Que dentro da vida existe uma escola onde devemos aprender com nossos erros,
Onde vivemos em situações, difícil e sempre deixamos passar como um barco que segue ritmo de sua meta.
Fico pensando se busco realmente a realidade da vida!
As vezes acreditamos em querer voar?
Mais sentia em segura!
Então aprendo que na vida temos que crescer!
Não só vivendo na vida profissional e sim na vida social.
Então pela manhã, o sol sempre me acordava! E eu nunca ligava.
Apenas acordava apressada e com medo de se atrasar na escola ou no trabalho.
Mais quando um dia resolvi cai em mim!
Então senti algo de bonito a me tocar, e um brilho a iluminar o meu sorriso.
Parecesse que tivesse nascido novamente!
Em viver a vida intensamente.
Ao anoitecer a lua brilhava como nunca!
E para minha surpresa descobri a magia que só sentir naquele dia.
Parecia realmente um sonho, onde sentir a vida, viver a vida descobri a vida.
Fosse uma experiência de química!
Que em calculo, não sei da resultado, não sei demonstra. Mais pode perceber a importância de viver cada segundo!
De se apaixonar por mim a cada hora.
A surpresa de mim descobri, foi um encanto de se encantar, e não possuir rivais e nem uma duvida na minha alma.
Sentir que tinha aberto a chave que prendia minha alma, e foi libertada pelo poder do amor.
Onde descobri que viver a vida social é praticar um exercício na alma.
Onde transmite a força que o sonho sempre a fazer planos para o futuro.
Parei diante da vida, fiquei a imaginar:
Doces de algodão doce
Picolé
Balas
Pipocas
Imaginei vivendo como uma criança, que realmente senti a vida doce.
E fazer cada sorriso crescer, a procurar de um amanhecer.
Então ao chegar na escola a profª foi logo pedindo uma redação dos sentimentos, desejos, planos e conhecimentos.
Então fiquei logo a pensar!
E fiz a redação da pratica?
Onde escrevi dizendo:
Praticar a vida é um conforto de se entender comigo mesmo.
Imaginar e querer subi, é o sinal que a vida te ensina a crescer.
Sentimentos é a companhia do meu silencio!
Em certos tempos passo agiam como um bebê.
A se comporta como um bebê.
Então os anos passam?
E passo a viver como uma criança
A sorrir que nem uma criança.
O tempo passou e passei a ser adolescente
A sentir adolescente
A viver como adolescente.
O tempo voou, passei a se preocupar com a vida.
A viver como mulher
Chorar como mulher.
Sofrer que nem uma mulher.
Ficando ausente do destino, se comunicando com telepatia e descrevendo as confidências dos meus caminhos.
Fiquei me envolvendo na vida!
Onde acalmavam o desespero e deixavam o vento a soprar para o lado da
felicidade.
Então descobri que deixei de ser menina e hoje sou uma incrível mulher.
Deixei de brincar com pedaços de bonecas!
E aprendir a brincar de ter a amor a vida.
Deixei de ser a mocinha!
Por virar a mulherzinha.
Deixei de pratica a escola!
Por compreender o que é a vida.
Ficavam em desespero em saber que logo, logo irei voar.
Sentindo o sorriso de uma criança que sempre me veio na lembrança.
Hoje sabendo que 15 anos se passou, e para a vida os meus sonhos me levou.
Ao entender que o coração passou a se apaixonar e seja preciso de eu namorar.
Ao ficar confusa, rebatia tontura que queria me atormenta.
Ao entender e descobri que não é preciso querer aprender sobre:
Ciências, matemática, geografia, historia, E.D.G, química, física, biologia, sociologia, redação, artes, e religião enfim as disciplina que participa da nossa vida profissional e sim aprender com nossas vidas sociais e fazer cada dia uma mensagem de
Otimismo um instante mágico e um momento marcante para essa vida. E fazer a historia de erros e acertos, dificuldades em um aprendizado.
Pois tudo que passamos não é um terremoto que passou, e nos caímos em
Seguida sentimos o fracasso.
E sim é um aprendizado que crescemos e a amadurecemos para a vida e
Desfrutamos o sabor que a vida nos dar.
Ao fazer essa caminhada na vida, fiquei a saborear o gosto dos problemas e pode
Apreciar o quanto aprendi e tenho que aprender com a vida, afinal o mundo é meu professor.
Nunca esqueço o sentido de viver e ficar a se encantar por saber que é
Caindo que aprendo a levantar.
É perdendo que aprendo a vencer!
É descendo os degraus, que aprendo a voar!
É errando que sei superar.
Afinal é jogando que sei viver.
Nada melhor do que escrever e dizer que nessa vida aprendemos as dificuldades e os desafios.
Fazendo nós crescer e voar logo que o dia amanhecer e saber que venci só para crescer.
O mundo é minha escola!
E foi assim que fiz a redação em saber o que é realmente a vida.

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