Segundos

Foto de Allan Dayvidson

OUTRA VIDA

"A vida é uma sequência de acontecimentos únicos, impossíveis de se repetirem. Mesmo situações semelhantes acontecendo em momentos extremamente próximos se diferem uma da outra pela constituição de outros contextos radicalmente separados por milésimos de segundos... Mas quem nunca desejou outra chance?..."

OUTRA VIDA
-Allan Dayvidson-

De todas as coisas daqueles tempos de colégio,
Mexer com seu coração era meu maior privilégio.
Os meus 17 foram indubitavelmente seus.

Eu costumava acreditar que não existiria algo assim.
Você também não contava com gostar tanto de mim.
Minhas pernas estão bambas desde que “a gente aconteceu”.

Da próxima vez, não perderei a chance.
Levarei meus sentimentos às últimas conseqüências deste romance.
Da próxima vez, não pensarei duas vezes,
Deixarei você me convencer que não há nada por aí como nós...
Nada como nós dois.

Você era o pedaço de um bolo que não me atreveria a pedir.
Eu era um desafio fora das páginas de qualquer um daqueles gibis.
Você e o medo foram tema do meu primeiro poema.

Ouvi dizer que sua vida mudou bastante
E sou um souvenir que não ficaria bem em sua nova estante.
Como eu gostaria de voltar a ser seu problema!

Da próxima vez, não estragarei tudo.
Não pedirei permissão para viver cada um daqueles segundos.
Da próxima vez, serei nada menos que irredutível.
Não terei medo de acreditar que somos um plano mais que possível...
Um plano infalível.

O tempo não demonstra a menor intenção de voltar atrás.
Mas nunca fui do tipo que se contenta com um “nunca mais”.
E se houver uma próxima vez,
outra vida na qual ousemos nos exceder...
Que eu possa partilhá-la com você.

Da próxima vez, me recusarei a ceder.
Acreditarei quando disser que só precisa de mim e mais nada.
Da próxima vez, não amontoarei palavras
E não precisarei dizer tarde demais o que sempre tive medo de dizer...
“Eu amei mesmo de você”.

Mas, da próxima vez, você não me escapa.
Enquanto isso, desejo que seja feliz em sua própria estrada.
Até a próxima...

Foto de handersonpessoa

A certeza imaginária

Você descobre que encontrou a pessoa certa, no exato momento em que acorda e o primeiro pensamento vai automático procurando por aquele nome que encontra o seu porque estão conectados de uma forma que não conseguimos explicar. Você tem certeza de que está no caminho certo, quando você não precisa esperar uma ligação que você sabe que chegará naquela fração de segundo em que você pensa e acontece. E no momento mágico do “alô” a voz que entra pelo ouvido causa reações químicas e sudorese intensa, as mãos tremem e tudo que antes doía, já não dói mais agora, porque o momento é por si só feliz. E os planos começam a se materializar mesmo que no apenas no pensamento, e começam a tomar forma no mundo das ideias, mas os segundos teimam em passar mais devagar, já que aquela pessoa está ali tão perto, mas o jeito é esperar. Mas é talvez a melhor das esperas, é aquela espera que se sabe que vai dar certo, que é a última espera. É a espera que teimamos em permanecer, quando tudo está praticamente ao alcance da mão, mas só resta aquela música que agora é tema dos dois, e a foto no porta retrato na cabeceira da cama, que recebe o carinho dos dedos, no primeiro movimento do dia. É a espera de quem dorme com o cheiro da pessoa amada no travesseiro, tentando fazer com que o cheiro traga a pessoa mais para perto, já que ali, no lado vazio da cama, está apenas a lembrança, junto com a certeza. A certeza insana e teimosa que só tem quem ama de verdade, a certeza que temos quando pensamos tanto, que é possível sentir o toque, a tez, a cor e o sabor de coisas que não aconteceram ainda. Ainda. E é nesse exato momento que descobrimos que todas as coisas vividas, todos os anos esperados foram apenas a base para algo muito, muito maior e melhor. E é nesse exato momento que descobrimos que tudo aquilo que foi sonhado, planejado e imaginado, era tudo verdade, que não era fruto de uma mente delirante. Era e é tudo real. Muito real.

