Silêncio

Foto de betimartins

Desenhei-te amor.

Desenhei-te amor.

No meu leito de lençóis brancos
Onde o calor do amor e da paixão
Eu desenhei-te com as cores do amor
Entre beijos e palavras sussurradas
Entre o silêncio da noite, observei-te
Vi cada pedacinho teu, teu peito inquieto
Teu olhar, que quer arrancar de mim
Todo que o tenho e toda a minha alma
Senti cada demonstração do teu amor
Levou-me ao mais belo mundo, um mundo
Que é só nosso, numa cama perfumada
Deixas-te sem rumo, perdida em ti
E perdida eu quis desenhar-te a ti
Desenhar o amor que eu senti
Foi buscar as cores do arco-íris
Trouxe comigo a natureza em bruto
Foi buscar os perfumes do mar
E trouxe o som dos rios a correm
E na minha tela eu, te desenhei feliz!
Pintei estrelas que brilham em mim
No mais belo rasto de luz. Vivo e nosso.
Entre explosões de amor eu descrevi
Aquele que só tu eu podemos sentir
No nosso quadro pintado e único
Bem guardado no nosso coração
Que cada dia continua mais apaixonado...

Foto de Drica Chaves

Impressão de Ontem

Ontem, só ontem tive a impressão do etéreo
como gotas que caem em silêncio
e deságuam no coração...
Ontem eu vi amanhecendo o jasmim
Cheiro de essência amorosa
À beira da janela da vida...
Só ontem a brisa desmanchou os meus cabelos
Aquietando as mechas sentimentais
Revigorando a tez robustecida...
Ontem a maciez da pele se fez sentir
E então admiti o hidratante brilho do olhar
A penetrar fundo no inebriante mundo...
Só ontem fiquei a festejar
A tua dança, a tua chama acesa
Iluminando arestas e frestas a espreitar...
Ontem segui trilhos do trem esperançoso
Na Estação do Tempo
Serenando o abraço-chegada...
Só ontem encontrei o encanto
Há muito viajando outros caminhos
Já por diversos seres conquistados...
Ontem...
Só ontem...
Eu e a lua
Ficamos mudas
Tua boca (em meu sonho) pronunciou as mais belas palavras
Tatuadas na minha presunção...
Ontem, só ontem...

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de Carmen Lúcia

Sobre nós...

Nem um toque...
E por que toques
se te contacto no infinito de meu ser
e te vejo renascer
em cada gesto de carinho
trazido pela brisa do mar
a contornar tua boca
que me beija
e teu corpo que me abraça
e me deseja...

Nem uma palavra...
Só o silêncio.
E por que as vãs palavras
a quebrarem o fascínio do momento,
insano deslumbramento
de uma força tamanha
que nos atrai,
nos alicia,
acaricia...
Palavras, falam nosso olhar.

Sobre nós não há o que dizer.
Não se pode descrever,
apenas sentir
e calar...
Não há como avaliar
o irreal, o surreal.
É algo imensurável
a se perder de vista...
É verdade,
é saudade,
é do sonho a realidade
do artista.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Demo-nos uma pausa...

Inspiremo-nos no descanso divino,
sétimo dia da Criação...
Uma pequena e indispensável pausa
tão fundamental quanto
equilibrar razão e emoção
ou amar até perder a noção...

Ainda que a velocidade do tempo
nos conduza à contramão do vento
e nos permita driblar os contratempos,
pausas se interpõem nos caminhos
e se fazem taxativas, obrigatórias.
A noite é pausa para o silêncio,
a madrugada, para os sonhos,
o frio, pausa infiltrada pelo inverno,
a própria morte, pausa para o descanso eterno.

Sem intervalos a vida corre o risco de extinção.
Porém o desejo de não parar
faz do hoje, alienação,
e do amanhã, frustração,
onde o próprio ser não mais suporta
a falta de tempo e o vazio dos dias
a serem esquecidos,
não fossem os retratos a revelar
lembranças de uma espera malograda,
não relatada, pra não se humilhar ao próximo.
Pausas são preenchidas pela internet e tevê,
que fazem companhia à insônia,
deixando solitário quem dorme.

Sem uma parada a vida corre rápida,
hábil e eficiente,
porém sem perceber a paisagem que passa
e o futuro a se confundir com o presente.

No descanso do sétimo dia
Eis a pergunta que estribilha:
“O que vamos fazer hoje?”
E com certa ansiedade,
sonhamos com uma longevidade
de muitos e muitos anos...
sem nos conscientizarmos com os danos
de quem não sabe o que fazer
numa tarde de domingo...

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Recônditos

Recolho versos dos dias,
palavras de intensa magia
que traduzam os vazios,
onde sonhos esquecidos
esperam, adormecidos...

Onde a breve euforia
ao atingir o seu ápice
agoniza em nostalgia
desfazendo seu disfarce...

Onde o frio do inverno
congela almas em desatino
que não puderam seguir
o lacônico destino...

E pelos cantos das esquinas
escondem o desencanto
do trágico fracasso
atribuindo ao acaso
a frágil incapacidade,
a impossibilidade
de olhar para o céu
e enxergá-lo azul...

