Situação

Foto de Osmar Fernandes

MULHER

MULHER
(Participando do concurso)

Sofre e luta pela vida.
Ora e agradece a Deus.
Quando incompreendida, perdoa.
Chora e não se arrepende.
As pessoas que ama, sempre partem...
É implacável na despedida.
Não é mitológica como Zeus.
Sua visita é infalível.
Sua forma, divina.
Tem a bênção de Deus.
Diante dela todos se prostram.
Seus olhos são como os de águia.
Seu coração de sol brota luz...
Sua semente é fogo que procria na terra...
Não tem prazo de validade.
Não adianta correr e nem se esconder,
Ela é a verdade.
É a luz do mundo.
Está em todo lugar.
Seu amor é profundo.
Encara qualquer situação.
É a rainha do amor, do lar...
Dona de comércio, autônoma, executiva.
É a mais bela criação do Criador.
É o alicerce da vida.
É guerreira... seu destino é a fé,
É a paixão é o amor.
Seu nome é MULHER.

Foto de Ana Botelho

DIÁRIO DA ALMA FEMININA

FRAGMENTOS DO LIVRO A SER LANÇADO EM BREVE:

DIÁRIO DA ALMA FEMININA.
"A mulher, por sua forma polêmica e única, arrasta consigo uma história que além de triste, é um dos retratos mais fiéis que temos da tortuosa evolução da humanidade, dos seus grandes preconceitos e de monstruosidades cometidas como forma de camuflar os desastres cultivados nos seios das famílias desajustadas, onde os complexos variados eram repassados aos seus descendentes, um método presente na velha tradição familiar era a de se lavar a honra de um parente querido com o sangue alheio, ou mesmo outro tipo vingança desmedida como se esta compensasse um crime anteriormente realizado. Além da figura da fêmea, qualquer outra criatura que tivesse nascido com a predominância das características “femininas” de ser, teriam marcadas em seu destino uma triste síndrome, uma espécie de anomalia social, ou seja, a de passarem a vida inteira buscando a sua real identidade..."

"Quem nunca travou desafios incansáveis para desfrutar dos direitos que por lei lhe pertenciam há séculos? Quem foi que sempre trabalhou por uma família mais amorosa e por um mundo bem mais justo, carregando, na maioria das vezes, a debochada caracterização de "piegas", ou "reacionária fracassada"? Se você ainda não ouviu tais comentários, certamente, eles estão velados, embotados e que só serão percebidos em atitudes de pessoas que parecem nos amar mesmo as mais próximas..."

"E qual assediada nunca recebeu:
- um telegrama misterioso de um amigo do seu pai, acompanhado de calcinhas comestíveis;
- um beijo roubado pelo marido da vizinha de andar, no elevador do seu prédio;
- umas piadinhas inconvenientes daquele coroa que ficava todo torto quando você passava para o colégio;
- uma perseguição indesejada e vergonhosa, pelas ruas quando ia fazer compras;
- um beliscão nas pernas sob a mesa, durante um jantar de família, por aquele marido ridículo de uma prima, ou da sua melhor amiga;
- um recadinho atrevido jogado na varanda da sua casa vindo das mãos de um respeitado chefe religioso do bairro;
- uma cena de masturbação em uma praia, ou praça obrigando-a a ir embora imediatamente;
- uma esfregada extremamente incômoda em um ônibus lotado e teve que se calar com receio de desencadear uma confusão em público;
- a sua residência violada por um tarado causando um distúrbio sem fim em sua vida, com processo, audiências e situações de constrangimento diante de estranhos e amigos;
- uma briga enorme que pensou ter causado, envolvendo um irmão, por atrevimentos vindos de pessoas outras;
- propostas de riquezas e casamentos estranhos, onde a sua casa seria em local deserto e freqüentado apenas por este suposto romance;
- uma literal luta corporal para se desvencilhar de um assédio de alguém que namorasse uma aparenta, ou uma amiga;
- bilhetes de desconhecidos com propostas ridículas colocados no limpador de pára-brisas do seu carro, bolsa, ou entregues em restaurantes por terceiros...
Estas são algumas situações pelas quais odiamos passar, mas que, por estarmos representando o sexo feminino, somos alvo dos "machistas" preconceituosos e que na maioria delas não podemos reclamar, nem retrucar porque logo somos consideradas as "culpadas" pelos assédios recebidos. Registro aqui a declaração de uma jovem que passou por uma situação complicada de quase violência sexual e que, ao chegar à delegacia para registrar a queixa, foi debochadamente abordada pelos plantonistas enquanto faziam as perguntas recheadas de um sorriso irônico sobre os fatos, traumatizada e controlando um grande desespero, só não desistiu de realizar por completo a denúncia por causa do seu compromisso com ela mesma e com outras pessoas que já passaram, ou que podem um dia se deparar com tal absurdo.
As pessoas “femininas” também sentem desejos, têm preferências, sofrem de afinidades físicas com outras pessoas e, por isso, deverão ter oportunidades de participar de escolhas e terem o direito de dizer "não" quando acharem necessário..."
(NÃO PERCAM, DENTRO DE ALGUNS MESES NAS LIVRARIAS)

