Sangue

Foto de Joaninhavoa

Tal Música, Tal Melodia...

Sim!
Eu quero aquela música
com a tal melodia...
«... Quand
Il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas
Je vois la vie en Rose...»

Como águas em cascatas...
Em nascentes...
E eu quero ser prata...
E silva...
E água...
E ir na corrente
Que cai num cair
Calmo e brando
Sem pranto!
«... Il me dit des mots d`amour
Des mots de tous les jours... »

Deixo correr água e sangue
Abeira-te. Deixa teu fruto
Na minha língua. Silva
«... Quand
Il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas
Je vois la vie en Rose...».

JoaninhaVoa, In "Vidas"
(2008/06/02)

Foto de Daemon Moanir

Era sozinho

Era sozinho, há coisas que o tempo não cura
Por si só nunca cura, o sangue derramava
Como ferida aberta que era, mas não se vê ainda
E ninguém compreende.

Era sozinho, dia frio e inconfundível na memória
Que eu queria apagar, choram os mares na altura
Em que eu devia ter chorado também as poesias,
Mas não chorei.

Era sozinho, desprotegido, qual ombro desnudado
Ao vento de Inverno, reti-me, ajuntaria depois
As lamúrias à chuva e talvez aí…
Mas é Verão, o Sol seca a pele e a chuva não pende.

Sou facto de dois, metade de um, metade de outro.
Nada mais é, nada era antes e se era, não me descompõe.

Foto de Wilson Madrid

O RESGATE DA PAZ

*
*
*
*

Até quando contemplaremos nossa paz ser seqüestrada?
milhares de jovens encontrando nas drogas a escravidão,
pobres meninas seduzidas e aprisionadas na prostituição,
autoridades hipócritas mentindo e vivendo da corrupção
e a guerra urbana manchando de sangue o nosso chão?

Até quando assistiremos nossa fraternidade ser dizimada?
filhos assassinando os pais, irmãos assaltando os irmãos,
amigos traindo os amigos em troca de dinheiro ou promoção,
humanos descartados como lixo pelas ruas e praças da cidade,
crianças cheirando cola na fuga desesperada da cruel realidade ?

Até quando suportaremos ter nossa dignidade desrespeitada?
favelas; saúde, educação, transporte e segurança públicas falidas,
desemprego crescente e empregos contaminados pelo assédio moral,
distribuição de renda injusta e imoral privilegiando minorias favorecidas
às custas dos miseráveis rendimentos da maioria condenada à vida vegetal?

Até quando conviveremos e pagaremos o preço dos frutos de tanta injustiça?
shoppings centers luxuosos cultuando o consumo de alguns privilegiados,
violência imperando nas periferias miseráveis com tantos abandonados,
miséria traumatizando lares; jogatinas e prostíbulos em constante expansão,
pessoas honestas e decentes incluídas na lista dos animais em extinção?

Até quando inverteremos os valores do ter e do ser?
Até quando buscaremos pelos nossos reféns:
a nossa liberdade de ir e vir,
a nossa igualdade de condições
e a nossa fraternidade para repartir os pães?

Até quando celebraremos o culto do novo bezerro de ouro, o “deus mercado”?
natais de papais noeis e amigos secretos, páscoas de coelhos e ovos de chocolate,
pessoas objetos transformadas em produtos para as capas das revistas eróticas,
mídia programando as mentes dos fanáticos fiéis e consumidores idólatras,
“teologia do prazer imediato” convertendo os crentes do apocalipse do disparate?

Até quando aguardaremos omissos pelo surgimento de melhores dias?
adiando o início do mutirão da indispensável mas crucificada justiça social:
onde todos deveremos contribuir evitando o egoísmo e a prática da injustiça pessoal,
adotando a solução contida na sabedoria divina anunciada pelo profeta Isaias:
“que o fruto da justiça será a paz e a obra da justiça será a tranqüilidade”?

Para finalmente resgatarmos a maior herança que a Luz do Mundo nos doou e deixou...
há mais de dois milênios atrás...
a paz?