Nos recônditos do mundo
mora um silêncio profundo
de um grito sufocado,
pedido de socorro,
engasgado,
onde seres choram versos
transtornados
clamando por fagulhas
de luz, de blues...

E da dor vejo nascer
a mais bela poesia
a resplandecer
sob a luz do dia.

_Carmen Lúcia

Foto de Vágner Dias

Quem me dera ser .

Como se em chamas podes se arder,
Feito uma chuva de estrelas, que não pode reluzir
Num sonho que não fora sonhado
Encantado sem saber o que fazer em
Mero esboço de poemas devassos,
Sou em sonhos alma de poeta
Em seus olhos, a sombra do meu ser
Perdido, em corpo de gente em chamas
Quem me dera um dia me encontrar
Estando longe, sinto-me presente
No silêncio do teu olhar!

Meras Palavras

Foto de Arnault L. D.

O amor e o vento

Ah! Poeta... Que só vê no amor alegria.
Desculpe... Mas, você nunca amou.
Que só sabe do amor, a luz do dia.
Ingenuidade de quem não o provou.

O amor também faz silêncio,
e traz nós a prender na garganta,
pode travar a vida no ócio,
a ruminar... Me perdoe se lhe espanta.

O amor não exclui-se em um só,
é prisma, uma lente, um habitat.
Onde convivem a semente e a mó...
O certo, o errado, aderem onde está.

Poeta, que só rima amor e flor.
Desculpe, mas, esse amor é mentira.
Quem realmente ama, aprende rimar com dor
e com tantas outras palavras que inspira

Iluminado é o amor, quando é bom.
Mas, não se iluda, poeta do fulgurante,
que o amor não é nota, porém, tom.
Comporta múltiplas escalas e o dissonante.

Não há musica de uma só nota .
Impossível amar sem mais sentimentos.
O amor, comporta além de si em sua cota
e justamente por isso, não é ar, é vento.

Foto de betimartins

Silêncio!

Silêncio!

Psiu! Faça pouco barulho
Escute as ondas do mar
Em belo embalo e canto...

Será que consegue
Ficar calado?
Em silêncio...

Escute os cantos dos pássaros
Não deixe os seus pensamentos
Serem furtivos e densos...

Psiu! Escuta meu pranto
Para que possas minhas lágrimas
Um dia as enxugar...

Será que consegue
Escutar o coração?
Ouvir a voz de Deus...

Escuta o silêncio, o bendito silêncio
Que deixa refletir, deixa livre
Para tua alma se elevar...

Psiu! Olha somente para mim
Vejas o quanto é grandioso o meu amor
Não deixes que te percas...

Será que consegue
Escutar meu amor?
Ouvir os meus pensamentos...

Eu vou ficar em silêncio, prometo
No maior silêncio da minha alma
Que não quer ficar em silêncio...

Psiu! Escute meu coração faminto
Não deixes que ele pare de suspirar
Por isso escuta o que falo em silêncio...

Foto de annytha

PALAVRAS QUE MACHUCAM!!!

¨Dia desses, , me senti numa profunda solidão, com uma enorme depressão, e por conta disso, me sentia machucada, e como num ímpeto de raiva, na menor provocação, eu que sou uma pessoa calma, me vi explodindo com algumas pessoas. Foi aí, que uma amiga me vendo naquela situação, me deu uma folha de papel lisa, e disse-me: Amasse-a!

Sem nada entender, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora – voltou a dizer-me minha amiga... deixe-a como estava antes.
É óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel ficou cheio de dobras. Então, disse-me ela...- O coração das pessoas é como esse papel... a impressão que nele deixamos, será muito difícil de desfazer os amassados.

Assim, aprendi a ser mais compreensiva e mais tolerante com as pessoas.
Quando sinto vontade de estourar, lembro-me deste papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. A primeira impressão, é sempre a que fica!
Quando magoamos ou somos magoados com certas ações, ingratidões ou com uma simples palavra, ou até mesmo com o silêncio, quando esquecemos que já precisamos na vida muitas vezes das pessoas , e hoje, por não precisar mais dela a deixamos de lado como uma folha velha de papel por achar que estamos num patamar financeiramente falando, mais acima, e esquecemos que um dia nada éramos e hoje temos até uma reserva pra suprir as pequenas necessidades, a ponto de com simples gestos, silêncio, ou simples atitudes dizer...¨Não preciso mais de você!¨ e um dia a ficha cai e percebemos que precisamos consertar o erro; mas muitas vezes é tarde demais!

Alguém disse, certa vez:
"Faça com que tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio".

Foto de Cecília Santos

MEU CAMINHAR

MEU CAMINHAR
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Meu caminhar é silencioso,
tal qual, o silencio que me cerca.
A bruma que me envolve,
rodeia também os meus sonhos!

Como secar o meu pranto,
que rola de vagar, sem cessar.
Querendo de volta encontrar,
a alegria que foi minha um dia!

Aquieto meu coração magoado.

E sigo em silêncio o meu caminhar...

Cecília-SP/02/2011*

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