Silêncio

Foto de DENISE SEVERGNINI

A VOZ DO TEU SILÊNCIO

A VOZ DO TEU SILÊNCIO

A ausência de sons incendeia meus tímpanos
Como se a implorar fossem pela tua presença

Nem tua sombra aparece revestida em panos
E o aquietamento de teus lábios é descrença

Mesmo distante, ainda, causas incuráveis danos
Rezo outras cartilhas, aparto tuas desavenças

Visto templos de deuses pagãos e tão profanos
Não distingo entre tantos credos, a tua herança

Eu regulo minha exatidão... Teu silêncio me beija!

E os lábios sorvem a saudade, doce-fel mortal

Ainda sou aquela alma açoitada e mui andeja...

Quero festa com acordes musicais em brados

Renúncias, dissabores... Esquecidos em festival

Para que tua foto seja colada em outros quadros.

Denise Severgnini

Foto de Edson Cumbane

Viola da minh`alma

A viola da minh`alma
retumbila em jeito de introdução
ressuscita as tristezas do meu coração
tenha calma minha alma
é simplesmente música!
Música do meu sofrimento

que veio atormentar as dez maneiras
que eu não tenho de entristecer
que eu nem sei quais são,
simplesmente as sussurou meu coração!

Há vida, música desprovida de sorte
que de sorte me conduz a não-morte
que de morte finge sofrer
fingindo simplesmente viver
auto-designando-se de vida!

É esta música que escuto
dentro de dentro de mim
no meu mais íntimo impossível
tentando eu, entristecer o inentristecível
querendo não dar atenção
a música que toca no meu coração

lá apareço eu e zás!
O silêncio toma-me conta.
O que houve afinal de contas?
Desvairadas lembranças tornaram
as minhas entristizadas penúrias
sentimentais em música o meu pesar?
Pesar por esta triste vivência
que me fez ver o Homem não pesar:
amor e ódio, alegria e tristeza

e assim disto criou-se o desbalanço
que faz do Homem um verdadeiro aço!
Posso de maldades irracionais
emboscadas no que se diz racional!
O que é afinal?
Terror humanitizado no que de civilizado se chama?
Arrogância do saber imprioritário?
Pecado, a morte do salário?
Sim, porque há por aí justificações
insanificadas que fazem um trabalhador
não receber o seu nobre salário! Justificação:
morreu o salário devido a crise!
Sim, a tal crise financeira
causada por vírus de insanidade
Humana com intenções de racional!

Por infinalidade, a viola da minh`alma
Se cala e assim termina
esta impoetifisciência ciência
da minha nobre alma poetificada!

Foto de maria guimaraes

o que eu fiz hoje

Lisboa cidade de luz, envolta em historia.
Caminhei pelas suas ruas silênciosas e descuidadas...
Pobre Lisboa, tão bela, e sedutora, mas vazia de vida...
Onde andam as pessoas que te vizitavam? Os turistas que te amavam e agora viram-te as costas, correm por outras terras, Paris, Londres, Madrid...
Lisboa,tão linda, mas tão mal cuidada... Com tanta história, com ruas por onde caminharam santos, poetas, pintores. Lisboa boemia do fado da guitarra,do Bairro Alto, Alfama, Mouraria. Com a Baixa do marquês....
Que fizeram de ti Lisboa, se até querem fechar o Martinho....
Canto onde Pessoa escreveu e conviveu com Almada,Santa Rita Pintor, Mario Sá Carneiro... Eu sei lá!.....
Que fizeram de ti Lisboa, que de fora ninguem te procura, não te vizita.
Algo precisa de mudar, abrir as portas do Tejo, limpar as ruas,trazer vida, animação, espectaculos, teatro muisica... mosrar lá fora quanto és bonita e afavel.

Fim de tarde. O sol escondeu-se entre as nuvens..
Abro a janela o vento morno roça meus cabelos, e trás-me aromas de mar...
Vivo aqui numa terra de mar e pescadores, terra pequena e perfumada de maresia...
Á tardinha quando os barcos chegam á praia, os pescaderes levam o peixe para ser vendido pelos muitos restaurantes da terra, onde se come o melhor peixe acabado de pescar...
Paço d'Arcos é a terra de que falo, com gaivotas e cheiro a mar..