Foto de liviaferreriafurtadodebrito

se eu soubesse....seria diferente...

Se eu soubesse que iria te amar tanto assim,
Talvez eu tivesse me preparado,talvez teria mais
Tranqüilidade para lidar com uma situação tão complicada
Mas foi assim que o destino desejou.
Não posso lutar contra esse sentimento ,não posso
Tirar de mim,me revolta o fato de não poder fazer nada .
Essa minha sinceridade não me deixa mentir sobre meus sentimentos
Queria poder disfarçar
Instante que te ver .
E difícil não pensar em você ,não te desejar ,não sonhar....
Se eu soubesse que amar,fosse me fazer sofrer dessa maneira
Nunca deixaria esse bendito amor entrar no meu coração.
Querer seu corpo junto ao meu é pouco...
Quero você por completo,quero olhar nos seus olhos
E enxergar que existe um sentimento entre nos além do
Desejo incontrolável que sempre acontece quando estamos sozinhos ,antes
Eu pedia um beijo,hoje não perco tempo com palavras...
Que nossas palavras sejam apenas múrmuros de prazer ?
Antes me contentava com sua amizade ,depois com o nosso
Desejo,agora preciso de algo mais concreto ,se é que algum
Sentimento é concreto!
A calmaria que sinto dentro de mim é a lembrança de ter tido
Alguns momentos com você ,momentos eternizados em meu existir.
Quem sabe um dia eu te esqueça....
Enquanto esse dia não chega , eu te encontro toda noite nos meus sonhos ,
Toda manha que o sol nasce , a cada noite estrelada ,a cada onda desse meu
Mar gigante de sentimentos .

Foto de luiz antonio

A busca pela vida perfeita

A busca pela vida perfeita
A busca pela vida perfeita não esta relacionada a bens matérias ou mesmo estilo de vida, mais a um sentimento que quase não se vê mais entre nosso mundo atual que nos mostra que viver e saber escolher de maneira correta tudo que temos que fazer dia a pos dia.

Mais quando estamos muito envolvidos pelas formas e curvas da vida que pensamos ser a certa, caímos em um abismo profundo e muito escuro de onde não se tem como sai ou como alguém nos ouvir pedindo ajuda.

Em certos momentos pensamos estar fazendo a coisa certa para que a vida possa ser como planejamos mais e quando se tocamos que de nada adianta fazer planos se não a futuro para realizá-los a pesar de tudo parecer estar indo bem.

Quando ficamos um tempo parado olhando para qualquer lugar ou coisa que nos chame a atenção, pensamos:
O que foi que deu errado para que tudo que estou passando tenha acontecido de forma tão repentina e avassaladora nos deixando sem ação e sem motivação para lutar por mais uma chance de poder voltar e viver de forma digna como achávamos que estávamos vivendo.

Às vezes buscamos respostas para as perguntas e duvidas que nos perseguem por todos os lados ao qual nos direcionamos para chegar ao mais límpido e repleto estado de paz interior que nos faz enxergar a vida como queríamos que ela realmente fosse simples e sem complicações.

De todas as batalhas travadas por nos contra tudo que acreditamos ser correto e sensato, a mais complexa e exaustiva e a que travamos contra a realidade dos fatos aqui descritos sem resposta ou solução para tanta ironia que não queremos deixar transparecer a sociedade e nem a nos mesmos.

Quando as pessoas dizem que o tempo cura tudo elas não se dão conta que ele não cura e nem faz esquecer apenas nos da mais motivos para ficarmos refletindo no problema que nos consome pouco a pouco sem notarmos que esta sendo destrutivo para nossa vida.

Saber fazer as escolhas corretas cabe a cada um de nos, mas nem sempre fazemos o que julgamos ser o nescessario para que isto possa deixar de ser fato e se transformar em simples realidade que pode nos levar para um caminho sem volta a um lugar aonde todos iremos um dia quer queiramos ou não.