Foto de Lu Lena

DUETO (A ATREVIDA e VÍCIO EM TI) ANA CAROLINA e LU LENA

A ATREVIDA

Depois de tanto me recuar resolvi mostrar.
Estou saindo do estado de metamorfose.
Uma felina querendo mostrar suas garras.
Seus instintos selvagem, de sedução.
Tudo por uma paixão,
Estava me preparando pra vir.
E te mostrar...Que atrevida é minha marca!
Agora vou pular, das capas dos casulos
Que me prendem.
Vim te provar, que não precisa o muro pular.
A atrevida veio em chamas te amar.
Não vai ter como escapar,
Não consegue desviar os olhos do meu!
E eu não deixo!!! Você é meu!!!
É meu pudor, e meu delírio, é meu prazer.
Eu meu atrever, no mais forte dos prazeres.
Toco em teu desejar, para junto de mim.
Sentir que ainda posso te amar.
Eu sinto calor, frios sensações, vontades.
Eu ouso, eu me atrevo lhe tiro as vestias,
sei que me quer,sou seu mel, sua tua
Flor mas delicada, porém com espinhos,
espinhos que não lhe causam dor, mas desejos.
Sou uma atrevida, sem medo de amar,
Sem medo de ter prazer, seria capaz, de me
deleitar a noite inteira em seus braços.
Sinto teus desejos incontidos por mim.
"Sei que em outras bandas foi". Mas não
consegue me evitar, esta assim me vendo
desnuda toda tua,exalando amor...
Te enfeiticei com meus olhos, desejos,
te molho a boca com meus beijos.
Suas mãos, escorregam em meu corpo,
Como um pianista , em uma noite de
apresentação. faz a mim deliriar.
Estou tão compenatrada que estou a
virar-te a cabeça, sua visão não,
disfarça de mim...seus poros estão dilatodos.
Nossos corpos suados, sabor do pecado.
Estou me atrevendo e você esta vendo,
que não me escondo, sou o que sou! e você
gosta dessa provocação.
Te peguei de jeito então!
Vivo intensamente cada instante que esta comigo.
Me de abrigo em teu prazer, que bela noite de prazer.
Arrepio de prazer e sedução,voltei ser sua então!
Como é bom relaxar, depois desse ato de amar.
Me atreve sim!!! quero você pra mim!!!
Custe o que custar....Me atreverei e ousarei, abusarei,
deste forte, frágil homem,que reconhece que desta atrevida
não pode ficar, não tem como escapar...
Não tente me resistir...Além da menina que se esconde, timida.
Existe uma mulher ,sedutora, caliente, forte...com desejos.
Provocadora ,sedutora, sexy, sensual fantasiosa,
E além de tudo misteriosa.
Venha conhecer meus mistérios, que lhe tirarei do sério!
Me chame do que quiser...mas sou sua atrevida mulher!!!
Alguém quer desafiar?...rsrs...Faço isso por amar.

ANACAROLINALOIRAMAR ("AnaFlorzinha")

VÍCIO EM TI!

Tornei-me viciado em ti
pelo teu sangue de desejo
destilado dentro do meu corpo,
tal como uma serpente
que se enrodilha,
pronta pra dar o bote
e soltar numa velocidade
de um raio de luz
o néctar desse veneno
libidinoso, ardente
de desejos de luxúria...
Tornei-me viciado em ti,
quando me olhas
com esses olhos de águia,
penetrando minha alma,
com essa garras afiadas,
arranhas e rasgas meus sentidos
aflorando desejos insanamente
incontidos...
Tornei-me viciado em ti,
quando me beijas loucamente,
a respiração fica descompassada
num delírio alucinante...
Tornei-me viciado em ti,
quando tuas mãos percorrem
meu corpo, tal como um fio
eletrizante,
em cada ponto uma
descarga elétrica,
desfalecendo-me
em múltiplos orgasmos...
onde a alma levita nas estrelas
com o sabor na boca de teus
desejos loucamente satisfeitos
e sentidos...
Tornei-me viciado em ti
desde o primeiro momento
em que te vi...

LU LENA

PS. " Troquei o poema todo para o masculino
pra não parecer que somos lésbicas...rs"

Due em homenagem a minha querida
amiga Ana Carolina, a florzinha com quem
eu dei esse apelido carinhoso, devido ao
carisma e a delicadeza que tem, não só
comigo mas para com todos os poetas e
poetisas do site do amor.

Foto de von buchman

LÁGRIMAS

Quisera poder enxugar minhas lágrimas,
que vertem dos meus olhos
e queimam ao rolar na minha face ...