*publicado no site www.paranoiasedelirios.blogspot.com

Foto de Edigar Da Cruz

SÓ DEPENDE DE NÓS

SÓ DEPENDE DE NÓS

. Nunca corra atrás de quem você deseja!!! A vida lhe traz quem você merece.
Na vida nada mais somos que um mero espectador aprendiz, tudo acontece em milésimos de segundos;
Devemos continua-a escrever a vida sempre SUA TRAJETORIA!..Mesmo que seja uma escrita escura com tantas manchas, de texturas feias, cada um sabe o que se tem que fazer para ter o melhor de si! Em cada queda
Em cada besta vacilo que te fez perde aquela pessoa tanto querida!(O),ou mesmo quando achamos que tudo está perfeito!..
A Vida em si e uma conquista diária que somente os mais centrados sabem chegar ao topo, dos melhores,..
Muitas são a vezes que construímos grande coisas e sonhos em cima de grandes pessoas,.e descobrimos pelo tempo que nos sonhamos de mais e vivemos de menos!,..Para nos descobrimos aos nossos sonhos que são maiores que as pessoas!!
O VIVER!! O ACREDITAR!!! O RESPIRAR!!! AO RESPEITAR!
. Na vida, o que mais insano dos seres acaba ele ou ela sendo o sensato de todos, pois descobrimos quantas vezes perdemos o fôlego por estarmos novamente livre a respira e espreitar novos horizontes da vida!!!,..
Vou amar novamente um dia! Pode não ser hoje! Agora ou daqui alguns anos mais vão amar, pois quando encontra um amor puro real que me veja como sou! Esse será realmente um amor verdadeiro
Se amar é viver! Vivo a partir de hoje a amar a minha vida E VIVER A CADA MOMENTO..pois quando uma guerra está para ser perdida o melhor e seguir adiante com tropa para um novo encontro com o pelotão para reunir forças e seguir em busca de um novo confronte de sonhos e vitorias para encontra a verdadeira felicidade
EU DECIDIR HOJE É SER FELIZ
Autor :D.Cruz
Escrito em 11/07/09 após 11 dias transplantado no quarto de isolamento passava um Helicóptero escrito *** O amor nos conquistamos quando nos amamos a nós mesmo ***
e assim que vou seguir minha vida daqui para frente agora e sempre

Foto de Edigar Da Cruz

O AMOR EM PONTO DE VISTA

O AMOR EM PONTO DE VISTA

. Tempo pode ser ele constante
Como constante e transformador em segundos,.
O que aconteceu a segundos atrás,minutos, horas atrás ,..
Foram transformações para toda vida....
Para futuro presente!,.. hoje agora
O AMOR MOVE O MUNDO em escalas sem escalas,..
A escala de ponto de vista do amor e sentir e viver a um amor de vários sentidos e emoções,
Onde ele ou ela não tenha ponto de vista..tenho somente muito calor,desejos e luxuria pela relação ....
O amor move esse planeta bola e em todos os seguimentos da vida..
E realmente o ponto de visto pode ter ele varias, formas de ser observados ,.e sentidos,..e até meio abstratos...
O amor é um ponto de vista incondicional refinado em prol de um bem superior maior,..O CORAÇÃO
Como elo de união que vai bem além da percepção a razão
Ele e livre solto e pensador um estagio zero da paixão
Que vai se aquecendo aos poucos durante a relação,
Amar,é sentir, idealizar e realizar!,.o amor perfeito sublime...
E desejar a bem amada (o) QUE SEMPRE SERÁ O PRINCIPIO DA VIDA..UM PONTO DE VISTA DO CORAÇÃO APAIXONADO..
DESCUBRA VOCÊ TAMBÉM SEU PONTO DE VISTA DO AMOR

Autor:D:Cruz

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Foto de andrelipx

O meu livro acordou...