Todos temos o direito de decidir o que queremos fazer de nossas vidas quando estivermos prontos para o mundo lá fora que não tem muita coisas certa e justa para nos oferecer mais mesmo assim tiramos conclusões erradas das questões que nos são impostas por algo que não queremos acreditar que exista mais esta em nossa frente o tempo todo e não queremos enxergar por termos medo do que poder ser o nosso futuro.

Existem fatores externos em nossas vidas que nos fazem crer que o destino conspira contra nos mais a verdade e que nos mesmo fazemos isto quando tomamos decisões que não são para serem idealizadas por nossos motivos mesquinhos e egoístas do qual não nos damos conta muitas vezes que estamos sendo tão hipócritas com nossas carapuças que achamos que não nos servem, pois para nos, (pessoas orgulhosas) e difícil entender e aceitar fatos e verdades da vida a qual estamos acostumados a não ter que lidar com tantas perguntas e responder tantas respostas das quais já sabemos o resultado.

Sempre dizemos que tudo que queremos de verdade e com todo amor de coração podemos ter, mentira!
Pois isso se chama se enganar, mentir para si mesmo tentar anexar uma propósito que achamos que podemos alcançar mais a verdade e que quanto mais buscamos mais ela se afasta de nos.

Se algum dia você for a um lugar estranho do qual você não tem nada em comum a não ser o fato do ser humano ser extremamente curioso, para e pense o que você esta fazendo lá? A resposta e simples! Você não faz idéia o porquê você foi ate lá mais depois de um tempo analisando a situação, percebemos que quase nada do que achamos estar claro não faz o menos sentido para nos mais para as outras pessoas e tudo muito normal.

Certa vez um senhor idoso muito sábio me disse:

Que na vida tudo corre de acordo com aplano de DEUS, mais nem sempre esse plano seguimos adiante, pois temos o livre arbítrio de decidir se seguiremos o caminho de rosas ou de espinhos e na maioria das vezes pegamos o de espinhos que nos faz ter mais problemas e sofrimento do que respostas.

Mais não se enganem com o de rosas, pois rosas também tem espinhos que podem nos machucar um pouco e por esse motivo ficamos parados entre a bifurcação que vive diante de nossas vidas que nos mostra que qualquer dos caminhos que escolhermos vai nos levar para uma viela estreita e longa parecendo não ter fim.

De todas as declarações já feitas por pessoas que se dizem sabias a que esse velho mendigo me relatou foi a mais complexa e a mais sensata de todas já compartilhada por este que vos escreve mais não por que ele e um mendigo que não possa ter sanidade ou intelecto para tão façanha notável, pois aquele mesmo velho e cansado homem um dia foi um sábio escritor de dramas ao qual fez o mesmo chegar ao fundo do poço onde se encontra por ter inflado seu ego tão alto que ele mesmo não percebia que estava se afundando em depressão.

Quando achamos que tudo que sempre acreditamos tem um propósito, a vida nos mostra que nada e realmente o que parece ser no final o que conta e a nossa reação mediante a situação em que nos tentamos se esquivar para chegar mais uma vez no ponto de partida de todos os nossos problemas que por fim e a própria existência.

Foto de Edevânio

A VERDADEIRA LOUCURA DE CHAPEUZINHO.

SÉRIE PLACEBO
Episódio Um
A Verdadeira Loucura de Chapeuzinho
Edevânio Francisconi Arceno

Dias atrás, estávamos passando pela sala quando ouvimos uma chamada de um filme na televisão: “Deu a Louca na Chapeuzinho”.Achei curioso, é claro que hoje em dia é muito comum retornar à moda coisas antigas , com uma roupagem totalmente moderna e as vezes até surreal, mas até contos infantis? Então resolvemos assistir. O Filme não tinha nada a ver com a versão antiga, até a história foi mudada. A chapeuzinho era a suspeita número um de estar trapaceando para obter vantagens em cima dos deliciosos docinhos que ela transportava em meio a floresta. Apesar da dinâmica surpreendente do filme, a crítica achou que ele retirava o brilho e a inocência da história, que por décadas vem alimentando nossas crianças e até mesmo nossas ex-crianças. Porém, isso não é nada comparado à verdadeira e triste saga da menina Chapeuzinho Vermelho. Preparem-se e entendam que apesar de ignorarmos certos problemas e mazelas sociais, eles existem, estão lá e depois deste relato, você poderá até fazer de conta que é só um conto, mas no fundo você sabe que tudo pode ser real!

