Sensação

Foto de Arnault L. D.

Pressentimento

Tudo em torno está parado,
mas, nem por isto sereno.
Abaixo desta quietude
move-se o inesperado,
que rodeia e faz aceno.
Iminência que algo mude.

Silêncio de pré-orgasmo,
calmaria e intuição.
No ar, pesa a tempestade,
mas, à vista, só o marasmo
e a incomoda sensação
de porvir outra verdade...

Mas, também pode ser nada,
apenas um mistério a mais
na imensidade misteriosa,
da cisma e coisa imaginada
a cochichar sons abissais
que ouço na hora silenciosa.

Foto de von buchman

MOMENTOS MUI INTÍMOS DE SENSUALIDADE E PURO PRAZER...

Quando tenho teu corpo nu sobre minha cama,
realizamo-nos em fantasias e desejos ...

Nada mais gostoso como deslizar meus dedos
em tua carne e ver os teus pelos arrepiando,
enchendo-te de desejos de me ter...

Mui sutilmente murmuro palavras de amor
e paixão ao teu ouvido,
em momentos mui especiais
e deliciosos de frenesi de excitação...

Lentamente tiro tua langerie de renda vermelha
que cobre a tua essência do amor
que tanto anseio e desejo com meus dentes.

Atiço-me mais ainda com o cheiro de felina
que flui do teu poço do amar,
excitando-me e levando-me a te desejar.
Passeio minha língua no teu corpo
e vejo-te gemer de tesão....

Quero teu cheiro em minha boca
saciar meus desejos nos teus beijos.
Quero ver-te alucinada com o deslizar
de minha língua em tua pele,
Fazer-te minha,
só minha em momentos de pura tesão.

Quero beijar-te por fora, sentir-te por dentro,
Deleitar-me do sumo mel que verte de tuas entranhas.
Possuir-te das formas que mais gostas,
acariciando tua nuca com minha barba
e mordendo teu pescoço.
Lamber-te lentamente vendo-te gemer
e pedindo que te penetre por traz...

Mui lentamente vou te excitando
e sinto o mel do teu desejar ,
tua gostosa seiva que vem do poço do amar
te molha ardentemente...

Delicio-me penetrando-te lentamente
e viajo com tuas palavras de amor
em momentos de pura tesão,
aguças os teus desejos mais íntimos,
pedindo pelo meu penetrar mais profundo...

Numa gangorra do amar,
no vai e vem do amar,
nos teus movimentos de contração
tu me pedes e até imploras
para gozarmos juntos ...

Na pura fantasia e êxtase do amar
Sei que estás pelo do gozo,
pelo trincar de teus dentes
e a ansiedade de tua carne,
tu suspiras e gemes
enquanto vamos ao ápice do amar...
.
Deslizo minhas mãos pelo teu corpo,
no pescoço, coxas, seios,
nos pelos da tua região pubiana.
chego a teu clitóris,
que pulsa e se projeta ao meu tocar...
Sinto tuas unhas penetrarem minha pele
e teu uivo de loba sedenta no cio.
Vejo que começas a gozar, sinto a mesma sensação
e começo a delirar de pleno gozo e total satisfação.

Em momentos de plena gostosura e eterno saciar...
Acabamos de nos possuir,
na plena satisfação em um total realizar....

TENHAS MEU MAIS PURO CARINHO
MEU ETERNO ADMIRAR...
E O MEU MAIS OUSADO DESEJAR...
BEJOS MUI DELICADOS
E MIMOS DE ETERNA PAIXÃO,
NESTE LINDO E PURO CORAÇÃO...

http//www.www.recantodasletras.com.br/autor Von Buchman
http//www.poemas-de-amor.net/blogues/ Von Buchman
http//www.youtube.com/Von Buchman
http://brasilpoesias.ning.com/profile/Vonbuchman
VON BUCHMAN...

Foto de Belinha Sweet Girl

O beijo

E depois de uma noite de amor enlouquecida
Ela está de pé, na janela do quarto,
Sentindo a brisa da manhã
E o sol morno do alvorecer.

Ele caminha em direção a ela e, sem pressa,
Afasta o cabelo sedoso do pescoço da guria
E inspira o suave perfume dela, que exala longe,
E abraça a moça com carinho.

O simples inalar dele despertou nela o desejo,
O toque das mãos dele sobre seu rosto induziu
Ao tocar dos lábios dos amantes,
O beijo, de sensação estonteante.

No calor da troca de sentimentos através da boca,
Ela segurou firme os cabelos dele,
Numa tentativa de prendê-lo,
E fazer com que o momento sublime se prolongasse.