Vai caindo o Agosto... O sol ainda doira os campos.
A cidade refresca-se entre os chafarizes dos bairros populares, e as fontes e repuxos pelo resto da cidade.
Quando a noite cai, acendem-se uma a uma as janelas de cada predio, de cada casa, como olhos mirando o entardecer.
Nas ruas caminham apressados os que ficaram, os que não partiram, não tiveram ferias...
Há alguns turistas virando as esquinas, brancos da cor das terras frias de onde vieram... colhem o sol com um prazer quase sensual...
Olham com olhos espantados e mapa na mão as ruas e vielas estreitas onde a noite corre. Uma brisa morna vinda do lado do Tejo, trás o som de uma guitarra... A alma pára ali ao som da saudade, no trinado de uma voz de mulher que chora em versos de amor, um amor perdido...
Noite a dentro: Silêncio, calam-se todos os sons, só o Tejo regorjeia no seu eterno marulhar...

MUSICA E MEMORIAS

Falar de mim, quem sou? Sou momentos após momentos, agora sou saudade e recordação...
´Há uma musica rolando pela sala... calma, cadênciada, nostalgica, falando de amor, de saudade , de Ipanema, da garota de Ipanema... Vinicius!...
Solta-se o pensamento, corro em busca de memórias, saio de mim volto ao passado, ao RIO á CIDADE MARAVILHOSA... aos meus 16 anos, aos sonhos que sonhei... sinto o sol quente de Copacabana, toco a areia da praia, sinto no rosto os pingos de espuma desse mar que se desfaz aos pés do CRISTO REDENTOR...
Solto-me ao vento da saudade, e fico lá não querendo acordar

PERGUNTA?........

Há dias vim até aqui, onde antes estiveram os meus poemas havia um vazio... que aconteceu?
Erro meu? Não, não creio.
Fica um aviso a todos que aqui passam cuidado porque em algum momento podem ter uma surpresa como a minha... Principalmente se o trabalho apresentado for bom!.......

Foto de Diego Nobre

O Meu Mundo

Eu não durmo a noite
E pela manhã sinto sono
E meus dias são noites
E minhas noites são dias
Minhas tardes sonhos
A madrugada é solitária
E nela que entro no meu mundo
Que consigo sentir que estou vivo
O silêncio é o som de entrada
Todos dormem...
É assim que começa
Meu jardim escuro floresce
No preto e branco, vejo cores
E no vazio aprendo
Converso com minha alma
Tento escutar Deus
Faço planos
Estabeleço metas
E penso no amor
Este, que parece estar distante de mim
Dormir quando o mundo parece ser só seu
É perder a oportunidade de sentir vc no mundo
Sinto sono quando pareço ser mais um
E por mais que a madrugada seja solitária
É melhor que um dia cheio de pessoas ao seu redor
Passando por vc sem ao menos lhe desejar “Bom Dia”

Foto de Diego Nobre

Expirar

No silêncio atmosférico, no âmago existencial de minha alma
Há esse corrupto medo da penada circunstância colateral
Uma germanidade transcendental embutida como um parasita
Visão terrifica de algum ponto pretérito de minha vida recorrente
Um fantasma colossal que eficazmente sufoca minha contínua vida
Prevejo meu descanso coberto por súplicas em me livrar
De uma vida evanescente e perturbadora “loucura”
E neste dia fecharei meus olhos irrevogavelmente!

Por: Diego Nobre
em: 04/08/2009 as 02:54

Foto de Susilene Thomson

Silêncio

Talvez hoje não entenda meu silêncio
E minha ausência aparentemente sem motivos
Possa causar estranhezas
Entenda que não foi covardia
Nem medo de prosseguir
Os sentimentos guardados em meu peito, somente Deus pode testemunhar
As lutas para seguir têm sido tão árduas e intensas que em momentos tenho perdido a ciência do que sou e do que me fiz
Projetei em palavras corretas e sorrisos perfeitos o que achei coerente ao que esperavam de mim
E me vi sozinha com meus fantasmas e medos agachada no vazio do meu mundo, esperando que alguém me notasse, ascendesse às luzes me tirando dali
Ofereceram-me velas, de fortes chamas e pouco constantes que se apagavam a cada sopro de vento vindo sobre mim
Tornando este silêncio ainda maior, esfriando todo calor existente no meu ser, e me convidando a sentir o sabor amargo de estar só.
Susilene Thomson