A Chapeuzinho como vocês bem sabem, era uma linda garotinha que incansavelmente todos os dias levava docinhos para a vovó, e no trajeto vivia mil e uma aventuras.Acontece que as idas até a casa da vovó foi diminuindo, não por uma razão especifica, mas várias. A primeira delas é levar para a vovó o que? Sua mãe teve que trabalhar para ajudar a suprir as necessidades do lar, pois seu marido estava muito doente. Sim, o pai de chapeuzinho era um homem muito doente, se é que um alcoólatra pode ser designado assim. E como todo alcoólatra, uma das primeiras coisas que perdeu, foi o senso de responsabilidade. Responsabilidade com a família, com o trabalho e por fim com a sociedade. Diante disto, a mãe de chapeuzinho não teve mais como fazer docinhos para a vovó, pois começou a trabalhar dia e noite, muito mais a noite.

Cada vez que sua mãe se preparava para trabalhar, Chapeuzinho a abraçava como se fosse a última vez. Depois que a mãe saia, Chapeuzinho ouvia a voz de seu algoz, que se disfarçava de pai e culpava a bebida por seus crimes: ___ Filhinha vem com o papai, vem. Chapeuzinho então mais uma vez se submetia a perversão do seu inescrupuloso pai, que vinha abusando da pequena e indefesa filha a muito tempo. Mesmo ainda quando entregava docinhos para a vovó, era estuprada e obrigada a sair correndo pela floresta dizendo que havia sido vítima de um grande lobo. Você deve estar se perguntando, porque ela não denunciou este monstro. Acontece que o monstro morava com ela e dormia com a mãe dela e as ameaçava dizendo que mataria ambas se falasse. Depois que sua mãe começou a trabalhar a situação ficou insuportável. Chapeuzinho decidiu dar um basta, tinha que fazer algo para minimizar seu sofrimento, então conheceu o mundo das drogas e logo ficou viciada em “Crak”, uma droga de fácil acesso e extremamente destrutiva. Ela agora se submetia aos desejos criminosos de seu pai, completamente drogada, para proteger a si mesmo e sua mãe. Também começou a se prostituir em meio aos arbustos da floresta, com os caçadores infiéis, tudo isto, para manter o seu vício. Sempre orientada que se por ventura chegasse alguém, ela deveria sair gritando é lobo é o lobo, pois a maioria dos caçadores eram casados e não ficaria bem serem vistos com uma prostituta viciada.

E o caçador herói, onde anda? Cansado de pagar propina aos guardas florestais e entidades governamentais responsáveis pela prevenção das florestas, resolveu fazer um concurso e entrar para este seleto grupo, e logo também se tornou um corrupto. Agora não paga mais propina, apenas recebe! Da prostituição de Chapeuzinho e de muitas outras crianças viciadas, ele apenas cobrava em serviços, nada além de um delicioso...! Quanto aos caçadores, a prostituição também fazia parte de um pacote, com demais itens: podia cortar árvores, caçar, pescar, enfim pagando bem, mal não tem, pelo menos na ótica dele. Chapeuzinho agora estava em um degradante círculo vicioso, se drogava para prostituir, e se prostituía para se drogar.

Em uma de suas viagens alucinantes, lembrou-se do tempo que ainda podia visitar sua Vovó e levar-lhe os docinhos, bons tempos aqueles! Agora existe uma ordem judicial, que a impede de chegar a duzentos metros da residência da vovó, pois segundo o ministério publico, Chapeuzinho tentou culpar um animal conhecido como Lobo, pelos hematomas deixados na Vovó e por furtos misteriosos em sua propriedade. A Justiça não acreditou e chegou à conclusão de que Chapeuzinho era uma ameaça à integridade da Vovó. Ainda bem que temos justiça!

