Silêncio

Foto de NiKKo

Silencio sem eco.

Quero estar um pouco a sós e sentir no silêncio
a sua lembrança em forma de voz dentro de mim.
Quero rever em meus pensamentos a sua imagem
e destruir a saudade que na minha vida quer por fim

Quero voltar a sentir vivas tantas emoções
que eu pensava não poder mais existir.
Quero deixar a minha vida pulsar ao sabor do vento
e na sua direção de minha fantasia seguir.

Quero olhar o mar de uma maneira renovada
e nas suas ondas embalar minha imaginação.
Quero abrir minhas asas e aquecer-me ao sol,
seguir sem medo os ditames do meu coração.

Sei que a vida não vai me separar de você
e em um céu privado junto com você eu quero ir.
Pois eu aprendi que colhemos o que plantamos
por isso hoje em silencio, mais eu posso me ouvir.

Mas o silencio não me incomoda nenhum pouco
a não ser que faça eco dentro de mim.
Assim eu sigo minha vida tranqüila e serena.
Sou como sou e aprendi a gostar de mim.

Foto de Joaninhavoa

MEU AMOR, EU SONHEI?

*
Eu sonhei?
*
*

Andam uns gritos no ar a chamar
pl`o amor
São gritos nus e crus desesperados
de dor
Eu assisto em silêncio. Eu já não sei
gritar
Só sei que consigo sussurrar...

É no silêncio da noite sapientíssimo,
quando tudo parece estar tranquilíssimo
Levitando me levanto e um deserto
de caules
Sem uma única rosa plantada nos
vales

Vejo! E olho à esquerda, à direita,
a Sul e a Norte
Óh! Roda das rosas da sorte
Mas eu tinha sonhado com campos de flores

Flores muitas flores de todas as cores, múltiplas
Coloridas. Rosas muitas rosas, túlipas, papoilas
Girassóis, malmequeres, lembro as belas Orquídeas

Meus amores…

Joaninhavoa,
In “O Meu Amor”
12 de Agosto de 2008

Foto de fer.car

O TEMPO

Tempo de viver, de saciar a vontade de simplesmente ser
Ser além de si mesmo, além do planejado
Voar por céus, mundos, espaços
E acabar em seus olhos me perdendo novamente
Tempo de dizer que já não creio mais que não haja chance
Chance de ser o que queremos ser
De viver nossa história tantas vezes cancelada...
Tantas vezes cortada ao meio

O medo foi-se, a barreira quebrou-se
O tempo passou lentamente, hoje passa velozmente
Não se revive de passado, mas no presente reacendemos
Renasce o amor, em suas árduas lembranças
Ainda resta o licor, o início de tudo, o meio, talvez o fim
Um fim que nem sequer teve, antes mesmo de o amor cessar
Mas o vejo frente a frente e o que sinto pulsa em mim
E o instante parou naquele momento, exato momento
O último toque, a saudade, a ausência, o tempo...
O tempo, ele como tudo que houve passou
Mas não calou aquilo que nem e nem você conseguimos
Quebrar, sanar, saciar, apagar
o AMOR

O tempo é o nosso retrato
É nosso destino sermos isso
O calar, o pulsar, o amor, ...
Onde foi que paramos?
Em que momento a música parou de tocar
Tocar a corda de nossos corações?
Qual foi o dia em que deixei de te olhar?
Por que desistiu tão facilmente, mesmo a desejar?
O silêncio nos matou lentamente
O silêncio de anos escondendo, encobrindo nosso estranho
Louco, desvairado amor

Um fim que nem sequer teve, antes mesmo de o amor cessar
Mas o vejo frente a frente e o que sinto pulsa em mim
E o instante parou naquele momento, exato momento
O último toque, a saudade, a ausência, o tempo...
O tempo, ele como tudo que houve passou
Mas não calou aquilo que nem e nem você conseguimos
Quebrar, sanar, saciar, apagar
o AMOR
o Tempo
E todo amor tem o seu tempo
E nosso tempo como não findou?
Eis o amor