E quando faltou o fôlego, o beijo cessou.
Ambos sorriem, satisfeitos.
Num silêncio bobo, a troca de olhares confessa:
Quando os lábios se atraem, se esquece do mundo.

Foto de Allan Dayvidson

O ÚLTIMO POEMA

"Sabe quando você parece ter andando uma vida inteira e ,então, se percebe não muito longe começou? Minha crise momentânea me levou a este poema equivocado, mas sincero..."

O ÚLTIMO POEMA
Por Allan Dayvidson

Segure minha mão,
antes que coloque minha impressão sobre o papel
e marque minhas digitais nessa estranha sensação.
Porque é como tentar carregar malas pesadas,
Então, as abrir e não encontrar quase nada.

Diga-me...
que este é meu último poema,
que não irei mais revirar o céu
em desespero atrás algo que valha a pena.
O último poema...
um resto de bobagem, minha última taça,
a última bagagem para que eu me desfaça...
de você.

Está claro que o caminho deve ser feito sozinho
e longe de sua porta.
Porque viver de suas lembranças tem sido a esperança
que ainda me ofereço.
Do fim para o começo, como da noite para o dia,
quero ser filho das cinzas.
Mas não importa o quanto o vento corta,
pareço preso a mesma doca esperando brisa.

Diga-me...
que este é meu ato final,
que não precisarei ficar neste lugar
fazendo círculos ao invés de minha espiral.
O último poema...
um resto de inspiração, mais uma taça,
a última respiração antes que eu me desfaça...
de você...

... o resto de você.

A sua marca está impressa na palma da minha mão
E todos os sentimentos ficam a salvo em meu peito.
Mas talvez eu não mais tente tocar seu coração
com esses versos há tanto tempo improvisados do meu jeito.
Então, diga-me...
Este é o último poema?
A última migalha, a última valsa,
Meu gran finale, a próxima taça,
O ponto em que tiro cada peça até que eu me despeça...
de você...

Foto de Allan Dayvidson

DE VERDADE

"Um dia, se faz necessário tirar o amor ideal do lugar onde o colocamos, ou nunca seremos capazes de apreciar a beleza do amor real, em meio suas questões e imperfeições..."

DE VERDADE
-Allan Dayvidson-

Não sei mais onde te colocar.
Você não cabe mais na gaveta da cômoda.
Vejo pedaços seus em todo lugar.
Sensação incômoda.

Você mora há tanto tempo em minha mente
decorando delicadamente cada cômodo.
É estranho eu querer seguir em frente.
Desejo incômodo.

Quem irá me fazer companhia durante a noite
enquanto fico acordado inventando uma vida?
O que eu farei com minha falta de sorte
sem você ao meu lado, fazendo de mim um otimista?
Honestamente, não sei...

Mas o que colocar agora em seu lugar no sofá?
Porque nem tudo é ideal e inconsistente.
Porque, exceto você, nada é perfeito
E eu preciso derrubar esse amor da estante.

Não dá para continuar te usando
como um colete à prova de sofrimentos.
Não dá para continuar procurando
fora de mim algo que mal existe dentro.

Já escrevi poemas sobre você,
sobre minha melhor invenção, mas este é sobre dizer adeus.
Porque preciso do seu espaço em meu coração.

Quero o amor que acorda de mau humor,
o amor que fica doente de vez em quando,
o amor de pele quente e suor.
Quero o amor que esteja aqui...
quero o que é de verdade.

Foto de Nailde Barreto

"Os acordes daquele anoitecer"

Contidos em nosso próprio conjunto,
Envolvidos pela anestésica sensação do silencio,
Rasgávamos o vento, sedento!

E, nossas pupilas acompanhavam com emoção
A euforia dos acordes que bailavam para nós,
Êxtase interrompido pela gravidade da imaginação.

E, entre o grito agudo e grave,
Entre o medo e a ansiedade;
Ilhas do amor, instante de saudade...

Os ruídos embaralhados, desritimados,
Insistiam em tirar-me a calma
Não pensei em mais nada, trapalhada!

Tudo ficou para trás, naquela noite escura,
Largados entre o silêncio do som dos faróis,
Vinho de boemia, premeditada loucura.

Contidos no grito agudo e grave, lentos como caracóis,
Marcados pela insônia, fechada!
Envolvidos, apenas, pelo frio entre os lençóis.

Então, o vento começou a nos “rasgar”,
Não havia o que fazer além de lamentar,
Aceitar o destino, e viver para a história contar.

Escrito em 20/07/11.

Foto de Carmen Lúcia

Oração ao amigo

Li esse texto e trouxe-o para cá, para os amigos que desejarem ler.

Abraços a todos pelo dia de hoje.