Agora gostaríamos de pedir sua autorização e começar a narrar, na primeira pessoa, pois gostaria de fazer algumas considerações pessoais sobre esta história, da qual fui testemunha e vítima. Primeiramente acredito que as violências sofridas pela menina Chapeuzinho, cujo autor foi aquele que se diz pai, no princípio eram cometidas sem o conhecimento da mãe, mas posteriormente ela soube, porque ela não denunciou? Talvez por medo de ser assassinada por ele, que cada vez mais se entregava ao álcool, ou talvez por medo e vergonha de admitir que o seu trabalho noturno, é tão imoral quanto o modo que Chapeuzinho conseguia dinheiro para se drogar. No contexto dessa inculpabilidade por atitudes erradas e criminosas na qual Chapeuzinho cresceu, tirou dela a possibilidade de valorar o que é moral, ético, certo, errado, justo, verdadeiro, falso, bom, mau, enfim muitos outros atributos disseminados pela sociedade como normas de conduta, ou seja, como ela podia achar que é errado prostituir-se para se drogar , quando era prostituía por seu “pai” , para preservar a vida. Quem culpar? Podemos simplesmente culpar o Estado, sim o Estado, afinal o guarda florestal representa a autoridade do Estado, se ele tivesse cumprindo suas obrigações e evitado que os caçadores se prostituíssem com jovens e crianças, escravizados pelo uso das drogas, o círculo vicioso se romperia e talvez a Chapeuzinho tivesse uma oportunidade. E a vovó, bem a vovó não tem nada a ver com isso, a única coisa que fez foi pedir para Chapeuzinho entregar umas encomendas na cidade, algumas pedras de Crak e alguns papelotes de cocaína. Talvez você não soubesse, mas a “boca de fumo da Vovó” era a mais freqüentada pelos usuários da cidade, e de vez em quando, Chapeuzinho era chamada para entregar droga a domicílio, em troca de alguns míseros trocados. Mas logo a vovó descobriu que Chapeuzinho estava viciada, desde então a menina que gentilmente levava docinhos para a vovó, perdeu sua serventia.

Bem, podemos também isentá-los da culpa e fazer como eles, vamos culpar o “Lobo”, afinal ele é um animal. Ele ameaça seus filhotes e parceiras e às vezes até come as suas crias. Também se escondem em arbustos para atacar e comer crianças desavisadas e depois desculpar-se dizendo que estava apenas caçando. Agride velhinhas inocentes, que não fazem mal algum e ainda rouba a inocência dela. Vocês podem também ignorar toda esta história e simplesmente dizer que tudo não passa de um faz de conta, que isto não é real. Pois não existem pais que estupram filhas, que não existem mães que se prostituem para manter a família, que não existem vovós que aliciam netinhas a se tornarem traficantes, que não existem homens que dizem vou caçar ou pescar e fomentam o mercado da prostituição infantil, não existem autoridades que são coniventes com todo o tipo de crime por dinheiro. E também que neste momento não existem milhares de crianças e jovens se prostituindo para manter o vício. Claro que se por ventura você se convencer de que isto não é um simples faz de conta, e que estas coisas podem existir realmente, não faça como eles, que apenas se preocupam em achar um culpado. Mas se esta história não fez você refletir, reavaliar seus conceitos e ainda quiser um culpado, aceite minha sugestão, culpe o Lobo!

Atenciosamente: Ass. Lobo.

Foto de Edevânio

UM NOVO MUNDO NO CAMINHO DAS ÍNDIAS

Edevânio Francisconi Arceno

AUPEX-UNIASSELVI

Estamos impressionados com os avanços tecnológicos, então indagamos onde o Homem vai parar? Acreditamos que a pergunta razoável seria: Onde o Homem quer parar? Dizemos isso porque cada dia mais limites são superados e quem afirmar categoricamente que a morte é o limite para o Homem, corre o risco mais tarde ser reconhecido como o Idiota que limitou a Humanidade. Entenderemos melhor estas afirmações se voltarmos no tempo para analisar as atitudes e estratégias adotadas pelo Homem diante das adversidades.

A convivência em grupo nasceu da necessidade de proteção, em virtude dos predadores. Através desta relação em sociedade, compreenderam que a união não só poderia deixá-los mais fortes tanto para defender-se como para atacar, tornando-se assim também predadores. Quando o Homem conseguiu impor sua superioridade diante das demais espécies, sentiu necessidade da disputa entre si, para descobrir quem é mais sábio ou forte. Desde então a força e o intelecto vem ditando regras entre a humanidade, no intuito de descobrir quem é o mais poderoso. Com o advento da escrita, todas as estratégias adotadas pelo intelecto e as proezas realizadas através da força, foram sendo registradas, propiciando ao Homem, aquilo que conceituamos progresso.

O Homem se organizou em Estado, após viver anos como sociedade tribal, ainda que existam sociedades tribais semelhantes, o Homem evoluiu, e quando a extensão territorial tentou-lhe impor limites, ele se lançou ao mar. Não demorou muito para perceber que o mar era uma grande oportunidade de ampliar seus poderes, com terras e povos a serem conquistados.