Minhas lágrimas, são gotas de sangue
que migram do meu coração,
vertendo pela janela da alma,
desabafando minhas emoções.

Lágrimas
de um sonhar, de um amor perdido
que nunca vou poder encontrar.
Lágrimas
de ódio daquela noite de sofrimento por não poder te ter, nem te amar
Lágrimas
de um erro cometido,nas vezes que não valorizei teu amar
Lágrimas
de dor do meu coração partido, de um amor esquecido e de um abandonar
Lágrimas
de fome de teus beijos, da tua boca molhada que me leva a delirar
Lágrimas
de um saciar da minha carne na tua carne, na arte de amar
Lágrimas
de uma eterna procura, para um eterno realizar
Lágrimas
de felicidades dos momentos puros e belos,
que pude viver ao teu lado, nos eternos momentos do nosso amar
Lágrimas
por implorar teus dengos e o teu jeitinho gostoso de se dar
Lágrimas
de um adeus, que um dia você me deu
e nunca mais quero provar
Lágrimas de um amor proibido,
quando não podia nem teu nome falar
Lágrimas de uma louca paixão,
que tenho por ti, que nunca consigo esconder ou disfarçar
Lágrimas
de meu eterno amar,
que a teu lado, ou longe de ti
eu jamais vou poder negar...

Ai...Quantas lágrimas derramadas
em noites acordadas num verdadeiro martírio por muito te amar...
Lágrimas do meu puro coração feito só para te amar...

Estas lágrimas que derramo agora são por ti
minha eterna paixão e meu eterno amor,
razão do meu sonhar....

T E . A M O !

. . . . . . . . . . . . . .
Tenhas meu Eterno Admirar!
Mil e Um beijos de Mel....
Mimos de Eterna Paixâo
neste Lindo Coração . . .

Foto de fina

sou sua

Quando te toco sinto teu sangue correndo pelo teu corpo
Seu coração pulsando,a respiração ofegante
O calor vai incendiando seu corpo ate ficar em chama
Sua pele molhada de suor exala um aroma alucinante
Desperta meu mais animal instinto
Sinto-me como uma loba selvagem e orgulhosa
Por ter você sob meu controle e domínio
Alucinada com teu perfume , embriagada no calor dos teus abraços ....
Entrego-me aos seus desejos
Rendo me a você
Sou sua
fina
28/01/08

Foto de Sonia Delsin

FRANJA SOBRE OS OLHOS

FRANJA SOBRE OS OLHOS

Cai-lhe o cabelo.
Ocultando o olhar.
Fugir, evitar.
O encontro.
Nos olhos, o fogo.
O jogo.
Tudo esvaindo em lágrimas...
Esvaindo em sangue.
Ela exangue.
Perdida de amor.
Morta de dor.
Evitar o olhar...
Evitar.
Ainda que o jogo seja um simples jogo de apreciar.

Foto de Joaninhavoa

Onde Vais Pr`a Onde Vais...

Dois caminhos, d`um só
Raios de pergaminhos
Escritos em desalinhos
Mas que estão há muito
num dó!

Dó... ré... mi... fá... sol...

E quando fizer sol a nota dó
Dando um passo bem calminho
Espreita pr`a abrir o caminho
D`um passarinho...
D`azar o menino! Vira o Destino

Em timbres há muito se fez o eco
Ouvir! No túnel escondido tolhido
Mas vivo faz-se de surdo-mudo
Disfarçado de tudo num leque
Do prego cresce o sangue
Não querendo por mais que tente
Não muda o mundo nem a gente
E o caminho já está escolhido
Há muito tempo!

Homem vôa sem máscara
Tem asas quem quiser ter
E tiver o Dom de sonhar
De verdade!

Pássaro Gigante, voas alto
Tu me encantas demais
Onde vais pr`a onde vais
KUNDUR ... dos KUNDUR...
KUNDUR dos elos d`amor...

JoaninhaVoa, In "Vidas"
(2008/05/16)

Foto de Graciele Gessner

II Evento Literário de 2008: Mãe!

*
*
*

As Mil Faces das Mães.

(Por Graciele Gessner)

Mães tentam,
Mães fracassam.
Mães querem acertar,
Mães sábias erram.