Com todo meu carinho,

Carmen Lúcia

"Oração do Amigo - Gabriel Chalita

Há muito se diz que, quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro precioso. Há muito se diz que amizade verdadeira dura pra sempre. Não tem aquelas tempestades da paixão e nem a calmaria exagerada do descompromisso. É o meio termo. É a bonita sensação do estar perto e, de repente, deixar o silêncio chegar. Não exige tanto. Exige tudo.

As amizades nascem do acaso. Ou de alguma força que faz com que uma simples brincadeira, uma informação, um caderno emprestado, uma dor seja capaz de unir duas pessoas. E a cumplicidade vai ganhando corpo, e o desejo de estar junto vai aumentando, e, com ele, a sensação sempre boa do poder partilhar, de se doar.

Há muito se diz que os amigos verdadeiros são aqueles que se fazem presentes nos momentos mais difíceis da vida, naqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver.

De fato, os amigos são necessários nesses momentos. Mas, talvez, a amizade maior seja aquela em que o amigo seja capaz de estar ao lado do outro nos momentos de glória, e vibrar com essa glória. Não ter inveja. Não querer destruir o troféu conquistado. Aplaudir e se fazer presente. Ser presente.

A amizade não obedece à ordem da proporcionalidade do merecimento. Não há sentido em querer de volta tudo o que com generosidade se distribuiu. A cobrança esmaga o espontâneo da amizade. E a surpresa alimenta o desejo de estar junto.

O amigo gosta de surpreender o outro com pequenos gestos. Coisas aqui e ali que roubam um sorriso, um abraço, um suspiro. E tudo puro, e tudo lindo.

Há muito se diz que não é possível viver sozinho. A jornada é penosa e, sem amparo, é difícil caminhar.

Juntos, os pássaros voam com mais tranquilidade. Juntas, as gaivotas revezam a liderança para que nem uma delas se canse demais.

Juntos, é possível aos golfinhos comentarem a beleza de um oceano infinito. Juntos, mulheres e homens partilham momentos inesquecíveis de uma natureza que não se cansa de surpreender.

Eu te peço, Senhor, nessa singela oração, que me dês a graça de ser fiel aos meus amigos. São poucos. E impossível seria que fossem muitos. São poucos, mas são preciosos. Eu te peço, Senhor, que me afastes do mal da inveja que traz consigo outros desvios. A fofoca. A terrível fofoca que humilha, que maltrata, que faz sofrer.

Eu te peço, Senhor, que o sucesso do outro me impulsione a construir o meu caminho, e que jamais eu tenha ânsia de querer atrapalhar a subida de meu amigo. Eu te peço, Senhor, a graça de ser leal. Que eu saiba ouvir sempre e saiba quando é necessário falar.

Senhor, sei que a regra de ouro da amizade consiste em não fazer ao amigo aquilo que eu não gostaria que ele me fizesse. E te peço que eu seja fiel a essa intenção. E sei que essa regra fará com que o que se diz há tanto tempo se realize na minha vida. Que eu tenha poucos amigos, mas amigos que permaneçam para sempre.

Não poderia ter muitos. Não teria tempo para cuidar de todos. E de amigo a gente cuida. Amigo a gente acolhe, a gente ama.

Senhor, protege os meus amigos. Que, nessa linda jornada, consigamos conviver em harmonia. Que, nesse lindo espetáculo, possamos subir juntos ao palco. Sem protagonista.

Ou melhor, que todos sejam protagonistas, e que todos percebam a importância de estar ali. No palco. Na vida.

Obrigado, Senhor, pelo dom de viver e de conviver. Obrigado, Senhor, pelo dom de sentir e de manifestar o meu sentimento. Obrigado, Senhor, pela capacidade de amar, que é abundante e é sem-fim.

Amém!"

Gabriel Chalita

Foto de dayseduate

Tesão! Autora: Daisy Duarte

Tesão!

Queria que a sensação de tesão,
Somente a nós dois pertencesse.
Sei, é verdade que muitos admirarão
Que o nosso amor a tal sempre vencesse...

Essa tesão que por você sinto,
Já até a alma me toma.
Sabedor você é que eu não minto,
Ainda que estivesse mal e em coma.

O que sinto por você é paixão,
É amor, é ternura, é afeto.
Ao lhe ver é tão grande minha afeição,
Que me faz aspirar chegar ao teto...

Essa paixão, esse amor, essa ternura,
Misturam-se loucamente com uma grande tesão.
Uma tesão tão forte que me tortura,
A alma, o corpo e toda minha emoção...

Já não sei como com você falar,
Desde que essa louca tesão começou.
Só posso, mesmo, é muito lhe amar,
E beijar-lhe todo o corpo com muito ardor!

Autora: Daisy Duarte

Foto de andrelipx

O meu livro acordou...