Deste modo os Fenícios, iniciaram aquilo que seria denominado de “Comércio Marítimo”. Segundo a Ilíada de Homero, as rotas comerciais do mediterrâneo foi o verdadeiro motivo de Agamenon ter unido toda a Grécia para lutar contra Tróia do rei Príamo, e não a desonra de Menelau, em virtude da paixão “avassaladora” de Paris e Helena. Por que tanto interesse de Agamenon e tantos outros, em monopolizar as navegações? A resposta parece obvia! Poder, isto mesmo, quem dominasse os mares e as rotas comerciais teriam mais poder sobre os demais. A soberania grega não levaria muito tempo, pois como todo império que se levanta, um dia cai, e assim tem sido durante toda a História.

No período medieval, outros povos dominariam o mediterrâneo, mas nenhum foi tão importante quanto às cidades italianas de Veneza e Gênova, que se transformaram nos centros comerciais mais ricos da Europa. Serviam de ponte entre os consumidores ocidentais e os produtores do oriente. Em virtude dos impostos aduaneiros, as mercadorias eram acrescidas de muitos juros. Depois da tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos, sérias restrições foram impostas ao comércio no mediterrâneo, o que fez encarecer ainda mais as mercadorias. Para uma Europa Feudal, em fase de transição, a situação ficou calamitosa, em virtude da escassez do ouro e demais metais preciosos, o que dificultou ainda mais o comércio. A única alternativa era tentar uma rota comercial alternativa. Mas quem poderia aventurar-se em busca de uma nova rota em meio ao caos urbano, escassez de moedas, êxodo rural e uma eterna queda de braço entre nobres e burgueses?

Este era o Cenário em quase toda a Europa, com exceção de um pequeno país banhado pelo oceano atlântico, que recentemente havia conquistado sua independência e a consolidando com a histórica “Revolução de Avis”, que conduziu ao trono de Portugal D. João I. Este governante conseguiu unir os interesses dos Burgueses e a maioria dos nobres, com total apoio do povo. Isto fez de Portugal, o primeiro Estado nacional da Europa, dando-lhe estabilidade política e econômica necessária para dar inicio a Expansão Marítima, em busca de uma rota alternativa rumo às Índias.

O pioneirismo em navegar em mares nunca d’antes navegados, era antes de tudo uma prova de coragem e do espírito aventureiro deste povo.Pois a navegação em águas desconhecidas eram povoadas de crenças e lendas medievais sobre fabulosos monstros marinhos.Além disto, haviam registros escritos pelo navegador italiano Marco Pólo, com histórias e personagens pra lá de fantásticos. D. Henrique, o terceiro filho de D. João I, fundou a “Escola de Sagres”, onde reuniu a experiência marítima italiana, a ciência herdada dos árabes ao espírito aventureiro do povo português. A primeira investida Lusitana foi à conquista de Ceuta, cidade do norte da África, que era uma importante rota comercial, que mais tarde perdeu seu valor, em virtude da mudança de rota por parte das caravanas árabes.

Depois de Ceuta, foi a vez da Ilha da madeira, em seguida o arquipélago de Açores, e a cada expedição, mais informações eram mapeadas. Após várias tentativas, o navegador Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, um obstáculo à pretensão portuguesa de chegar às Índias. Junto com a gloriosa vitória pelo seu feito, Gil Eanes desembarca em Portugal com a embarcação cheia de negros, para serem vendidos como escravos, tornando-se uma mercadoria muito lucrativa.

Bartolomeu Dias traz para Portugal, a travessia do Cabo da Tormenta, que para o Rei, nada mais é que a Boa Esperança, de que a Índia está próxima. Instituindo Feitorias e demarcando o litoral africano para a glória de Portugal, Vasco da Gama chega com sua expedição a Calicute. Apesar de não ter êxito no contato diplomático com o Rajá (Governante) daquela cidade Indiana, Vasco da Gama oficializa a abertura de uma rota alternativa às Especiarias. Veja a narração de um trecho do poema “Os Lusíadas”, de Camões ao avistar Calicute:

Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergavam terra alta, pela proa.
Já fora de tormentas e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto melindano:
-Terra é de Calicute, se não me engano;
(RODRIGUE, apud Camões. p.103)

Nos relatos registrados no diário de bordo, Vasco da Gama faz menção de que ao afastar-se da costa africana em direção ao leste, percebeu a presença de aves, o que dava indícios da existência de terra não distante dali. (SOUZA; SAYÃO, apud Bueno, p.26)