Autoria: FERNANDA CARNEIRO

Foto de Darsham

O Retorno das Letras

Na ânsia absurda e desesperada de querer escrever, de querer soltar de mim o que só as palavras sabem dizer, bloqueio…
No silêncio das letras me escondo, me agacho, me prendo, sufoco e grito…
- Vem a mim tudo o que deixo escorrer entre os dedos, tudo o que permito que levem de mim…
Procuro numa busca incessante e angustiante em cada pedacinho do meu ser, aquilo que os meus olhos não me deixam ver..
Levo e relevo, os dias, as horas, o tempo, o meio tempo, num contratempo...
Dou o dito pelo não dito e desdito ...
Afinal quem sou eu?
Afinal onde pertenço? Não encontro consenso…
Perco-me entre sons perdidos, que não entendo…
O coração combalido coxeia e quase cai…
A incerteza e a indecisão prendo e apreendo…
Não sei para onde esta vida vai…
Afinal, o pano cai…
Afinal sou quem sempre fui…
Afinal não me perdi de mim…
Afinal as palavras flúem como sempre…
Afinal encontro o caminho perdido entre os mares do vazio...
Afinal sou voz…porta-voz...
Afinal sou letra soletrada...
Afinal encontro-me agachada nos medos conspurcados, adormecidos e banidos...
Afinal sou vida vivida, encontrada, agarrada
Afinal sou simplesmente mais um pouco de tinta num oceano de letras…
Letras que falam...
Que gritam...
Que dizem...
Que transformam...
Que constroem...
Que vociferam verdades cruas, absolutas e nunca diminutas…
Afinal basta chamar para me encontrar, pois se num mundo não estou, noutro estarei...
A porta fica aberta…sempre…para sempre…
…e assim…sonharei…

Foto de Teresa Cordioli

PICOLÉ E BEIJINHO... em um caso verídico...

*
PICOLÉ E BEIJINHO...
Teresa Cordioli
*

PICOLÉ E BEIJINHO...

Entrando em uma sala
vi muitas cadeiras pretas estofadas,
aquelas que assim não eram
é porque estavam desbotadas, mas todas ocupadas..

Fiquei observando em silêncio
As moças de branco, andando de um lado para outro
com agulhas, garrotes e soros nas mãos..
no rosto, cada uma esboçava um sorriso que mostrava o coração.

Enquanto uma pessoa que estava ali sentada, chorava
o restante da sala sorria.. mostrando alegria.
A que chorava, o marido à abraçava.
as que riam, para o centro da sala olhavam.

Também olhei e vi uma moçoila vestida de boneca
que trazia em seus lábios pintados, um coração desenhado,
fazia com sua graça e magia, aquele ambiente radiar de alegria.
Para todos, distribuía um lindo beijo estalado,
“Beijinho” é o seu nome, o qual anda com Carol lado a lado...
E digo muito bem acompanhado.

Depois vi alguém que minha atenção chamou.
- Quem será aquele homem ali a falar?
Todos a olhar, rir e até com olhos a lagrimar....
Suas roupas eram estranhas, rosto pintado nariz embolado.

Ele de costa, eu sem entender nada, me perguntava:
Quem será aquele homem? Que se mostra tão pouco,
com tamanho poder de chamar atenção?
Um simples homem? Não!!!
Palhaço? Não.....
é um louco!!!!

Tão louco, que está ai a falar e encantar, pessoas totalmente desconhecidas
mesmo com sinais de cabelos brancos deixa vazia em sua casa
uma cadeira de balanço e sua rede de descanso.
Dentes perfeitos, pele bonita, homem inteligente,
pelo seu falar parece ser gente de escrita, um poeta!

De repente ele tirou de uma sacola
flores de plástico e uma caixa surpresa
contendo lindas frases de amor e de fé.
Simplesmente um pequeno gesto de nobreza
diante de tanta dor e tristeza.

Encostou-se no canto de uma maca e fez mágica
com seus apetrechos mostrava destreza...
Suas mãos eram rápidas e leves,
os velhos olhavam desconfiados,
os mais novos querendo pegar o fio da meada como se diz.

Mas me pergunto ainda: - Porque me olhas assim?
Perto de ti nada tenho a dar, apenas te admirar!
Pergunto novamente: Quem foi aquele homem? O louco...
Tão belo ainda, dentre seus traços
já distantes da sua juventude?
Para que hoje venha a praticar tão bela atitude?

Isso é o que menos importa...
Fez mágica, piadas contou, dança ensinou,
Viola (de mentirinha tocou)
até um breve sapateado arriscou...

Eu sou o PICOLÉ gritou.....E vocês que são?
Vamos ouvir o que ele fala, pois neste instante
Ele nos fala ao coração:
Declamando tão bela poesia confirmou sua sabedoria...