Mais numa vez recorri a algo, não sei bem ao quê, mas tive a necessidade de recorrer a algo... E decidi recorrer ao meu livro, não é um qualquer é um livro que necessita de ser folheado com muita ternura, pois as suas folhas são fracas, são tão fininhas como as pétalas de uma flor de primavera... Cada folha desse livro, é composta por muito, por emoções, sensações, duvidas, perguntas, entre outras coisas... Cada palavra do seu texto é algo, é uma palavra que sai de dentro de nós e fica lá... É usado o livro, suas fininhas folhas quase se rompem, umas vezes com alegria outras vezes com tristeza... São folhas que são especiais, pois tens umas que riem, tem outras que choram, tem outras que falam, mas todas elas são especiais a sua maneira... Tentei fazer com que cada uma fosse feliz, mas não consegui, falei, ditem, divulguei, mas mesmo assim não consegui, procurei no meu baú uma forma de as fazer feliz, busquei algo, mas não encontrei... Procurei, nas minhas memorias, uma forma de lhes dar vida, mas também não encontrei... Então perguntei-lhe porque é que ele era assim... Mas surgi um suspiro que pairou no ar durante alguns míseras segundos, e eis que me responde... Sou infeliz a minha maneira por isso cada folha é diferente, cada uma é parte da minha que é a tua vida, cada uma descreve um pouco de mim que és tu, cada uma tem uma sensação que é minha, mas é mais tua, porque eu sou tu, e tu és eu... Fazemos parte de algo que está inacabado, vai acabar, vai terminar, porque assim serás infeliz e eu também o serei. Tentei procurar algo e descobri uma forma, foi pintar o meu coração de todas as cores possíveis, sem excepção, pintei de roxo, verde, amarelo, castanho, azul...todas as cores possível e vi que as folhas do meu livro estavam a engrossar, estavam vivas, todas elas riam, todas elas falavam, e todas ela diziam palavras tão bonitas quanto o meu livro poderia ser... Já não era necessário ter só ternura nas folhas, mas também ter carinho, porque um livro sem carinho é como um animal sem miminho...Foi assim que o meu livro acordou e se transformou numa forma de vida e de viver...

Foto de Oliveira Santos

O Besouro Azul

Era outubro do ano passado, mês do meu aniversário e estava decidido a me dar um presente especial. Algo que marcasse uma época, sim, meu primeiro carro.
Iniciei minha cruzada em busca daquilo que seria um divisor de águas na minha vida. Diuturnamente pesquisava, não dormia direito, não comia direito, era pura ansiedade na minha procura incessante, e quando menos esperava lá estava ele. Uma jóia, um achado, raridade automotiva que habitava as memórias dos mais velhos e aguçava o desejo dos mais jovens. Um lindo, restaurado e personalizado Fuscão oito meia, motorzão mil e seiscentos, estofados em couro, som potente, instrumentos esportivos, lanternas especiais, rodas liga-leve quinze polegadas, levemente rebaixado, detalhes cromados, pintura impecável perolizada, coisa de colecionador. Era ele, eu tinha certeza, foi paixão fulminante. O Besouro Azul.
Tudo acertado com o antigo proprietário que o beijou como um pai que se despede de um filho que dificilmente verá novamente fui buscá-lo com um grande amigo que tinha mais experiência em direção veicular para levá-lo comigo. Enfim ele era meu, todo meu, somente meu.
Era como se tivesse nascido um filho que seria cercado de todos os cuidados e mimos, afinal era uma relíquia única em toda a cidade, talvez em todo o estado.
Foi uma das melhores sensações que tive na vida, de realização, de conquista. Eu era o cara.
Por onde passava era a sensação. As pessoas elogiavam, faziam ofertas, tiravam fotos, queriam vê-lo de perto, tocá-lo, sentí-lo.
Alguns amigos criticavam pelo fato de ser um carro velho. Ei, velho não! Antigo, é diferente. Mas eu não me importava com o que diziam os consumistas. Eles que ficassem com seus carros zero quilômetro, mas todos iguais. Hoje todos os carros se parecem, quase não se consegue distinguir um do outro com suas linhas retilíneas e formas geométricas. Eu queria algo ímpar, que fosse só meu, exclusivo!
E eu tinha, claro, o Besouro Azul arrancava suspiros até mesmo dos mais abastados com seus luxuosos veículos, todos automatizados e que só faltavam falar.
Até que na noite de Natal do mesmo ano, num piscar de olhos eu e aquele meu amigo do início da história vimos um vulto branco em nossa direção e tudo acabado. Acabado num muro de puro concreto do canteiro central de uma avenida muito movimentada da cidade.
O Besouro Azul parou de voar.

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