No dia 08 de março de 1500, a maior e mais poderosa frota de Portugal, comandada pelo jovem fidalgo Pedro Álvares Cabral, composta por mais de 1.500 homens distribuídos nas dez naus e três caravelas, saiu em direção à Índia. Cabral afastou-se em direção leste da rota demarcada por Vasco da Gama. A mudança de itinerário causa polêmica até hoje, afinal, esta mudança foi proposital ou casual? Se foi prevista ou não, se houve tempestade ou não, estas respostas ficaram para sempre no campo das especulações, até que o Homem crie uma “Máquina do Tempo”e retorne até 22 de abril de 1500, dia que Cabral avista a Ilha de Vera Cruz, o nosso Brasil! Dez dias depois, ele retoma sua rota para a Índia, onde fez acordos comerciais muito lucrativos para Portugal e o Mundo.

Logo o pioneirismo português, faria seguidores. Os Espanhóis chegaram a América, sob o comando de Cristóvão Colombo, pois assim como Vasco da Gama, procurava um caminho alternativo para as Índias. Em seguida foram os Ingleses, Franceses, Flamengos e Holandeses. Ao dominar águas estranhas surgiram novas terras, que também foram dominadas, muitos mitos foram colocados abaixo e um novo mundo se formou.

Há muitas terras ainda a serem conquistadas, afinal a nossa Via Láctea, é apenas uma entre muitas, há ainda vários planetas a serem explorados e também novos povos ou seres a serem encontrados. Analisando o retrospecto do Homem, você dúvida que isto acontecerá?

REFERÊNCIAS

RODRIGUE, Joelza Ester. A História em Documento. 6ª Série. São Paulo. Ftd, 2006.

SOUZA, Evandro André; SAYÃO Thiago Juliano. História do Brasil Colonial. Indaial: ASSELVI, 2007.

Foto de POETAREMOS

Rosa morena

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Rosa morena

Ao vender diamantes
Morenice dos risos
Feito sereia de asas
Não depende do mar
Muito antes da saudade
Amarelo era o lugar
De cantos de encantos
Chegadas e idas
Flores e cravos de espelhos
Influências no balcão
Um olhar vale o perigo
De silenciar a razão
E partir ao nada
Rumo à loucura sem freio
A testemunhar no jardim
Os passos sincronizados
Com aval das deixas
A sereia muito após
Longas passadas de sol
Bateu na fonte do ciúme
Com finalização de unhas
Deslizaram na pele em uso
Com respiração ofegante
O olhar marcou datas
De encontros de lua
Um convite rasgou o tempo
Mais uma vez o olhar
De uma situação de deixas
Abonada pelo destino
Os segundos apadrinhou
Os fatos desta cena
De tão real ao sonho
É proibido tocar
Bastou mais a noite
Mais calor nos atos
Já no jardim dos encontros
A curiosidade e o cio
De uma entrega plena
Ignorando os presentes
Rumar ao bel prazer
A renúncia desta opção
Clara demais aos surdos
Nesta cegueira de permissão
Sem somar nada ao nada
A porta destrancada
Anunciava o convite molhado
Já elaborado muito antes
E deste que por capricho
A sereia morena de presente
Embalada na casa quimera
O prazer selvagem em espera
Fez render contradições
No jardim a rosa
Pode valer menos.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ADOLF O EGOCÊNTRICO

ADOLF O EGOCÊNTRICO

O mundo gira em torno de mim
A linha imaginária da razão
Em minhas mãos estão decalcadas
Sinto-me senhor da situação
E quanto aos opróbrios desta vida
Morrerão de sede em seu próprio cálice
E aos opiônamos de raciocínios minados
Desaparecerão na onipotência de seus atos
E quanto a mim, estarei no mais alto degrau da soberba...
Aplaudindo os fracos
No divertido campo de concentração
As lamentações estarão atentas os meus ouvidos
Equilibrei-me na linha imaginária do equador
Dividindo povos, opiniões e vontades...
Escrevi uma história que beneficiava uma nação
E ditei em voz alta as minhas boas intenções
Poucos compreendem o romantismo do poder
A importância do nazismo, o orgasmo do sofrer...
Crucificam um gênio, ressuscitam um mártir...
Um Deus ou um demônio, tanto faz...
Meu nome ainda aparece nos jornais
E pleiteia no coração de jovens ambiciosos
Tudo isso lhe darei se tão somente prostrares
Ainda sobrevivo nas melhores intenções políticas
Ainda respiro nas entranhas narinas da mídia
Dá-me tua consciência e terás o gueto aos seus pés
Seis milhões de almas agonizando em um chuveiro de gás
Um dia todas as atenções estiveram voltadas a mim
Talvez você não perceba, ainda falo contigo no sofá da tua casa.