Assim ele acompanhado de seu coração declamou:

“Quando você colocar o amor em primeiro lugar,
Nem o medo, nem a vergonha, nem a dúvida, nem o desânimo, nem a preguiça,
Nada deixará você parar ....

Quando você colocar o amor em primeiro lugar,
As regras, as convenções, os que as pessoas irão dizer ou pensar
Nada vai me importar ....

Quando você colocar o amor em primeiro lugar,
Você abrirá mão de algumas horas de seu descanso
Vestirá esta roupa colorida, irá se maquiar, colocara este nariz de palhaço
E se transformará, tentando levar alegria e esperança a pessoas que eu nunca vi, não sei como se chamam , nem onde moram, e muito menos que idade tem ,

E se um dia vocês me encontrarem na rua , com certeza não me reconhecerão....
Mas ao me lembrar da sensação que senti em receber o teu sorriso , nem que tenha sido somente o sorriso do teu olhar,
Vou ter a certeza, convicta de coração, que valeu a pena ter estado aqui estes poucos minutos, junto a vocês, e colocado o meu amor em primeiro lugar....”

Autora : TELMA LOTIERZO

Com o rosto cheio de lágrimas, eu o abracei, nos apresentamos, e conhecemos mais um pouco deste Sr. ANTONIO CARLOS GOMES, que é o palhaço PICOLÉ, e da Beijinho que é a Carolina.
Eles fazem um trabalho maravilhoso junto aos hospitais, é um trabalho voluntário, sem fins lucrativos, e mantido pelos participantes e algumas doações. É uma empresa séria, podem até ser visitada aqui. www.hospitalhacos.org.br .
Fiquei encantada com tanta dedicação e doação, a doação do tempo, do amor, da caridade, esta é a verdadeira doação, muito maior que muitos milhões de reais. Ali dentro havia apenas pessoas necessitadas. Necessitadas de carinho, de amor, de afeto, de saúde, e muito, muito de calor humano.
Dentre os ali presentes estavam dos mais simples aos mais cultos, mas nesta hora não existe diferença, todos se tornam um, suas dores, suas dúvidas, seus medos, angustias, são uma só, “a esperança”. Todos ou a maioria passam por 3 a 4 horas de quimioterapia, de dores e ânsias, posso até garantir que ninguém viu o tempo passar, muito menos sentiram dores e as ânsias costumeiras, porque os “palhaços” não deram tempo de alguém pensar, fizeram uso de sabedoria nas suas palavras passavam tanta serenidade e confiança que ninguém mais chorou, ninguém também reclamou...
Então neste momento eu apresento a todos vocês leitores, o palhaço PICOLÈ, Sr. Antonio Carlos Gomes, O AMOR EM FORMA DE GENTE....... nada de louco.
A palhaça BEIJINHO, Carol, que transforma o ambiente, jogando seus beijos em forma de coração (lindo mesmo) e o estalo é especial...rsrsrsr. À boneca coração, deixo aqui meu beijo, que esta mocinha, cresça com este coração lindo, não apenas desenhado em sua boca, mas também, que ele continue tatuado em seu peito.

“...Um dia no Hospital da UNICAMP, na secção de quimioterapia acompanhando meu marido...” que faleceu em seguida... fevereiro de 2005.
Teresa Cordioli.

Foto de Sirlei Passolongo

Quando me olha

Quando me olha
Deixa-me
nua

O desejo em mim
tatua...

Faz queimar
minha pele.

Tira-me o chão...

Quando me olha
em silêncio
minha boca te implora.

Me segura pelas mãos.

Trêmula
minha voz cala

Antes que me dê conta
meu corpo avassala.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de DeusaII

Sinto Falta...

Sinto falta das tuas mãos,
A percorrerem o meu corpo.
Do toque macio e quente da tua pele,
Dos teus beijos,
Que penetram na minha alma.
Sinto falta dos sussurros,
Murmurados em silêncio.
Do teu respirar acelerado,
Dos movimentos do teu corpo,
Como se dançasse ao som de uma melodia.
Sinto falta de cada pedacinho teu,
De cada bocadinho do teu coração.
Ah! Meu meu amor,
Se eu soubesse como sobreviver a esta ânsia louca
De te ter sempre comigo,
A este ritmo descompassado
Que atordoa-me a alma,
Provavelmente saberia como viver
sem uma parte do meu ser.
Mas não posso viver pela metade,
Meu amor.
Por isso vou ficando assim,
Neste estado já meio morto.
Nesta dor que me rasga o peito,
Até de novo te encontrar!