Mais numa vez recorri a algo, não sei bem ao quê, mas tive a necessidade de recorrer a algo... E decidi recorrer ao meu livro, não é um qualquer é um livro que necessita de ser folheado com muita ternura, pois as suas folhas são fracas, são tão fininhas como as pétalas de uma flor de primavera... Cada folha desse livro, é composta por muito, por emoções, sensações, duvidas, perguntas, entre outras coisas... Cada palavra do seu texto é algo, é uma palavra que sai de dentro de nós e fica lá... É usado o livro, suas fininhas folhas quase se rompem, umas vezes com alegria outras vezes com tristeza... São folhas que são especiais, pois tens umas que riem, tem outras que choram, tem outras que falam, mas todas elas são especiais a sua maneira... Tentei fazer com que cada uma fosse feliz, mas não consegui, falei, ditem, divulguei, mas mesmo assim não consegui, procurei no meu baú uma forma de as fazer feliz, busquei algo, mas não encontrei... Procurei, nas minhas memorias, uma forma de lhes dar vida, mas também não encontrei... Então perguntei-lhe porque é que ele era assim... Mas surgi um suspiro que pairou no ar durante alguns míseras segundos, e eis que me responde... Sou infeliz a minha maneira por isso cada folha é diferente, cada uma é parte da minha que é a tua vida, cada uma descreve um pouco de mim que és tu, cada uma tem uma sensação que é minha, mas é mais tua, porque eu sou tu, e tu és eu... Fazemos parte de algo que está inacabado, vai acabar, vai terminar, porque assim serás infeliz e eu também o serei. Tentei procurar algo e descobri uma forma, foi pintar o meu coração de todas as cores possíveis, sem excepção, pintei de roxo, verde, amarelo, castanho, azul...todas as cores possível e vi que as folhas do meu livro estavam a engrossar, estavam vivas, todas elas riam, todas elas falavam, e todas ela diziam palavras tão bonitas quanto o meu livro poderia ser... Já não era necessário ter só ternura nas folhas, mas também ter carinho, porque um livro sem carinho é como um animal sem miminho...Foi assim que o meu livro acordou e se transformou numa forma de vida e de viver...

Foto de Rute Mesquita

'O sonho comanda a vida'

O sonho é como uma onda, na qual tanto é ventre como é crista. Uma onda que banha toda a costa, não escolhendo tamanhos, etnias, religião, locais nem tão pouco horas. O sonho é aquela onda contagiante, aquela paz ou turbulência por segundos. O sonho é a inquietação, o querer sempre à frente de qualquer poder. O sonho é algo que trazemos connosco, é algo que nasce para nunca mais morrer, é algo que vem para nunca mais partir e embora nos deixemos derrotar pelo desânimo, pela angústia, pela nossa errância, ele permanece connosco e irá sempre alguém trilhar o nosso caminho para lhe dar voz.
O sonho tanto pode estar somente em nós como ser completado com um outro sonho, de um outro alguém. O sonho é como um puzzle em que o número de peças depende da nossa vontade, do tamanho dos nossos passos!! O sonho é algo que nos leva à nossa mais profunda ingenuidade, ematuridade mas, é por nos levar até lá que nos faz tropeçar, levantar e percorrer novos caminho!
O sonho, será sempre um sonho por mais que o tente descrever.
Não devemos dizer que quem sonha são as crianças, ou podemos se aceitarmos que dentro de nós existirá uma. Um sonho é incansável, porque também não o somos para com ele? O sonho é algo que à primeira vista é perfeito mas, porquê que na verdade se releva tão ‘humano’? O sonho está tão alto, é tão difícil de ser alcançado, como conseguimos nos alcança-lo?
Para todas as questões a resposta baseia-se nos seguintes argumentos:
O sonho é algo de ambicioso que criamos, algo grandioso, talvez a primeira coisa que nos ocorre, que nos esquecemos que há uma ponte que liga o que gostaríamos de fazer e o que tem de ser feito e nessa ponte, temos que levar sim, todas as experiencias no bolso mas, nenhum outro sentimento se não a coragem! E assim partimos para a nossa busca, a qual exige um tempo indeterminado, a qual nem está ao mesmo ritmo… a qual depende somente de nós mesmos! Já perto do fim da ponte e quase a pisar a Terra dos sonhos realizados, deparamo-nos com uma questão:
-‘Então, mas afinal o sonho está e sempre esteve dentro de mim?’ E desiludimo-nos, mas porquê? Porque nos envergonha tal coisa? Talvez por não nos reconhecermos como humanos, como um ser imperfeito e por isso não aceitarmos uma coisa tão óbvia.
O sonho é como uma pomba que tem de ser solta!
Posso dizer que, neste momento é o sonho que maneja esta caneta.