Esta Ideologia ou Pensamento é meramente ilustrada na criação do Autor
Não havendo nenhuma opinião de seu caráter seja ele social ou político.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2002 no dia 27 / Itaquaquecetuba ( SP )

Foto de pttuii

Interior I

Um crime poderá estar prestes a acontecer. Em princípio, não será uma coisa mediática. As coisas acontecerão porque, simplesmente, o epílogo terá de ser esse. O autor não deve ainda fazer prognósticos sobre o modus operandi do alegado homicídio, porque na prática ainda não estão reunidas as condições para descrever uma situação que constitui sempre o último recurso da demonstração da animalidade humana.

A sala onde se adivinha semelhante desfecho é esparsa. Pintada de um branco reflector, com uma génese criadora de epilepsia, não terá mais que 10 metros quadrados. Trata-se de uma repartição de atendimento público, situada numa localidade do interior do país.

São três e 15 da tarde, e lá fora venta como se esperava de um dia de início de ano. Chuva adivinha-se, mas por enquanto está contida por entre o negrume das nuvens agrupadas em posição ofensiva.
Uma senhora, dos seus 40 e poucos anos, impõe a si própria um regime de calma auto-inflingida. Poderá ter a ver com a fila de cidadãos que se acotovelam no parco e sufocante espaço.

Mas não é de descartar que a senhora esteja a braços com uma situação de violência psicológica de índole doméstica, já que segundo as pesquisas prévias a esta dissertação, a localidade em causa ocupa um lugar de destaque nas queixas policiais apresentadas por mulheres de meia idade.
Faltam menos de 48 horas para terminar o prazo burocrático de entrega dos impressos de cobrança do imposto sobre o rendimento do trabalho, e a ansiedade colectiva forma uma nuvem espessa, difícil de contentar, e ainda mais complicada de controlar. A uma supremacia de idosos, respondem dois jovens, aparentando uma vida com duas dezenas de anos.
O ar taciturno e irritado que demonstram, revela que estarão ali para fazer o 'português' recado a uma pessoa de família. Uma jovem contenta-se a tilintar o piercing que pende de duas narinas aquilinas, e com uns laivos judaicos. Uma gabardine preta, tão densamente negra que contrasta com o politicamente correcto ambiente, oculta um corpo que se auto-esconde de olhares reprovadores. A jovem mulher terá tentado fazer uma demonstração recente de independência perante os progenitores, uma vez que tem o cabelo quase rapado. Os olhares de reprovação que a cercam num ataque quase 'Juliocesariano', aparentemente não a incomodam. (continua)

Foto de AnJuU BoOm

A Solidão....

Solidão...

Quem gosta da solidão?
Acho q a solidão só é bem vinda por pessoas perturbadas mentalmente!
A palavra SOLIDÃO, já é algo que nos assusta!
Ninguém em sã consciência gostaria de estar sozinho!
Vou usar alguns exemplos:
Eu por exemplo odeio ficar sozinho...
Quando digo ficar sozinho significa: sem família, amigos, uma pessoa que esteja do meu lado nos meus momentos ruins e nos meus melhores momentos, uma namorada no caso...
Não suporto admitir que não consigo fazer alguém feliz!

A solidão é conseqüência da insegurança
Uma pessoa insegura se torna solitária!
Ela acha que incapaz de fazer algo que alguém possa gostar, ela mesmo se acha uma pessoa desagradável!
Quando a pessoa esta com sua auto-estima lá embaixo, é impossível realmente que ela consiga reverter essa situação!
Por isso digo que só quem gosta da solidão são pessoas perturbadas mentalmente!

A solidão só e bem vinda quando precisamos de um tempo pra gente!
Como esse meu agora, momento de reflexão...
Mais mesmo assim me confortaria mais se olhasse pra cama e estivesse alguém deitado esperando eu terminar meu momento de reflexão...Rsrsrsrsrs...

Resumindo tudo...A solidão nunca é bem vinda...
Não seja uma pessoa solitária! Reservada talvez, mais solitária nunca!
Você não é obrigada (o) a sorrir e estar com seu pleno humor na flor da pele sempre...!
Mais você também não precisa ser uma pessoa amarga, ranzinza, chata....
Seja sociável... Que a SOLIDÃO nunca lhe fará uma visita inesperada...!!!

M.Vinícius AnJuU BoOm

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