Foto de Paulo Gondim

Vigília

VIGÍLIA
Paulo Gondim
04/08/2008

Que me escutem os pássaros, o vento, o ar
Já que insistes em não me escutar
Que meu clamor chegue às nuvens, ao infinito
Quem sabe, assim, escutarás meu grito

Que venha a mim o silêncio da noite, o luar
Como companhia na minha solidão
Na vigília longa de tanto te esperar
No tormento insólito de minha solidão

Que me leve a ti o frio e gelado vento
Das noites úmidas de meu íntimo outono
No assobio dessa brisa leve, no açoite lento
Que me corta alma no meu abandono

Que me venha o sono, ora tão distante
Para que descanse minha alma triste
E quem sabe sonhe em forma de calmante
Para um coração que amar ainda insiste

Foto de vanessa a poesia e eu

saio correndo

Meu anjo

Escrevo-te esta carta para lhe falar sobre amor.
É sobre amor! Paixão desenfreada que não me deixa dormi,
Que não me deixa viver.
Paixão a qual descobrir quando olhei em teus olhos
Paixão que de tão grande quase não me cabe no peito
Paixão da qual venho lhe falar.
Talvez você não acredite, mas há algum tempo atrás,
Quando te vi pela primeira vez senti meu coração bater forte,
Minhas mãos soarem frias e naquela noite mal dormi
Pensando em você!
Eu não te conhecia, não sabia teu nome, nem mesmo quem era,
Mas, uma coisa eu sabia; sabia que precisava ver você de novo,
Saber quem eras de onde vinha pra onde ia.
Então decidi mesmo com toda a minha timidez que ia lhe procurar,
Falar com você de inicio não tive coragem ficava te olhando de longe,
Morrendo de ciúmes confesso das garotas que te olhavam que falavam com você.
Mas na manha de segunda feira foi diferente,
Arrumei-me, criei coragem e sai, mas...
Nossa!
Será? Não podia ser era você e aquela garota! juntos!
Não agüentei sai correndo em busca de um lugar aonde pudesse chorar!
Eu mal acreditava no que havia visto, era...
Era... Horrível! Pensei que minha vida tinha se acabado,
Com o tempo fui me consolando, mas quando te via passar com ela,
Meu mundo desabava e eu boba ainda te amava!
Mas, como podia ser? Eu não devia te amar, você não me amava!
Para a minha alegria um dia vocês brigaram e eu ali da janela ouvi tudo,
Ouvi quando ela disse que estava tudo acabado!
Meu coração vibrava e mais uma vez eu fui criei coragem e quando te vi, ali,
Sentado... Mas você estava chorando! Sentei-me do teu lado e perguntei o que
Estava acontecendo você disse que tinha se separado da pessoa que amava!
E que ela disse que amava outro!
Da pra acreditar você disse que a amava! Segurei as lagrimas em sua frente,
Fiz-me de forte e disse com o coração partindo de dor e de raiva:
_Talvez assim você sinta o que eu sinto ao ouvi você falar que a ama!
De repente! Um silêncio; olhos nos olhos...
Sua mão segura a minha e... e você olha para mim e diz:
_ha...! Sinto muito, mas... Eu a amo!
Pobre de mim que mais uma vez saio correndo pelo pátio da escola em busca
Do banheiro o único lugar onde poderia chorar em paz.
O tempo mais uma vez e meu único companheiro!
E hoje vou passar, e te entregar esta carta, mas talvez quando você,
A entender eu já tenha mais uma vez saído correndo, mas não para um lugar onde possa chorar e sim para onde possa te esquecer!

Foto de Rose Felliciano

MEU PAI

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.
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.

"É o amor que pousou na terra
A face mais bela da poesia
A calmaria pós tempestade
A saudade que não se descreve...

No silêncio és minha prece
E até parece que posso tocá-lo...
Só após teus carinhos me calo
E então me ponho a dormir...

Sou uma criança que ainda te chama
Quer teus conselhos, os brinquedos...
E o beijo de boa noite na cama

Dizer-te do meu amor, do meu orgulho
Por ter tido o melhor PAI desse mundo
E conhecido o valor de quem AMA" (Rose Felliciano)

.

*Mantenha a autoria do Poema*

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