Foto de andrelipx

Tempo Perdido...

Passam-se dias, passam-se horas e eu aqui, sem ninguém e abandonado, quero um relógio novo, quero um que me faça voar e descobrir este mundo, quero um que me tire e que me mude, mas quero um que acima de tudo me torne alguém... Quero descobrir o que está para alem daqueles prados verdejantes onde reina a borboleta e trabalha a abelha, onde cheira a framboesa e deitamo-nos na erva, quero viajar e descobrir o mundo, quero perder-me num campo de flores num campo de frutas, porque aqui não sou nada, dentro dos segundos eu não sou nada, sou mais um ponteiro que roda e conta os segundos, eu quero ser o tempo, para poder viajar e descobrir tudo o que há de bom. Não quero desistir, mas sim lutar, quero sair desta prisão de segundos e passar para a liberdade de tempo. Quero recordar-me do passado de tudo de bom, das alegrias, das vivencias e de tudo de bom...Mas tenho um problema, o tempo parou, o tempo ficou perdido e por isso choro...Choro de tristeza de não puder ver o que quero ver, de não poder sentir o que sinto de não poder olhar o que quero, por isso está perdido, nestas magoas que o ponteiro dos segundos tem, nestas tristezas que ele possui, o ponteiro dos segundos começou a perder a força...Perde-a porque está perdido, neste mar de tristeza, neste mar de emoções más, neste areia sem fim, nestas memorias perdidas, já não trabalha, nem com alimentação vai lá, só chora, só grita, só perde a felicidade... Quer voltar a ser o mesmo, porque ele está perdido, passam-se dias, horas e eu e ele aqui sem saber o que fazer, por isso já não diz nada, fica imóvel, aquele Tic..Tic... deixou de tocar, deixou de falar, porque está a perder as forças, está a perder a vida, porque este tempo perdido reflecte em mim, porque somos um só, num tempo perdido, onde queremos encontrar o que há a encontrar, mas não temos força, para conseguir tudo o que queremos... Estamos perdidos, o tempo está perdido e por isso não há volta a dar, peço-te ponteiro não pares, toca, com força e vivacidade, não me deixes, dá-me o teu Tic...Tic... porque juntos vamos conseguir encontrar este tempo, a guardar este tempo e assim voltaremos a ser felizes... Não pares ponteiro não pares porque se para eu paro... e assim não seremos felizes... Luta e sê forte...

Foto de Mitchell Pinheiro

O amor

O amor é gaguejar pra dizer um simples bom dia àquela pessoa maravilhosa
É tropeçar nos próprios pés ao observar-la passar
É sentir o corpo tremer por completo num leve choque casual das mãos
É olhar incessantemente para sua amada partindo até não poder mais vestigiar sua imagem
É sentir saudade dois segundos depois de dizer tchau
É olhar para o vazio e enxergar um cenário belíssimo
É assistir um maravilhoso filme romântico na imagem de uma fotografia
É sorrir como um bobo de uma piada sem graça
É cantarolar alegremente no meio de um engarrafamento
É passar três horas na frente do espelho ajeitando os cabelos antes de um encontro
É rejuvenescer até a infância e brincar feito um bobo no meio das crianças
É vibrar de entusiasmo com as coisas mais simples
É olhar para alguém e ter certeza de que cada segundo dessa nossa breve estadia mundana vale a pena ser vivido.

Foto de lua gallardo

mentira

Uma mentira que perdura, dias a fio no leito amargo duma vida imprecisa… pensar no que poderia ser se tudo fosse diferente.
As palavras ditas que soaram doce e cativa mas que hoje são lembranças que só querem ser esquecidas, apagadas de um tempo infundado…
As lembranças insistem em martirizar os segundos que tento ser eu própria, afastada de infortúnios do passado. Até a brisa doce que sopra a minha face, insiste em sussurrar recordações de sentenças carecidas.
Viver encoberta em sentimentos, abafar as vontades, o desejo… e voltar sempre ao mesmo lugar, para tentar sentir o que dizes, tentar só mais uma vez… voltar para ti!

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