Mães falham arriscando,
Se culpam e se destroem.
Mães brilhantes estimulam a pensar,
Atinadas promovem a arte de questionar.

Mães guerreiras instigam, protestam.
Mães que cuidam também se preocupam.
Mães, nossas eternas mestras!
Mães protetoras!

Mães também tropeçam.
Punem-se e se manifestam ou se silenciam.
Mães enfrentam, e muitas vezes ousam.
Mães salvam vidas e de seus feitios auxiliam.

Mães decifram... Decodificam.
Mães compreendem ou tentam entender.
Mães se envolvem e se machucam,
Simplesmente porque nos amam.

Muitas mães se aventuram
Algumas outras se isolam.
Mães, exemplos de amor que inspira poetas.
Nossas mães, nossas heroínas!

Mães de múltiplas faces e corações,
Puramente cheias de emoções e comoções.
Mães sinônimas da afeição e do sentido à vida!
Mães, as experiências mais sublimes da dedicação.

Mães que educam, que batalham,
Às vezes esbravejam com razão.
O combate começa, a criança cresce
Restam apenas recordação.

Mães, artesãs das almas lapidadas,
Por vocês existimos, suspiramos e poetizamos.
Mães, exemplos de bravura e determinação,
Assinaram o contrato de risco sem preocupação.

Mães de sangue, de alma, de pensamento...
Mães anônimas, da poesia, de coração...
Seus versos, seu filhos, seus orgulhos,
Assino a minha homenagem com cordial saudação!

-- 12.05.2008 -- «G²»

Foto de Dennel

Desacreditado do amor

Quem sou eu? De onde vim, para onde vou? São questionamentos que me invadem a alma, que violentam minha serenidade, impondo incertezas da minha existência. Vejo os dias forçosamente avançarem na minha inútil existência. Há muito não percebo os raios do sol, minha pele adquiriu um tom amarelado, meus olhos têm uma cor cinzenta, sombrios.

Com os braços jogados ao longo do corpo, meus pés se arrastam; afinal, não tenho pressa de chegar. Até a morte tarda, escondendo-se de mim. Sou uma estrela solitária, de brilho apagado. Sou a pedra do caminho que a tudo assiste passivamente, e nada mais do que a pedra. Sou a mosca pousada na sopa, que repugnada, foi esquecida.

Vivo na incerteza do amanhã, na ilusão do passado e na indiferença do hoje. Disse o poeta que quem não vive por amor, morre lentamente; é isto o que acontece comigo. Meu coração, depois de tantos compassos e descompassos, fechou-se de vez para os sentimentos.

Mesmo que encontrasse a chave para abri-lo, seria muito trabalhoso varrer toda a indiferença que se alojou durante muitos anos. Afugentar as dúvidas seria outra tarefa hercúlea, visto que durante muito tempo elas foram alimentadas diariamente, tornando-se invencíveis, ousaria dizer que seria uma tarefa, impossível e infrutífera.

Um corpo amortecido não sente dores ou desejos. Um olhar apagado não vê beleza, apenas tristezas. Ouvidos insensíveis não apreciam canções, por não ouvi-las, só aceitam tormentos e ais.

Um paladar corrompido pela amargura da vida não sente o gosto do mel, apenas a amargura do fel. Um olhar sem esperança não sente os efeitos de um belo dia de sol, apenas a frialdade de noites intermináveis.

Uma voz embargada não canta canções de amores, não emite nenhum som inteligível, quando muito, expressa lamentos e injúrias...

Sinto que chegou minha hora! Sou levado por criaturas horripilantes através de um longo corredor escuro e fétido, tento entender o que conversam entre si, nada entendo além de suas risadas sinistras. Aqui e ali, noto inscrições nas paredes do corredor, que mais parece uma gruta; tento desesperadamente decifrá-las.

O cheiro de enxofre aumenta à medida em que avançamos. Percebo as garras das bestas-feras adentrarem a carne dos meus braços; estou seguro firmemente.

Chegamos ao nosso destino. É entregue a mim uma caneta, cujo corpo tem longos espinhos; um livro é aberto em minha frente, indicando-me que devo assiná-lo. Curvo-me ligeiramente em direção ao livro, de onde saem faíscas que chamuscam meus cabelos. Nova tentativa, e desta vez leio as palavras grafadas com sangue humano: “INFERNO – Lugar de quem não ama”.

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

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