Foto de Sonia Delsin

BEIJO-TE NA SAUDADE

BEIJO-TE NA SAUDADE

Pai, eu queria te beijar.
Pegar tua mão e segurar.
Queria te abraçar fortemente.
Como antigamente.
Queria teu olhar, tuas palavras.
Queria conversar.
Como naquele tempo.
Sob as murtas quanto dialogamos!
Estou lembrando um dia que ficamos acompanhando o desenvolver de um cacho de marimbondos.
De binóculo nas mãos ficávamos a olhar, a olhar, a olhar...
Meu querido, em certas horas eu gostaria de voar.
De ir ao infinito e voltar.
Aqui duas criaturas tão amadas precisam de mim.
Não precisam tanto assim.
Mas eu gosto de com elas estar.
Sabes de quem estou falando.
Pai, eu segui nesta vida amando.
Tu viste meu sofrer?
Viste como ficou insuportável meu viver?
E como eu consegui superar?
Viste, meu querido, que agora estou mais valente?
Será que isto te deixa mais contente?
Eu sempre fui tua filha querida.
E o amor segue depois desta vida?
Eu queria entender o que existe além da porta da morte.
Mas aqui é silêncio... aqui é só para viver e aguardar as respostas depois que morrer.

Foto de MarioC

Há coisas que não se dizem...

Há coisas que não se dizem, sentem-se simplesmente.
Coisas que vão para lá daquilo
Que o olhar comum pode alcançar;
Coisas que não se tocam, mas nos tocam;
Que quando os ouvidos procuram,
Desistem, indignos de algo tão belo;
E se o olfacto tentar captá-las,
Esquece a sua verdadeira essência;
Mesmo quando o paladar almeja degustá-las,
Adormece na sua inocência;
Coisas que se revelam algo maior,
Algo que nenhum dos cinco pode sentir
Algo que é amor;
Não se pode exprimir.

Porque amor é sentido,
Na intensidade de um olhar invisível;
No silêncio de um sussurro inaudível;
É algo que podemos tocar, sendo intocável;
É um cheiro tão puro, que não se fareja;
E que um beijo ingénuo vai entregar
A um coração, numa enorme bandeja.

Falam de um sexto sentido:
Usar o coração para amar e sentir-se amado.
Muitos, já não o têm,
Mas todos nasceram com ele.
Se o perderam? Sem dúvida…

Foto de Cecília Santos

DÁ-ME A ETERNIDADE

DÁ-ME A ETERNIDADE
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Acaricia-me como as águas acariciam as pedras.
Beija-me como a leveza de uma pluma ao vento.
Abraça-me como o elo de uma corrente, que se
une e não se solta.
Olha-me com teu olhar de ternura, como se fosse
o vento a envolver-me.
Toca-me levemente a alma fazendo-me voar calmamente.
Sinta-me em teu corpo como um abrasador desejo.
Silencia-me com tua boca macia.
Aqueça-me como o sol de um lindo verão.
Dá-me a eternidade de um segundo, pra eu te amar.
Dá-me a felicidade infinita, pra que eu possa adormecer
em teus braços.
Dá-me o silêncio da tua alma, pra ficar abraçada à minha.
Dá-me tua vida, por que a minha vida já é tua.

Direitos Reservados
Cecília/SP-07/2009*

Foto de Fagner Boelter

Amor Perfumado

Voei alto em busca de ti
Pintei Arco Iris aclamei de emoção
o brilho da luz refletiu em meu olhar
viajei fui as alturas pra te alcançar

Ouvi tua voz no silêncio da noite
Plantei canteiro de flores ao léu
Criei laços, colori a vida
Salpiquei brilho na lua para iluminar teu céu

Alimentei meus sonhos viajei nas asas do vento
contemplei as estrelas além do horizonte
E como um vento que sopra alcancei teu amor

Fagner Boelter Dias

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